domingo, 31 de maio de 2009

TU TU TU TUPI - Hélio Ziskind

Tu Tu Tu Tu
Tu Tupi

Todo mundo tem
um pouco de índio
dentro de si
dentro de si

Todo mundo fala
língua de índio
Tupi Guarani
Tupi Guarani

E o velho cacique já dizia
tem coisas que a gente sabe
e não sabe que sabia

e ô e ô

O índio andou pelo Brasil
deu nome pra tudo que ele viu
Se o índio deu nome, tá dado!
Se o índio falou, tá falado!
Se o índio chacoalhou
tá chacoalhado!
e ô e ô

Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
vamos chacoalhar
vamos chacoalhar
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
que índio vai falar:

Jabuticaba Caju Maracujá
Pipoca Mandioca Abacaxi
é tudo tupi
tupi guarani

Tamanduá Urubu Jaburu
Jararaca Jibóia
Tatu
Tu Tu Tu
é tudo tupi
tupi guarani

Arara Tucano Araponga Piranha
Perereca Sagüi Jabuti Jacaré
Jacaré Jacaré
quem sabe o que é que é?
- ...aquele que olha de lado...
é ou não é?

Se o índio falou tá falado
se o índio chacoalhou
tá chacoalhado
e ô e ô

Maranhão Maceió
Macapá Marajó
Paraná Paraíba
Pernambuco Piauí
Jundiaí Morumbi Curitiba Parati
É tudo tupi
Butantã Tremembé Tatuapé
Tatuapé Tatuapé
quem sabe o que é que é?
- ...caminho do Tatu...

Tu Tu Tu Tu
Todo mundo tem...

PARA TOMAR CONHECIMENTO, FAVOR LER SEM JULGAR - A devolução de crianças adotadas

Agosto 31, 2008 por Rosane

Psicanalista defende que, apesar de delicado, o assunto precisa ser discutido. Compreender e aceitar os conflitos existentes na relação entre pais e filhos é o primeiro passo para contornar as devoluções.

A devolução de crianças adotadas é um tema bastante delicado e pouco comentado. Mas ele é mais freqüente do que se imagina. Para isso, a psicanalista Maria Luiza Ghirardi investigou o assunto em uma dissertação de mestrado pelo Instituto de Psicologia da USP com o objetivo de apontar algumas dificuldades encontradas pelos pais adotantes. Para ela, entender os chamados fatores de risco é uma ajuda para contornar as devoluções.Com experiência de 13 anos na área e após entrevistas com pais e mães que adotaram, a psicanalista concluiu que um dos principais fatores envolvidos, e que precisa ser refletido, é a hipervalorização da paternidade. A sociedade contemporânea tende a idealizar a relação entre pais e filhos, acreditando que tudo será impecável e não haverá conflitos. “Os pais pensam que apenas o amor basta, mas não é bem assim. As dificuldades estão sempre presentes em nossas relações, seja no contexto da adoção ou não”, diz a psicanalista. Portanto, falar mais sobre o tema é uma das alternativas para compreender os sentimentos que levam os pais adotivos a desejarem devolver as crianças. “Os conflitos também existem entre pais e filhos biológicos. Ao falar sobre as dificuldades, podemos encontrar caminhos e alternativas para situações que, muitas vezes, são vividas no isolamento e na solidão. Muitos acreditam que, ao deixar de falar sobre as dificuldades, elas deixarão de existir”, afirma Maria Luiza. Ou seja, ao aceitar os problemas, os pais se sentem mais livres para buscar ajuda, seja com psicólogos ou técnicos judiciários.

O objetivo de Maria Luiza, inclusive, é auxiliar esses profissionais a preparar os pais sobre o que realmente significa a adoção – que deve ser considerada um processo irrevogável. Para isso, é importante acolher as dúvidas deles, que geralmente iniciam o processo angustiados, por terem tentado um filho biológico e não conseguirem. “A adoção possibilita a experiência da paternidade, mas ao mesmo tempo, lembra aos pais o porquê de não terem filhos biológicos. É uma dualidade constante. Para que a criança seja efetivamente assumida, é necessário, ao mesmo tempo, lembrar e esquecer dessa questão, e nunca usar a origem da criança em momentos de conflito”, explica. Com esse acompanhamento próximo, é mais fácil evitar as devoluções, caracterizadas como sofrimento tanto para os pais quanto para as crianças.

Outro fator de risco é a demora no processo de destituição do poder familiar. Até que a criança seja completamente desvinculada de seus pais biológicos, os pais adotivos podem se sentir inseguros. “Eles podem ter receio de se ‘apegar’ à criança ou de que logo ela precise voltar para a família biológica”, diz. Um novo projeto de lei em tramitação busca diminuir o tempo de espera pela destituição, tornando o processo de adoção mais rápido e menos burocrático.

Atualmente, a Justiça permite a devolução apenas em casos de rejeição muito intensa, uma vez que a prioridade é manter a criança na família adotiva. A psicóloga também afirma que a própria criança pode não se adaptar. Mas é possível que, em alguma situação, a devolução seja a melhor saída? Maria Luiza acredita que sim. “Para a criança, pode ser melhor retornar à situação anterior do que permanecer com uma família que a rejeita, quando os conflitos atingem um nível insustentável”, diz. No entanto, para que essa rejeição seja realmente definida, é preciso uma análise cuidadosa por parte do Judiciário e é muito importante a ajuda de um psicólogo.

Fonte: Crescer

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fonte: esta postagem foi integralmente "colada" do blog diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/

BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS

"Flora era como a madrugada.
Trazia no corpo da noite somada ao brilho do dia.
Era ônix molhado com a claridade do sol. Sua maneira de viver era estar entre o plantio e a colheita. Passava os dias escutando o sol, entre nuvens, para nas noites dialogar com a lua, entre estrelas. E para melhor escutar, Flora restava sempre em silêncio. Assim sendo, Flora era medianeira entre a penumbra e o mistério".



Esta é a página inicial do livro Flora do admirável e poético escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós. Sou uma leitora voraz de seus livros e hoje a tarde estive relendo este que eu indico com muita segurança

sábado, 30 de maio de 2009

SÚPLICA DE CRIANÇA - Meimei


Senhor ...

Disseram os homens que me queriam tanto,
mas ao atingir-lhes a casa, não dialogaram
comigo, segundo as minhas necessidades.
Quase todos me ofereceram um berço enfeitado,
mas poucos me deram o coração.
Afirmam que devo procurar a felicidade,
entretanto, não sei como fazer isso, se os
vejo a quase todos sofrendo e rebelando-se
por não aceitarem as disciplinas da vida.
Escuto-lhes as lições de paz, contudo,
acompanho-lhes as rixas em vista de estarem
sempre exigindo o maior quinhão de recursos
da Terra. Recomendam-me buscar a alegria, mas,
muitas vezes, observo que esta misturado de
lágrimas o leite que me estendem. Erguem
palácios para mim, no entanto, entre as
paredes dessas mansões coloridas e belas,
renovam, a cada dia, reclamações e queixas
que não sei compreender, nem registrar.
Explicam que preciso praticar o perdão e ,
ao mesmo tempo, muitos me mostram como
exercitar a vingança.

Senhor !...
Que será de mim, neste grande mundo que
construíste entre as estrelas, sempre
adornado de flores e aquecido pelo Sol, se
os homens me abandonarem ?
Faze que eles reconheçam que dependo deles
como o fruto depende da arvore. E, tanto
quanto seja possível, dizer-lhes, Senhor,
que terei comigo apenas o que me derem e
que posso ser, enquanto estiver aqui,
unicamente o que eles são.

ASSIM NÃO DÁ!!!

A humilhação da pequena Maísa e a rápida reação mostram que há avanços no combate à baixaria. *Por Phydia de Athayde

Enquanto o SBT provavelmente comemorava a manutenção da audiência de seu programa dominical, média de 8,52 pontos mesmo com a proibição da participação da garotinha Maísa, a Procuradoria da República assinava um protocolo de cooperação com a campanha Quem Financia a Baixaria É Contra a Cidadania. Um episódio não é consequência direta do outro, mas ambos estão ligados e são importantes para mostrar como a sociedade brasileira tem reagido ao que vem da televisão.

