sábado, 28 de fevereiro de 2009

TÔ CHATEADA


Vou dar uma "sumidinha", bye.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

AINDA BEM


Dentro da correria que já se instalou em mim, escuto o meu filho de 5 anos dizer: mãe, o sol já foi dormir, agora estou na varanda esperando a noite chegar, ela vem vindo!
Ainda bem que existe este garotinho para me fazer frear.

TERCETOS - Olavo Bilac






Noite ainda, quando ela me pedia
Entre dois beijos que me fosse embora,
Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:

Espera ao menos que desponte a aurora!
Tua alcova é cheirosa como um ninho...
E olha que escuridão há lá por fora!

Como queres que eu vá, triste e sozinho,
Casando a treva e o frio de meu peito
Ao frio e à treva que há pelo caminho?!

Ouves? é o vento! é um temporal desfeito!
Não me arrojes à chuva e à tempestade!
Não me exiles do vale do teu leito!

Morrerei de aflição e de saudade..
Espera! até que o dia resplandeça,
Aquece-me com a tua mocidade!

Sobre o teu colo deixa-me a cabeça
Repousar, como há pouco repousava.
Espera um pouco! deixa que amanheça

E ela abria-me os braços. E eu ficava.



II

E, já manhã, quando ela me pedia
Que de seu claro corpo me afastasse,
Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:

Não pode ser! não vês que o dia nasce?
A aurora, em fogo e sangue, as nuvens corta...
Que diria de ti quem me encontrasse?

Ah! nem me digas que isso pouco importa!...
Que pensariam, vendo-me, apressado,
Tão cedo assim, saindo a tua porta,

Vendo-me exausto, pálido, cansado,
E todo pelo aroma de teu beijo
Escandalosamente perfumado?

O amor, querida, não exclui o pejo...
Espera! até que o sol desapareça,
Beija-me a boca! mata-me o desejo!

Sobre o teu colo deixa-me a cabeça
Repousar, como há pouco repousava!
Espera um pouco! deixa que anoiteça!”

E ela abria-me os braços. E eu ficava.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

OSCAR/2009


Espelho, espelho dela
Existe algum vestido
mais maravilhoso que
o dela?
NÃO.

Gentem baba baby, baba baby
babei!!!

Waaal: UMA VIAGEM AO MUNDO DE PAULO FRANCIS


A grande vantagem de ser amigo de Paulo Francis é que você aprende e se diverte ao mesmo tempo enquanto desfruta da companhia de um perfeito gentleman, de um homem fino e afetuoso, e testemunha a trajetória de uma das últimas grandes personalidades do jornalismo brasileiro. Francis é como Nelson Rodrigues, Glauber Rocha e outros raros titãs que deram graça, brilho, audácia e inteligência a sua vida e obra, enriquecendo nossa pobre e provinciana vida cultural com a chama da polêmica e da controvérsia - sempre. Até que o tempo acaba por lhes dar razão. Mas aí não tem mais graça, já é História. Assim como Nelson e Glauber (com quem também tive a graça da convivência e do afeto) Francis é sempre surpreendente e contraditório, livre e independente, atrevido e corajoso na riqueza de sua visão da vida e do tempo. E, como eles, naturalmente pouco compreendido. Porque não respeita modas e ondas, escolas e tendências, palavras de ordem e lideranças do momento. Porque é um original e, como eles, criou e desenvolveu seu próprio personagem, cheio de conflitos e nuances, pleno de luz e sombra, em permanente transformação. É múltiplo de si mesmo e, como eles, não deixa herdeiros e continuadores: é único e com ele acaba sua linhagem. E basta ler jornais no Brasil para saber disso. Mesmo não gostando dele. Como Glauber e Nelson, muitas vezes Francis é odiado e invejado, principalmente pelo que não é e pelo que não diz e não faz. Por ignorância e ressentimento. É claro que não concordo com tudo que ele diz: nem ele mesmo concorda. Mas aprendo sempre, nem que seja por contraste. Principalmente porque sou um homem de fé, um sentimental, um otimista alegre que insiste em viver delicadamente - em direta oposição às caracteristicas básicas de sua personalidade, da agressividade e racionalidade de seu estilo e atuação. O que não nos impede, pelo contrário, estimula, uma convivência amiga, afetuosa e respeitosa. É assim que ele gosta, que gostaria que fosse, acho eu: que as pessoas pudessem discutir e confrontar suas opiniões sem rancor nem ressentimento, sem ódio e sem medo, com sinceridade e humor. Porque sabe também que nada é tão sério assim, que o mundo de horrores, vulgaridade e baixaria em que vivemos não pode ser levado tão a sério - e assim tornar-se ainda mais insuportável para qualquer pessoa com um pingo de consciência e sensibilidade. Estranho que tantos não percebam uma de suas maiores qualidades que é o humor. Que não se divirtam com a sua ironia, que o leiam literalmente e o odeiem pelo seu avesso. Waaal. Ele não é tão sério assim, ninguém seria, sabendo o que ele sabe. Agora, com o lançamento de seu livro "Waaal - Dicionário da Corte", tudo isso fica muito mais claro. Está tudo lá, vinte anos de "boutades" e sacadas, de descobertas e desilusões, de graças e desgraças, de deslumbramento e horror. Daquele seu jeito ao mesmo tempo áspero e elegante, delicado (com música, pintura, balé, cinema, literatura) e contundente (com política e políticos, líderes e liderados), verbetes que se lê sempre com prazer e clareza, mesmo quando não se concorda com seu ponto de vista. Além disso, o livro é um precioso guia cultural, riquíssimo em informações e reflexões sobre grandes artistas que podem trazer emoção e alegria aos olhos, ouvidos, coração e mente com suas criações. E Francis os explica com paixão e gratidão, com conhecimento e reconhecimento, com inteligência e amor. Claro, toda seleção é de certo modo arbitrária, e assim lá não estão algumas de suas idéias de que mais gosto, como as crianças - mais que os operários, os negros e as mulheres - como os grandes oprimidos, os proletários do mundo. Porque mesmo as crianças ricas, em qualquer tempo e lugar, são sempre oprimidas e reprimidas. E como adoro crianças, principalmente as minhas, simpatizo com essa idéia generosa. De alguém que não tem filhos. Mas está lá uma de minhas favoritas: "Tudo que é científico termina furado. Podem chamar de Teorema de Paulo Francis." E, mais divertida, sobre a morte: "Se houver outra vida e eu tiver alguma mobilidade, prometo levar meu ectoplasma para Brasilia e infernizar essa canaille." Longa vida a Paulo Francis.