Antes de ter a licença para participar do programa de Silvio Santos cassada, Maísa foi vítima de escárnio, humilhação e assédio moral perpetrados por aquele a quem carinhosa e debochadamente chama de “patrão”.

O Ministério Público do Trabalho move uma ação civil pública contra o SBT com base na proibição legal do trabalho para menores de 14 anos (exceto quando aprendiz) e por dano moral coletivo. Também pede multa de 1 milhão de reais a título de indenização, a serem revertidos para o Fundo de Amparo ao Trabalhador.

“O glamour e a exposição em comunicação escamoteiam o trabalho infantil”, diz Carlos Ely, gerente de Mobilização da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Ele questiona os efeitos da superexposição no intelecto da criança, mas é contra medidas extremadas. “Não é para tirar todas as crianças da tevê. É preciso resguardar todos os cuidados possíveis.”

No caso Maísa, evidentemente, faltou cuidado. Tanto as gracinhas quanto as lágrimas e gritos de horror da menina espalharam-se pela internet, fazendo dela um fenômeno da convergência digital. Mas as reações ao episódio, da opinião pública e da Justiça, devem ser vistas dentro de um processo de combate à baixaria na tevê, que começou cerca de dez anos atrás. Nesse meio-tempo, a conquista da classificação indicativa também ajudou a tornar mais claros os limites da televisão.

“O País amadureceu. Ainda que de forma precária, saímos de uma paralisação em relação à mídia e conteúdo. Não concordo que a baixaria seja algo que vai e volta. Ela tem diminuído. Graças a mecanismos legais que não existem por boa vontade, mas por pressão social. Hoje não se aceita mais qualquer lixo”, diz Ricardo Moretzsohn, representante do Conselho Federal de Psicologia na coordenação da Campanha Contra a Baixaria. Formada em 2002, a iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados conta com o apoio de dezenas de entidades civis e é uma referência.

Qualquer cidadão pode acessar o site e denunciar conteúdo impróprio na televisão. Anos atrás, o programa Tarde Quente, de João Kleber, ficou famoso por bater sucessivos recordes de denúncias, especialmente de apelo sexual e incitação à violência, e recebeu liminares da Justiça até ser tirado do ar em definitivo, em 2005, por determinação do Ministério Público Federal. Kleber foi dispensado e alegou sofrer censura. Ainda que tenha concorrência (em graus diferentes) de Ratinho, Márcia Goldsmith, Sérgio Mallandro, Gugu Liberato, Faustão, Datena e outros, João Kleber entra para a história da televisão brasileira como o rei da baixaria.

Mesmo sem Kleber, as denúncias à campanha continuaram e hoje, não à toa, acumulam-se mais de 30 mil delas, contabilizadas a cada semestre. A partir de agora, graças ao recém-assinado protocolo de cooperação, um grupo de procuradores receberá diretamente as denúncias, encurtando o caminho entre a reclamação e uma possível ação judicial, até porque nem todas as baixarias têm efeito viral como as protagonizadas por Maísa.

“Esse é apenas mais um exemplo concreto da irresponsabilidade das empresas que recebem concessões públicas e as utilizam em razão de seus interesses comerciais”, critica o professor da USP Laurindo Leal Filho, ouvidor-geral da Empresa Brasil de Comunicação, que engloba a TV Brasil. Ele lamenta a ausência de um órgão regulador independente, capaz de monitorar e coibir os excessos da televisão. “O Ministério Público é, hoje, o único canal para colocar limites no uso sem critério das concessões públicas.”

O mero questionamento de como as empresas que recebem o direito de difundir programação televisiva se comportam é uma novidade. Apenas em novembro do ano passado aconteceu, pela primeira vez, uma audiência pública no Congresso para expor irregularidades cometidas pelas concessionárias, da exploração da outorga ao conteúdo. “Descobrimos que hoje há muito mais entidades monitorando a mídia e reivindicando que o conteúdo se justifique na renovação da concessão”, diz Beatriz Barbosa, do Coletivo Intervozes, que defende a democratização da comunicação.

Outra novidade será a I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), marcada para dezembro, considerada emblemática para quem acompanha o tema. Na listagem de quais itens seriam discutidos (decididos pelo governo, empresas e sociedade civil), representantes das empresas de comunicação chegaram a pedir que o tema “conteúdo” ficasse de fora, o que foi negado. “O debate de conteúdo é a principal ponte, pois interessa a todos os movimentos sociais. O que se chamava baixaria eram, na verdade, as tevês, enquanto concessões públicas, violando direitos”, enxerga Beatriz.

O caso Maísa não terminou. O conselho tutelar de São José dos Campos (SP), onde a menina vive, a entrevistou e à família e avaliou que ela está bem, mas deve ter acompanhamento psicológico. Por sua vez, a Justiça avisa que, caso volte a passar por situações constrangedoras, o programa será reclassificado para maiores de 12 anos, exibido apenas após as 8 da noite.

“Ela não deixa de ser uma criança. É uma infância perdida e haverá um preço a ser pago, especialmente se ela for para o ostracismo”, alerta Moretzsohn. “Crianças não devem ser assediadas de maneira alguma, seja sexual, moral, por propaganda ou para alavancar audiência”, diz o psicólogo.

“No cenário internacional, vemos que a proteção dos direitos humanos é uma obrigação de toda a sociedade, inclusive das empresas de comunicação”, diz Guilherme Canela, coordenador do setor de comunicação da Unesco no Brasil. “Em relação à criança, a convenção da ONU e o ECA pregam que ela é um ser humano em situação especial de desenvolvimento. A preocupação com a comunicação social deve ser redobrada.”

FONTE: CARTA CAPITAL
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fonte: esta postagem foi integralmente "colada" do blog diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/

INTERROGAÇÃO???



Papai, o que é Páscoa?

-Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!

-Igual ao Natal?

-É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na
Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressureição.

-Ressurreição?

-É, ressurreição. Marta , vem cá !

-Sim?

-Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.

-Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi
o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado.
Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu ?

-Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?

-O que é isso menino?

Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu!
Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode
crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até
parece que não lhe demos uma educação cristã ! Já pensou se ele solta
uma besteira dessas na escola ? Deus me perdoe ! Amanhã mesmo vou
matricular esse moleque no catecismo!

-Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus ?

-É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no
catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

-O Espírito Santo também é Deus?

-É sim.

-E Minas Gerais?

-Sacrilégio!!!

-É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?

-Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é
Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe
entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora
explica tudinho!

-Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa ?

-Eu sei lá ! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de
presente ele traz ovinhos.

-Coelho bota ovo ?

-Chega ! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais !

- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa ?

-Era... era melhor,sim..... ou então urubu.

-Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né ?

-Que dia ele morreu ?

-Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.

-Que dia e que mês?

- (???)

Sabe que eu nunca pensei nisso ? Eu só aprendi que ele morreu na
Sexta-feira Santa e ressucitou três dias depois, no Sabado de Aleluia.

-Um dia depois!

-Não três dias depois.

-Então morreu na Quarta-feira.

-Não, morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de
Cinzas ? Ah, garoto, vê se não me confunde !

Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como?
Pergunte à sua professora de catecismo!

-Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua ?

-É que hoje é Sabado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do
Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

-O Judas traiu Jesus no Sábado ?

-Claro que não ! Se Jesus morreu na Sexta !!!

-Então por que eles não malham o Judas no dia certo ?

-Ui...

-Papai, qual era o sobrenome de Jesus?

-Cristo. Jesus Cristo.

-Só ?

-Que eu saiba sim, por quê?

-Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo
Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não
acha?

-Ai coitada!

-Coitada de quem?

-Da sua professora de catecismo!

Luiz Fernando Veríssimo

quinta-feira, 28 de maio de 2009

EVELYN A. ZAYDEN

" A água é a música que a terra toca.
Por onde passa toca as cordas da vida.
Seu movimento contínuo é finito.

Se não cuidarmos do seu leito,
a terra engole, o sol seca, a morte instala-se.
E nada da vida permanece."

FILHOTE DO FILHOTE


Moro numa linda bola azul
Que flutua pelo espaço
Tem floresta e bicho pra chuchu
Cachoeira, rio, riacho

Acho que é um barato
Andar no mato
Vendo o verde
Ouvindo o rock'n'roll e o sapo ensaiando

De manhã cedinho
Os passarinhos dão 'bom-dia' pro sol
Cantando

Terra, Leste, Oeste, Norte, Sul
Natureza caprichosa
Tem macado de bumbum azul
Tem o boto cor-de-rosa
Árvores, baleias, elefantes, curumins
E o mundo inteiro está com a gente vibrando
A nossa torcida pela vida a gente vai conseguir cantando

Cuida do jardim pra mim
Deixe a terra florescer
Pensa no filhote do filhote
Que ainda vai nascer

Moro numa linda bola azul
Que flutua pelo espaço
Tem floresta e bicho pra chuchu
Cachoeira, rio, riacho

Acho que é um barato
Andar no mato
Vendo o verde
Ouvindo o rock'n'roll e o sapo ensaiando

De manhã cedinho
Os passarinhos dão 'bom-dia' pro sol
Cantando

Este é o meu filhote abraçando e protegendo sua linda bola azul que flutua pelo espacio (como diz ele)

E BOM LEMBRAR...


Constituição Federal

Capítulo VI
Do Meio Ambiente

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

SESSÃO NOSTALGIA

Gosto muito de música, recebi esta diga em um e.mail e estou repassando.
Que música estava tocando no ano que você nasceu?

100 musicas (DVD) mais ouvidas de 1904 até 2003
www.planetarei.com.br/100anos/index.htm

quarta-feira, 27 de maio de 2009

MEU PROTETOR


"Vem lá do infinito me amar
Em meio ao silêncio
E pelo meu caminho se faz
Amigo presente

Que Jesus te encha de amor
E luz
Possa eu
Acompanhar teus passos
Pois entre seus braços
Me sinto Feliz"


Não conheço o autor desta canção
. Ainda bem, acredito eu, que está destinado a cada um de nós, um amigo mais evoluído que cuida de nos cuidar. Muitas vezes sinto a sua presença seja me reconfortando, fortificando, intuindo. Ai de mim se não pudesse contar nos momentos mais delicados da minha vida, com este amigo maior a me conduzir por estas searas! Obrigada pelo cuidado, pelo carinho, pela compaixão, pelo colo, pela disponibilidade e leveza com que me ajuda a conduzir meus dias. Privilegiada eu sou de ter a oportunidade da convivência neste planeta, neste país, nesta família. Que eu possa fazer juz ao que recebo e que possa ainda saber contribuir de alguma forma para a paz e harmonia, que assim seja.

A PAZ DO MEU AMOR- Luiz Vieira


Você é isso,
Uma beleza imensa.
Toda recompensa
de um amor sem fim.

Você é isso,
uma nuvem calma
no céu de minh'alma.
É ternura em mim.

Você é isso,
estrela matutina,
luz que descortina
um mundo encantador.

Você é isso,
parto de ternura,
lágrima que é pura,
paz do meu amor!

RECEITA DE SAGU

O amido de mandioca aquecido transforma-se numa goma que, depois de passar por um processo de secagem toma forma irregular ou granulada. A irregular é chamada de tapioca. A granulada é conhecida como sagu que, além de dar um bom mingau com leite, transforma-se em saborosas sobremesas, quando misturado ao vinho, chocolate ou suco de frutas

Ingredientes:
1 litro de água
500 ml de vinho tinto
1 canela em pau
Cravos da índia (6 no máximo)
1 xícara de chá de sagu
1 xícara de chá de açúcar (aproximadamente)

Creme
500 ml de leite
6 gemas
1 xícara de chá de açúcar
Raspas de 1 fava de baunilha

Preparo:

Sagu
Junte o sagu com água fria e vá mexendo sempre até começar ferver e as bolinhas ficarem boa parte transparentes (apenas brancas no centro).
Acrescente o vinho tinto com o açúcar e ferva mais um pouco, mexendo de vez em quando para não grudar.
O processo de cozimento é um pouco lento e exige paciência pois, se cozinhar pouco fica com bolinhas duras no centro, e se cozinhar demais, acaba ficando líquido. Normalmente chega no ponto certo, quando as bolinhas ficam cerca de 90% transparente.
Desligue a panela, deixando um pouco na panela, mesmo desligado, o calor faz com que as poucas bolinhas que ficarem com o centro branco amoleçam.
Mexa de vez em quando para que o sagu não grude no fundo da panela.
Se o líquido começar a secar e o sagu ainda não estiver macio e transparente, junte um pouco mais de água fervente. Assim que o sagu estiver pronto, despeje no prato de servir, deixe esfriar e leve à geladeira.

Creme
Em uma panela funda, leve ao fogo o leite e a fava de baunilha.
Enquanto isso, em uma tigela, misture com um batedor de arame as gemas e o açúcar.
Assim que o leite ferver, despeje-o leite sobre as gemas e misture.
Volte o leite com as gemas ao fogo, mexendo sem parar até engrossar um pouquinho (a espuma da superfície irá desaparecer e o creme cobrirá o dorso da colher).
Clique aqui e veja a técnica.
Retire do fogo assim que atingir o ponto, pois é fundamental não deixar ferver.
Passe imediatamente pela peneira, sobre tigela limpa, e resfrie o mais rápido possível. Leve à geladeira até o momento de servir.
Sirva o sagu acompanhado do creme inglês.

Use bastante líquido para cozinhar o sagu.
A consistência quente é mole, porém ao gelar o sagu fica firme.
Este prato deve ser preparado com 1 dia de antecedência.
Para o sagu ficar transparente e soltinho não cozinhe o sagu até ficar transparente, pois o sagu fica estufado e grudento.
Tem quem prefira, quando as bolinhas brancas do sagu desaparecerem, acrescentar o açúcar e desligar.
Faça a mesma receita utilizando suco de frutas (tangerina, laranja, maracujá). Pode acrescentar 1 colher (sobremesa) de maizena (amido de milho).
Sagu de chocolate:
Ferva a água, coloque o sagu, mexa + ou - de 5 em 5 minutos durante uma hora, deixe de molho durante toda a noite.
No dia seguinte lave numa peneira grande para tirar a "gordura".
Ferva o leite com chocolate em pó (não use achocolatado , ele deixa a impressão de ter areia) e leite condensado.
Junte o sagu já lavado e deixe até perceber que vai ferver.
Desligue e deixe esfriar.

terça-feira, 26 de maio de 2009

DOM HÉLDER CÂMARA


“Missão é partir, sair de si, quebrar a crosta de egoísmo que nos fecha no nosso eu...
Missão é sempre partir, mas não devorar quilômetros.
É abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los.
E se, para descobri-los e encontrá-los é preciso atravessar os mares e
voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do mundo”

VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL/ Dom e Ravel



Eu venho de campos, subúrbios e vilas,
Sonhando e cantando, chorando nas filas,
Seguindo a corrente sem participar,
Me falta a semente do ler e contar

Eu sou brasileiro anseio um lugar,
Suplico que parem, prá ouvir meu cantar

Você também é responsável,
Então me ensine a escrever,
Eu tenho a minha mão domável,
Eu sinto a sede do saber

Eu venho de campos, tão ricos tão lindos,
Cantando e chamando, são todos bem vindos
A nação merece maior dimensão,
Marchemos prá luta, de lápis na mão

Eu sou brasileiro, anseio um lugar,
Suplico que parem, prá ouvir meu cantar

SOBRE A EDUCAÇÃO


" A educação torna um povo fácil de guiar, mas difícil de dirigir, fácil de governar, mas, impossível de escravizar".


Henry P.Brougham

segunda-feira, 25 de maio de 2009

BRASILEIRINHOS DESAPARECIDOS



No Brasil não existem dados oficiais que determinem a quantidade de crianças e adolescentes desaparecidos anualmente, contudo, dos casos registrados, um percentual de 10 a 15% permanecem sem solução por um longo período de tempo, e, às vezes, jamais são resolvidos. Visando dar visibilidade a esta problemática a Secretaria Especial de Direitos Humanos, desde 2002, constituiu uma rede nacional de identificação e localização de crianças e adolescentes desaparecidos, com o objetivo de criar e articular serviços especializados de atendimento ao público e coordenar um esforço coletivo e de âmbito nacional para busca e localização dos desaparecidos. Hoje temos cadastrados no site da ReDesap 1.247 casos de crianças e adolescentes desaparecidos no país. Desde sua criação já foram solucionados 725 casos, sendo que se constatou que uma das causas mais comuns de desaparecimento é a fuga do lar por conflito familiar.
O cadastramento dos casos é realizado pelas agências executoras da rede, composto por 45 entidades em todo o território nacional, sendo a grande maioria delas Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente.

SITES OFICIAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DESAPARECIDOS

Ministério da Justiça: http://www.desaparecidos.mj.gov.br/

Crianças desaparecidas em SP: http://www.policia-civ.sp.gov.br/desap/desap_lista.asp?tipo=1&pagenumber=1

Crianças desaparecidas – RJ: http://www.fia.rj.gov.br/SOS.htm

Minas Gerais: http://www.desaparecidos.mg.gov.br/

Paraná: http://www.pr.gov.br/policiacivil/sicride/criancas_desaparecidas.htm

Rio Grande do Sul: http://www.desaparecidos.rs.gov.br/

Goiânia-GO: http://www.goiania.go.gov.br/html/sosdesaparecidas/sos.htm

O número nacional para informações sobre crianças desaparecidas é o DISQUE 100.

25 DE MAIO - DIA NACIONAL DA ADOÇÃO




domingo, 24 de maio de 2009

FILHOS NÃO SÃO RECICLÁVEIS - Déa Januzzi


“Fala-se tanto da necessidade de deixarmos um planeta melhor para nossos filhos, quando deveríamos nos ocupar em deixar filhos melhores para nosso planeta.” A frase, de autor desconhecido, incomodou tanto que a mãe ficou se perguntando: de que filhos o mundo precisa? Com certeza ,não mais de super-homens que vão nos salvar de nós mesmos, do caos externo e, pior ainda, do interno, da nossa normose, como denominou o pensador Jean-Yves Leloup, para explicar a doença da normalidade, caracterizada pela adaptação a um sistema dominantemente patológico e corrupto e pela estagnação evolutiva. “O normótico é aquela pessoa que não escuta , que pensa só em si, que não se dá conta de que tudo está ligado a tudo; que pára num semáforo, vê um bando de crianças miseráveis e acha que isso não tem nada a ver com ele. O normótico não se preocupa quando ouve falar de problemas atmosféricos, como o El Niño. Nunca assume a responsabilidade.” Como dizia Jung: “Só aspira à normalidade o medíocre”.
A mãe ficou pensando que filhos não são recicláveis e não podem ser jogados no lixo como garrafas PET. Mas que filhos são ecologicamente corretos. A natureza deles é de folhas verdes. Muitos têm raízes fortes, outros caminham pelo terreno movediço da falta de oportunidades. Os filhos pertencem às florestas, às cachoeiras, aos rios, às profundezas do mar. São seres em construção, que precisam de terra fértil, de vento, de água, de sol para crescerem saudáveis. Filhos levam anos para se decomporem meio à sujeira do mundo adulto, que não tem mais credenciais ou bons exemplos a oferecer aos jovens em formação. Um mundo adulto que não cumpriu suas promessas, que devastou as matas da esperança, que danificou o DNA da vida, que não escutou o murmúrio da floresta, os devas que moram nas árvores. De que filhos o mundo precisa? Não mais de técnicos, mas de pensadores que possam imaginar um novo mundo, aguçar o pensamento crítico ,rever os preconceitos de todos os tipos que contaminam a atitude dos jovens. Como disse a educadora Arminda Mata Machado: “Nossos filhos precisam estudar e conhecer a fundo as questões contemporâneas, aprender a pesquisar, a buscar respostas, a não se contentar com meias verdades, a conviver lado a lado com os semelhantes, a respeitar as diferenças de pensamento, cor, sexo, religião; e aprender a incluir e não a segregar, a desenvolver a criatividade, a valorizar a arte, a inventividade”. Essa é a única receita para deixar filhos melhores para o planeta.
A tarefa não é nada fácil para pais e educadores, que têm que conviver com afirmações constantes de aprender a competir, da preparação para o mercado de trabalho ou ainda do valor
fundamental da informação. “É duro, mas devemos continuar reafirmando que nada disso existe, que não passam de frases que mascaram uma realidade econômica que pode e deve ser reformulada, que os seres humanos necessitam, ao contrário, comportar-se cooperativamente e viverem em busca da concretização de um mundo mais estável e pacífico, mais equilibrado. Mas é desse tipo de sonho que a educação se nutre. Esse é o tipo de educação que todos os alunos
devem receber, sejam eles ricos, pobres, remediados, das escolas públicas ou privadas. Fora desse sonho, não há educação. Apenas treinamento”, ensina Arminda. Que filhos vamos deixar para o planeta? Se não limparmos as ervas daninhas do caminho, se não adubarmos o caráter deles com valores menos materialistas e consumistas? Senão abrirmos os braços e dermos sombra para que eles possam crescer sem devastação, sem queimar seus sonhos e projetos de vida? Que mundo é esse que vamos deixar para nossos filhos? De almas desertas, de corações congelados, assépticos?
A mãe acha que uma atitude não existe sem a outra. Deixar um planeta melhor para nossos filhos é devolver a centelha divina a eles. É dar o altar para que eles possam pôr as melhores oferendas cultivadas pelo mundo adulto.Com um planeta melhor, os filhos terão o mesmo viço, a mesma vitalidade e energia das matas intactas, porque filhos não são recicláveis. Não podem ser jogados fora no meio de um planeta sem vida."

Fonte: Jornal Estado de Minas

AUTO CONHECIMENTO


Só tememos o que desconhecemos. O autoconhecimento requer um constante exercício, no reino do pensamento reflexivo, sobre as sensações externas e internas. Viver uma vida sem reflexão é como escutar uma música sem melodia.


O auto conhecimento é a capacidade inata que nos permite perceber, de forma gradativa, tudo que necessitamos transformar. Ao mesmo tempo amplia a consciência sobre nossos potenciais adormecidos, a fim de que possamos vir a ser aquilo que somos em essência.

"O auto conhecimento nos dá a habilidade de saber como e onde agem nossos pontos frágeis e até a quem atribuímos nossas emoções e sentimentos, facilitando-nos compreender melhor os que nos rodeiam. Caminhar no processo do autoconhecimento significa desenvolver gradativamente o respeito aos nossos semelhantes, impedindo que façamos projeções triviais e levianas de nossas deficiências nos outros..."


Fonte: Os prazeres da alma - Francisco do Espírito Santo Neto ditado por Hammed

sábado, 23 de maio de 2009

ESMOLAS EMOCIONAIS E OUTROS TROCOS - Marli Gonçalves


Entende que elas existem, e, o que é pior, às vezes nos contentamos com elas, por mais miseráveis que sejam?

Senhor, me dê um olhar. Uma atenção. Senhora, deixe-me tentar lhe agradar. Patrão, viu que fiz tudo direito? Papai, adivinha o que consegui fazer hoje! Mamãe, você acha que sou bonita? Não sabemos durante toda a nossa vida mais o que fazer, desde que nascemos, senão pedir pequenas esmolas, suplicar olhares mais atentos, ouvidos generosos. Esmolas emocionais. Pequenas esmolas. Pequenas atenções. Leves afagos para ir levando a vida. Abana o rabo aqui, dá a patinha, se finge de morto, senta, deita.

Cansei delas, das tais esmolas emocionais, aos 50. Não as evitarei, decerto. Mas não sairei mais mendigando por elas. Nós temos o nosso valor. Algum. Todos têm um valor. Farei como os músicos e malabaristas de rua que deixam o chapéu virado ali por perto. Quem quiser colaborar, que o faça. Que atirem algumas moedas, que deixem impressões, pensamentos. O que valem essas esmolas a não ser existir apenas como pequenas concessões e comiserações que alguém "generosamente" lhe oferta?

As coisas andam complicadas, principalmente os relacionamentos. Se amorosos, viram armadilhas, onde sempre alguém sai com um pedaço amputado, se sair com vida. Se profissionais, são levados na barriga, nas coxas, e em uma falta de educação mortal, que tem primado apenas em se aprimorar, coisa ruim. Quando familiares, os relacionamentos parecem guerras nucleares, brincadeiras bélicas, jogos de War, lados contra lados, até que um deles se rompa, ou rompa com todos.

Para completar, como ano após ano, está começando a se aproximar aquela data maldita que alguém inventou e se deu bem. A data pegou e ela pode deprimir, deixar muito mais triste do que o Natal, tem maior poder de destruição. O que é? O que é?

Acertou! Dia dos Namorados! Urghhhh!!!! Andei vendo passeatas de pessoas sozinhas querendo arrumar uma "canga", uma tranqueira qualquer para passar esse dia pelo menos em alguma companhia. Tinha de tudo, gente jovem, bonita, se divertindo, e gente mais vivida tentando pescar alguém no riozinho da vida, no lago seco, junto da marolinha. Passeatas patrocinadas por um site de relacionamentos, que costuma "percentualizar" interesses comuns, o que só pode dar uma grande bobagem e terrenos para encrencas. Você responde a algumas perguntas e eles dizem, juram, que encontram seu outro par de meias, a tampa da sua panela, o pé do seu chinelo. Aí te oferecem 78% de afinidade tal, 54% de afinidade tal, inclusive sexual, e assim por diante. Juro: ainda tem quem acredite até que Matemática funciona numa hora dessas, ignorando a importância da Geografia, do Português, da História, e outras matérias básicas.

Fora a sorte, necessária para quem se arrisca a jogar na loteria.

Sempre (mesmo quando acompanhada) tive certo enjoo com esse dia, onde a falsidade fica solta, os lugares se enchem de gente bonitinha, arrumadinha, vestida igual quando vai para a igreja, de mãozinha dada, gastando seus trocos, os carapicuás, em restaurantes e motéis lotados. Dia de fazer amor. Antes, invasões por todos os poros de corações vermelhos e mensagens edificantes – e o coitado do São Valentim, lá do dia 14 de fevereiro, nem passa perto dessa festa brasileira.

No dia seguinte, tudo volta aos eixos. Ou melhor, quem sofreu até ali, pega é o coitado do Santo Antônio, para pagar a desforra. Amarra, afoga, cega, embrulha, põe o careca de cabeça pra baixo. Simpatias de Santo Antônio. Só correndo para tomar quentão – sem duplo sentido, por favor!

Assim estamos, novamente, sempre, atrás – me digam se estou errada – das tais esmolas emocionais. Que chegam em muchochos, embrulhinhos, sacolinhas, sempre com poucas joias, pouca sinceridade, e muitas evasivas. Como tudo está muito confuso e o esporte parece vale-tudo, as pessoas se subestimam entre si. E isso é imperdoável, e está listado entre os itens que considero mesmo como totalmente imperdoáveis. Quer manter minha fidelidade, quase canina? Não me subestime, nem subestime minha inteligência. Se pegar em flagrante é o fim. Há concessões, mas elas têm limites.

Pequenas mentiras, graças contidas, carinhos esquivos, insensata falta de sinceridade. Fingimentos. Tudo bem, se estiver bom para ambas as partes, como dizia aquele deputado apresentador. Sem essa de esperteza, de um lado só. Esmola deve ao menos ser visível, tinir quando cai sobre as outras, e que engana cegos. Abraços e beijos não podem ser implorados, muito menos reconhecimentos. Tenho pensado sobre isso, depois de ouvir e ler depoimentos do grupo Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas), depois de ler o livro "Eu que amo tanto”, da genial Marília Gabriela, treze desses depoimentos colhidos com sutileza pela autora, como todas nós, sempre vibrantes e dispostas a dar mais do que receber. Mulheres que gritam nas ruas, evocando seus próprios fantasmas.

Até o dia em que vemos, recordem, que há limites, sim. Para tudo nessa vida.

São Paulo, inferno astral, 2009.

Marli Gonçalves, jornalista. Não acredita mais em duendes, como a Xuxa. Sabe que o eterno é só enquanto dura. Mas acha que o bom viver e amar, seja de que forma for, bem que podia durar eternamente, sem trazer o peso da desilusão, que a tudo destrói e arrasa. Seria bom poder guardar o troco.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A UNIÃO FAZ A FORÇA

"Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer."


E quando não conseguimos encontrar os nossos fieis escudeiros seguimos pelo mundo afora à esmo, tropeçando, chorando e sofrendo!
Um braço, um ombro, um afago, uma força; precisamos ser cuidados, precisamos saber cuidar, mas como é difícil esta entrega.
Que Jesus nos ilumine a todos!

Os Saltimbancos/ Chico Buarque

PAI FAZ FALTA - Déa Januzzi

Eu preciso me redimir com os homens. Os meus leitores que me perdoem, se por acaso o espaço desta coluna fala mais das mães do que dos pais. Para que os homens me perdoem, vou ter que pedir ajuda a meu próprio irmão, Luiz Carlos, que criou os dois filhos, Eduardo e Cláudio, depois da separação. Ainda pequenos, os meninos escolheram viver com o pai. A própria mãe reconheceu e deu uma lição a todas nós mulheres. Ela disse que também não saberia com quem ficar na hora da separação, já que os filhos gostam igualmente do pai e da mãe. Apesar de amar os dois filhos, ela deixou que eles ficassem com o pai, por livre escolha. Pai e filhos passaram muitas dificuldades juntos, viveram numa casa em construção, sem janelas, durante muito tempo. Juntos, eles não edificaram uma casa de palha nem de madeira, mas de tijolos, com pássaros na varanda, que tem lugar até para o canário belga Cauby Peixoto, que canta tanto quanto o próprio. Tenho que reconhecer que na casa desse pai, além dos canários, tem afeto, responsabilidade e compromisso. Que a casa é uma espécie de ninho para os filhos
já crescidos, que voltam para o churrasco dos domingos. E que a mãe é sempre bem-vinda na casa do pai e dos filhos. Eu quero escancarar esse coração de mãe para um pai em especial que
eu não sei nem o nome, mas que um dia me confessou que está sangrando depois da separação,
pois o filho se mudou para o interior de Minas e ele não sabe mais como viver. Sente tanta, tanta
saudade que pensou estar enlouquecendo.Eu quero abrir as portas do coração para todos os homens que dão colo, abraços, afagos, que contam histórias, acordam de madrugada para embalar o sono dos filhos. Homens que levam e buscam os filhos na escola, na aula de inglês, no futebol, que conversam com suas filhas, que sabem que o mundo não pára, que é preciso mudar. Homens que protegem os filhos das tempestades da vida, que não empurram os filhos para o naufrágio da ausência, do medo e da insegurança. Eu quero dizer aos homens que os filhos não pertencem à mãe. Que os homens me desculpem, mas não está escrito em lugar nenhum que as
mães devem criar os filhos sozinhas, que eles não têm responsabilidade na tarefa de educar. Que os homens separados me desculpem, mas quem disse que as mães querem carregar a pesada cruz da culpa? Ou ostentar todas as glórias? Que as mães também não querem colo? Que as mães não precisam de ajuda? Eu quero mostrar que os pais têm lugar garantido no coração dos filhos. Eu preciso declarar, em nome de todas as mães, que pai faz falta. Eu preciso dizer que existem pais amorosos, afetivos e presentes. Como o doutor Ivan que conseguiu criar, sozinho,
os três filhos Adriano, Breno e Rafael. Preciso dizer urgentemente aos pais separados que não há lugar para ódio, ressentimentos, que as mães não querem guerra, mas precisam urgentemente de pais para os seus filhos. De pais compreensivos, que nutrem a alma dos filhos, pois não existe sinfonia de uma nota só. Toda a orquestra tem que tocar, para executar a obra com perfeição. Que me perdoem os homens que ainda não despertaram para a nobre tarefa de ser pai, de ver um filho crescer passo a passo, de estar presente nos piores e nos melhores momentos. Que me desculpem as mulheres que dizem que são mães e pais ao mesmo tempo. Eu preciso dizer que a mãe é mãe, mas não é perfeita, que sempre haverá a falta do pai, por mais que ela se esforce. Por mais que as mães façam, por mais que elas tentem, por mais que lutem, o mundo precisa que
os homens adotem os seus próprios filhos! O mundo precisa urgentementede homens bons, ternos e sensíveis!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

HOMENAGEM

Manhã de homenagem a todas as mães, na figura de Maria, na escola do caçula.
Êta anjo, só não avua porque é fiote.
Beijos com amor. Mamãe

quarta-feira, 20 de maio de 2009

PARA QUEM É PAI/MÃE E PARA AQUELES QUE O SERÃO...


Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos. É que as crianças crescem independente de nós, como árvores e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil.
E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros.
Ali estamos, com cabelos esbranquiçados.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros, que esperamos que não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas.
Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais às camas deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saud
ades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível. O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos.
O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.


Fonte: Texto Affonso Romano de Sant'Anna

terça-feira, 19 de maio de 2009

HAHAHA, ADOREI!


Sou mãe de meninos e vibrei com este texto repassado pelo Paulo Bressane, publicado no Jornal Pampulha em 2008. Muitas palmas para ele.

PAIS E FILHAS

Como ainda estou curtindo as temperaturas gélidas da Patagônia, cedo o espaço a uma deliciosa crônica que me foi enviada pelo amigo cirurgião plástico Carlos Eduardo Leão. É um divertido alerta para os que, como eu, também são "pai de filhas".
"Não é mole ser pai de filha. Não por elas que, via de regra, são sempre mais carinhosas, mais amorosas, mais presentes, mais cheirosas, mais companheiras em comparação aos não menos amados marmanjos. O problema é ter que aguentar os amigos, pais de filhos, dizendo "cuide bem de suas cabritinhas, pois tenho um bode esperando por elas", ou " você passou de consumidor para fornecedor", ou ainda "capriche bem no dote, pois o macho lá de casa é de primeira" e pior: "use somente talquinho importado pois meus meninos são muito exigentes".
Que dureza ter que ouvir tudo isso! E não há muito o que retrucar nessa sociedade machista em que vivemos, onde os homens ainda se mantêm no topo hierarquizado das atividades humanas, latu sensu.
Isso continua sendo um fenômeno mundial, mesmo nesse milênio globalizado. Trata-se de uma questão cultural que se arrasta há séculos. Resta-nos, pais de filhas, suportar as gozações e nos prender ao privilégio de tê-las.
Ter filhas é ter a certeza de alguém para nos aguentar na velhice. Ter filhas é a certeza dos domingos festivos em torno de nossas mesas e ajantarados. Ter filhas é a certeza de genros. Torço para que sejam os filhos que não tive, em que pese a possibilidade nefasta da convivência com atleticanos ou flamenguistas. Ter filhas é ter o privilégio de pagar salões de beleza através de boletos bancários mensais, no meu caso são quatro mulheres ou seja, 80 unhas por semana, oito sobrancelhas, um tanto mais de depilações, escovas progressivas de todas as frutas cítricas e, mais recentemente de chocolate, além de hidratações, massagens relaxantes e "spas" de pés e mãos. ter filhas é ser íntimo de Louis Vuitton, Bvlgari, Herrera, Dolce & Gabana, Forum, Fram, Ellus e tantas outras que as deixam ainda mais belas e charmosas. Ter filhas é ter a certeza da necessidade de trabalhar dobrado, já que custam 50% a mais do que nossos tão econômicos varões. Ter filhas, assim como ter filhos, é a maior graça que nos concede o Criador.
E, como forma de homenagem para os meus queridos amigos e implacáves gozadores, pais de adoráveis mancebos que nada têm com isso, tenho um trunfo a irretorquível, insofismável e inquestionável máxima que diz: "Ter filhas é ter a certeza absoluta de que nossos netos são mesmo nossos".


Paulo Bressane - bressane@otempo.com.br

E O QUÊ FOI FEITO?


Já publiquei este post mas nunca é demais reforçar. Em setembro de 2000, a declaração do milênio foi aprovada por 191 países membros da ONU. Estabeleceu-se um compromisso compartilhado com a sustentabilidade do planeta.
8 jeitos de mudar o mundo, nós podemos!!!

1 - acabar com a fome e a miséria
2 - educação básica de qualidade para todos
3 - igualdade entre sexos e valorização da mulher
4 - reduzir a mortalidade infantil
5 - melhorar a saúde das gestantes
6 - combate a AIDS, a malária e outras doenças
7 - qualidade de vida e respeito ao meio ambiente
8 - todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento

PÉS PRÁ CIMA




Ai que vontade de ficar com os pés prá cima. Pés prá cima é ficar longe da correria, das preocupações de qualquer ordem, sem compromissos enfadonhos, sem pressa para viver, sem querer cercar o mundo, sem tomar decisões imediatas. Pés prá cima é apreciar tudo que a vida proporciona, observar sem palpitar, ouvir sem falar, sonhar sem acordar, sorrir, catarolar, brincar...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

BLOGAGEM COLETIVA - Salvemos nossas crianças


Em 18 de maio de 1973, uma menina foi estuprada, desfigurada e morta no Espírito Santo. Os criminosos, jovens de classe média e alta de Vitória, nunca foram condenados. A barbárie permaneceu impune, mas em nome da criança capixaba – e de milhares de outras que sofrem em silêncio –, o país se mobiliza, trinta e seis anos depois, no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Representantes de governos, movimentos em defesa dos direitos infanto-juvenis e da sociedade civil se unem para reforçar a importância das denúncias como forma de reduzir os índices de violência. Entre os eventos com essa proposta em Belo Horizonte está o Seminário de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, na manhã de hoje, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça. A intenção é analisar e revisar o plano de combate a esse tipo de crime no estado.

Ontem, a Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena foi cenário para uma mobilização, apoiada pelo Ministério Público Estadual, Secretaria Municipal de Assistência Social (Amas) e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente. Foram distribuídos 14 mil folhetos com orientações, além de adesivos, pulseiras, botons e camisetas, enquanto shows, desfiles de moda e inserções de teatro eram realizados em um palco montado na avenida.

De acordo com Robélia Ursine, coordenadora do Serviço de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes da Prefeitura de Belo Horizonte, o objetivo é estimular a população a denunciar porque grande parte dos casos ocorre dentro de casa. “O lema da campanha é Lembrar é combater, esquecer é permitir. Se as denúncias aumentarem, teremos mais ferramentas para poder intervir. Sem as denúncias, só podemos ver a ponta do iceberg”, explica a coordenadora. Para denúncia, os locais indicados são os conselhos tutelares, as delegacias especializadas, as polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, o Disque Denúncia Nacional (100) e o Estadual (0800 31 1119).


Fonte: Estado de Minas 18/05/2009

domingo, 17 de maio de 2009

PRODUTO ENLATADO/ Johanna Homann

Recém chegada no país, a moça bonita, elegante e muito segura foi ao restaurante indicado pelo concierge do hotel. Sentou-se sozinha numa mesa de canto e fez seu pedido. Bem ao centro, o playboy da cidade se exibia com o último modelo de celular na mesa, junto com a chave de sua BMW e tomava o champanhe que escolhera pelo preço. Ele, pelos padrões locais, estava certo de que era um homem de valor. Mas não foi por isso que se sentira atraída, pois esses ícones eram indecifráveis para ela.
Quantas pessoas gastam seu tempo e dinheiro para alcançarem boas "cotações" no mercado? A maioria das pessoas tem se tornado um produto "enlatado". Será que haverá saída para tamanha oferta? Pode-se até pensar que sim, pois a procura tem sido enorme. Mas, de que vale a embalagem se a mercadoria está apodrecendo nas prateleiras? O prazo de validade parece estar cada vez mais reduzido.
Os indivíduos estão voltados para os cuidados com o físico e têm desprendido pouca energia com a reflexão. A consequência é o exterior: olhando-me no espelho com tudo em cima, eu estou bem. Mas ninguém quer saber do que nos aflige por dentro, pois, para isso, não há remédio que cure sem maior envolvimento com o processo. Que tal tentar ser um estrangeiro e enxergar além dos padrões locais?
As pessoas deveriam talvez, quem sabe, conhecer o outro lado, ou seja, o lado de dentro de cada um. Nesse caso, o rapaz conseguiu manter um relacionamento feliz e duradouro, permitindo ser visto pelo o que é, e não pelo o que tem, pois a moça não se interessou pelos ícones utilizados por ele para impressioná-la. A embalagem pode ser bonita e resistente, mas não garante a conservação do produto para sempre.

Fonte: Caixa de Costura - editora Soler

YEPÁ AVÓ DO MUNDO/Teatro Aldeia de Bonecos

Este espetáculo surgiu da necessidade de se resgatar a magia do Folclore, seus mitos e lendas, trazendo à tona toda a poesia da tradição oral. O cenário é muito bonitinho com roupas estendidas no varal, folhas secas espalhadas pelo chão, sons de "quintal" além de sombras no lençol.
As Marias se vestem com avental, lenços na cabeça e a partir da saudade que sentem da infância criam a avó Yepá usando barro, pedra e sementes, para lhes contar histórias como no tempo de crianças.

Nós, daqui de casa adoramos e recomendamos/ para crianças pequenas

O DONO DA VIDA - Jayme Copstein

Naquele tempo, logo depois das diligências, quando estrada era tudo carreteira e ônibus não tinha privada, viajei de Bagé a Santa Maria. Passava uma hora, se tanto, que tínhamos deixado para trás o restaurante de beira de estrada, levando no bucho uma feijoada que a uns mergulhava em bem-aventurança, a outros, em aflição.

Como ainda havia umas quatro horas de sacolejo pela frente, tentei matar o tempo, passando os olhos pelos demais passageiros. Ninguém de chamar a atenção. Éramos 60 pessoas compartilhando absoluta falta de intimidade. Até os que se acompanhavam, só cochichavam mesmo as banalidades.

De repente, a modorra se estilhaçou, com a voz estrangulada de angústia saindo de entranhas:

- Para el coche! Para el coche!

O motorista guinchou no freio. Um castelhano clinudo, veio correndo lá do fundo, segurando a barriga como se recém tivesse sido estripado, e mergulhou na paisagem. Só que era descampado, não havia nenhum atrás-da-árvore.

O ônibus se acendeu em murmúrios. A situação do castelhano era precária. O que fazer, o que não fazer para lhe poupar constrangimento na volta. Um sorriso de compreensão porque a vida tem seus naturais? Quem sabe fingíamos não entender castelhano e não ter percebido o que acontecera?

Pois estávamos todos nestas indecisões, quando o castelhano voltou. Subiu no ônibus muito senhor de si, estufou o peito com olhar de triunfo, bateu com ruído as duas mãos na barriga e proclamou ao mundo:

- Ahora, si, soy otro hombre! Siga el coche!

Todos baixamos os olhos, encabulados.


Fonte: www.jaymecopstein.com.br/

INACREDITÁVEL!!!

Boxe:
nem que eu viva 200 anos vou conseguir entender o que leva dezenas e dezenas de pessoas a apreciar este estranho esporte.
Praticado muitos vezes em locais inadequados, de maneira pouco cuidadosa, sem seguir as normas da Federação, deixa vários esportistas com sequelas irreversíveis.


BOXE NÃO!!!

sábado, 16 de maio de 2009

FAZENDA - Milton Nascimento

Água de beber
Bica no quintal
Sede de viver tudo
E o esquecer
Era tão normal que o tempo parava
E a meninada respirava o vento
Até vir a noite e os velhos falavam coisas dessa vida
Eu era criança, hoje é você, e no amanhã, nós
Água de beber
Bica no quintal, sede de viver tudo
E o esquecer
Era tão normal que o tempo parava
Tinha sabiá, tinha laranjeira, tinha manga rosa
Tinha o sol da manhã
E na despedida,
tios na varanda, jipe na estrada
E o coração lá.


Nasci na capital mas tinha muitos parentes que moravam no interior, nas férias ou em alguma comemoração especial a gente se reunia fazendo uma festança gostosa com muitas brincadeiras.
Lembro destes dias quando escuto esta canção.

BOM DIA - Zizi Possi


Um dia quero mudar tudo, no outro eu morro de rir,
Um dia tô cheia de vida, no outro não sei onde ir,
Um dia escapo por pouco, no outro não sei se vou me livrar,
Um dia esqueço de tudo, no outro não posso deixar de lembrar,
Um dia você me maltrata, no outro me faz muito bem,
Um dia eu digo a verdade, no outro não engano ninguém,
Um dia parece que tudo tem tudo prá ser o que eu sempre sonhei,
No outro dá tudo errado e acabo perdendo o que já ganhei ...

Logo de manhã...bom dia!!!
Logo de manhã... bom dia!!!
Logo de manhã... bom dia!!!
Logo de manhã... bom dia!!!

Um dia eu sou diferente, no outro sou bem comportada,
Um dia eu durmo até tarde, no outro eu acordo cansada,
Um dia te beijo gostoso, no outro nem vem que eu quero respirar,
Um dia quero mudar tudo no mundo, no outro eu vou devagar
Um dia penso no futuro, no outro eu deixo prá lá,
Um dia eu acho a saída, no outro eu fico no ar
Um dia na vida da gente,
Um dia sem nada de mais...
Só sei que eu acordo e gosto da vida!!!
Os dias não são nunca iguais!

Logo de manhã...bom dia!!!
Logo de manhã... bom dia!!!
Logo de manhã... bom dia!!!
Logo de manhã... bom dia!!!


... e assim flutuamos na dualidade!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

SÃO FRANCISCO - Vinícius de Moraes


Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite
Junto ao moinho
Bebendo a água
Do ribeirinho

Lá vai São Francisco
De pé no chão
Levando nada
No seu surrão
Dizendo ao vento
Bom dia, amigo
Dizendo ao fogo
Saúde, irmão

Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesus Cristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Pros passarinhos

SUGESTÃO:
CD /Arca de Noé (Vinícius de Moraes) - As músicas são gostosinhas, o ritmo é gracioso, os arranjos tem sonoridades variadas agradáveis às crianças pequenas.

São 14 canções nas vozes de diversos intérpretes:
- Chico Buarque/Milton Nascimento - A Arca de Noé,
- MPB4 - O Pato,
- Elis Regina - A Corujinha,
- Alceu Valença - A Foca,
- Moraes Moreira - As Abelhas,
- Bebel - A Pulga,
- Frenéticas - Aula de Piano,
- Fábio Júnior - A Porta,
- Boca Livre - A Casa,
- Marina - O Gato,
- Ney Matogrosso - São Francisco,
- Walter Franco - O Relógio,
- Toquinho - Menininha.

Mamães e papais, para aqueles que não conhecem, vale a pena conferir!

SELO MUITO ESPECIAL


Fiquei muito feliz ao receber o selo "este blog é pura luz" do querido André do blogdomensageiro.blogspot.com/
Obrigada amigo.

Regras:
1 - Complete a frase: Eu sou luz e quero iluminar...
2 - Link o blog que te presenteou e deixe um recado avisando que o recebeu,
3 - Link e repasse o selo para cinco blogs, que reconheça como blogs de luz.

Eu sou Luz e quero iluminar todas as sombras que possam nos impedir de evoluir!

Repasso para:

1 - Dany - verdenovoverde.blogspot.com/
2 - Salerosa - ecosdojapi.blogspot.com/
3 - José Jaime - cafofodovovo.blogspot.com/
4 - Veronica - eassimquesou.blogspot.com/
5 - Hazel - www.casaclaridade.blogspot.com/

APENAS UM LEMBRETE...


"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará".



O tempo/Mário Quintana

ROSA DOS VENTOS/ Chico Buarque


E do amor gritou-se o escândalo
Do medo criou-se o trágico
No rosto pintou-se o pálido
E não rolou uma lágrima
Nem uma lástima para socorrer
E na gente deu o hábito
De caminhar pelas trevas
De murmurar entre as pregas
De tirar leite das pedras
De ver o tempo correr
Mas sob o sono dos séculos
Amanheceu o espetáculo
Como uma chuva de pétalas
Como se o céu vendo as penas
Morresse de pena
E chovesse o perdão
E a prudência dos sábios
Nem ousou conter nos lábios
O sorriso e a paixão

Pois transbordando de flores
A calma dos lagos zangou-se
A rosa-dos-ventos danou-se
O leito do rio fartou-se
E inundou de água doce
A amargura do mar
Numa enchente amazônica
Numa explosão atlântica
E a multidão vendo em pânico
E a multidão vendo atônita
Ainda que tarde o seu despertar

Realmente, nunca é tarde!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES - Geraldo Vandré

Caminhando e cantando

E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer..

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

terça-feira, 12 de maio de 2009

OS POBRES - Olavo Bilac

Aí vêm pelos caminhos,
Descalços, de pés no chão,
Os pobres que andam sozinhos,
Implorando compaixão.

Vivem sem cama e sem teto,
Na fome e na solidão:
Pedem um pouco de afeto,
Pedem um pouco de pão.

São tímidos? São covardes?
Têm pejo? Têm confusão?
Parai quando os encontrardes,
E dai-lhes a vossa mão!

Guiai-lhe os tristes passos!
Dai-lhes, sem hesitação,
O apoio do vossos braços,
Metade de vosso pão!

Não receieis que, algum dia,
Vos assalte a ingratidão:
O prêmio está na alegria
Que tereis no coração.

Protegei os desgraçados,
Órfãos de toda a afeição:
E sereis abençoados
Por um pedaço de pão . . .


Porém o que assola a humanidade é a pobreza de espírito!!!

HOJE É O SEU DIA, MINHA MÃE


parabéns prá você
nesta data querida
muitas felicidades
muitos anos de vida!
Salve você minha mãe querida e viva muuuito mais. Você nos deixa mais completos e felizes.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

ISTO SE CHAMA: VONTADE


"Mesmo sem naus e sem rumos,
mesmo sem vagas e areias,
há sempre um copo de mar
para um homem navegar".


Jorge de Lima

ISTO SE CHAMA: CANSAÇO


" Tu que estás cansado do real
Aperta na mão as pérolas
escorregadias dos sonhos:
Borda com elas
Um cobertor
brilhante para tua
alma regelada."


Mihaly Babits

domingo, 10 de maio de 2009

BOA SEMANA


que Jesus nos ilumine a todos,
que possamos ouvir suas inspirações, suas orientações,
que nunca percamos de vista os passos de seus exemplos para criarmos uma humanidade melhor, com sintonia e cumplicidade entre os povos e suas terras,
que ninguém jamais percamos a esperança de reiniciar todas as manhãs,
que tenhamos noites com sonos reparadores e sonhos inspiradores,
que possamos nos perdoar por ainda estarmos engatinhando como crianças,
que assim seja e boa semana para todos nós.

O CAMINHO DA AUTO-TRANSFORMAÇÃO

Pathwork é um trabalho que tem como objetivo o alcance do autoconhecimento, autotransformação e desenvolvimento espiritual. Este método conduz o indivíduo ao seu Universo Interior na busca da Essencia, do Eu.

A seguir a descrição deste novo trabalho que iniciarei nesta semana:
o material que ancora o trabalho dos Grupos do Pathwork consiste em 258 palestras que foram canalizadas por Eva Pierrakos, nos EUA, entre 1957 e 1979, e que se referem à natureza da realidade psicológica e espiritual no processo de desenvolvimento pessoal.
Os Grupos do Pathwork abordam um vasto conteúdo de ensinamentos numa sequência que foi metodologicamente organizada, através de exercícios práticos e vivências (emocionais, mentais, reflexivas e do fluxo energético corporal).
Temas profundos são trabalhados, numa linguagem simples, objetiva, buscando integração da teoria com as situações práticas do dia-a-dia, tendo como foco central a auto-observação e a auto-revelação".


SUCESSO PARA MIM!



ÉS MÃE? AGUENTA! - Marisa Martins

Aguenta, amiga, as alegrias e dores que acompanham todas as mães!

O primeiro sorriso, o primeiro dentinho, as primeiras palavras e os primeiros passos, que felicidade!

Porém, e aquele cocô diferente, esverdeado, a febre subindo, a moedinha engolida, a queda da escada, a mordida de cachorro, o sarampo, a bronquite, as noites em claro, quanto sobressalto.

O dedo na tomada, a cabeça presa entre grades, a boca cheia de terra, sufocando, as dentadas no batom, os palitos de fósforo acesos dentro da caixa, a fuga na praia entre o povaréu, a mão se aproximando do escorpião... Sustos, sustos.

E o xixi, com um risinho, no melhor tapete, o vaso, herança da bisavó, quebrado, as mãos de chocolate no sofá, a água transbordando da pia fechada, os esmaltes derramados pelo piso, a tartaruga enterrada, com as patinhas para cima, as lambidas no glacê do bolo, antes da festa, os toquezinhos fatídicos no teclado do computador, os "auto-cortes" nos cabelos, o gato escondido debaixo da coberta... ah, que vontade de dar umas palmadas.

Os pequerruchos que trazem tantas alegrias, sobressaltos, sustos, iras, crescem...

Crescem, e crescem junto alegrias, sobressaltos, sustos, iras.

A leitura das primeiras frases, o primeiro cartão de dia das mães, com o desenho mais lindo do mundo, a primeira apresentação no palco da escola, os primeiros sucessos esportivos, a primeira paixão, a primeira bem-sucedida omelete, os primeiros fios de bigode, o primeiro sutiã, que alegria!

A recusa em comer verduras, o apetite por hambúrgueres com batata frita, salgadinhos, tudo coberto por melecas, a fixação por eletrônicos, as primeiras festinhas fora de casa, a primeira excursão para longe, as avaliações insatisfatórias.

Como a fita métrica que avança nos centímetros, avançam nossas preocupações.

O olho grande na chave do carro, os horários não cumpridos, as conversinhas ao celular noite adentro, a porta do quarto fechada para curtir som com o (a) coleguinha, "aquelas" perguntas constrangedoras, o "não sei se sou jovem ou criança", o ensino médio terminando, as indefinições. Tantas noites acordada... Tantos sobressaltos, sustos, vontade de dar palmadas.

Um dia eles cortam o cordão umbilical. E ficamos, todas as mães, revivendo as alegrias, e com saudade dos sobressaltos, sustos, iras, do tempo em que eles "eram nossos"...

És mãe? Aguenta tanta felicidade!


Marisa Martins - Cronista do "Jornal Cassino" de Rio Grande e" O Informativo" de Lajeado