Paulo Francis morreu em 1997.


fonte: sintoniafina.uol.com.br/

UM HOMEM, UMA MULHER, UM BATOM



Nem mesmo quando a moça de saia vermelha cutucou o braço da amiga ao lado ele se perturbou. Continuou impassível, barriga encostada no balcão, o rosto de pedra a fitar um horizonte imaginário, muito além das prateleiras e mostruários que ocupavam o espaço físico à sua frente.

Nem mesmo os cochichos e risinhos mal abafados abalaram o fluxo dos seus pensamentos. Permaneceu solitariamente cercado pelas moças, senhoras, atendentes, meias, cosméticos, espelhos e, embora habitasse agora uma das galáxias do universo feminino, não se sentia desconfortável ali.

Nem mesmo as perguntas que a balconista metralhava simpaticamente conseguiam afastar a imagem da mulher que dominava a atenção de sua mente. Simplesmente deixava que flashes dos momentos que partilharam povoassem suas memórias, invadissem escandalosamente suas defesas, arrasassem a sua racionalidade.

Percorria um corredor íntimo, conhecido só pelas pessoas que se amam. Ia encontrando secretamente aquele perfume de adolescente, aquele corpo inviolado pelos anos, aquela sutil sensualidade irresistivelmente ingênua. Aqueles encantos, que só ele desfrutava naquele particular pedaço do tempo, inundavam completamente o homem em que ele se transformara agora.

O fato de ser casado com outra mulher não o incomodava nem um pouco; nem conseguia dissipar uma única molécula do sentimento que uma menina de quinze anos despertara nele - homem talhado num tempo que lhe parecia cada vez mais remoto. E talvez não fosse capaz de compreender, e ele já se conformara com isso, a impossibilidade de cativar perpetuamente aquele ser que ele tanto amava. Muito menos admitir que essa mulher um dia encontrasse um homem mais jovem, mais adaptado, menos jurássico. Assim é a vida. Os velhos vão; os novos vêm.

Movimentava-se automaticamente, recolhendo o embrulho; agradecendo à balconista; guardando o troco; cruzando a cidade dentro do seu carro; virando a chave na fechadura da porta de sua casa; essas atividades mundanas ele deixava para os ossos, músculos e alguns nervos mais subalternos. O melhor de si ele deixava para outras coisas mais importantes da vida, representadas no sorriso da boca de sua filha, enfeitada pelo batom que ele comprara.


fonte: www.Jaymecopstein.com.br



Ricardo Lisboa Pegorini -1º lugar no 3º Concurso Literário Mario Quintana (2007), do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no RS Sintrajufe/Rio Grande do Sul.

LABRADORES LINDOS E FELIZES


Este é o Fang, o filhotão da Bela.






Esta é a Bela, gracinha mesmo, morou no nosso apartamento até 2003 e continua sendo a nossa fiel escudeira, fica doida de alegria quando chegamos ao sítio.

A PESCARIA

minha turminha aproveitou o salão de jogos,






todas as tardes tínhamos...homens ao maaar ops... a piscinaaa,















Os meninos sendo rebocados rsrsrs...




"homens" da casa voltando da pescaria e trazendo piabinhas para fritar.

VOLTAMOS











Fomos para o sítio no domingo pela manhã e voltamos hoje no iniciozinho da tarde. Os meninos aproveitaram bastante e deu para descansar. As crianças não quiseram pular carnaval no clube do condomínio então as fantasias voltaram como foram.

MARAVILHOSO

Dicas de Beleza Testadas pelo Tempo por Sam Levenson


Para lábios atraentes, fale palavras de bondade.
Para olhos adoráveis, veja o bem nas pessoas.
Para um corpo esbelto, divida sua comida com os famintos.
Para um cabelo bonito, deixe uma criança passar seus dedos por ele uma vez por dia.
Para postura, caminhe sabendo que você nunca caminha sozinho.
Pessoas, ainda mais que coisas, têm que ser restauradas, renovadas, revividas, recuperadas e redimidas; nunca jogue ninguém fora.
Lembre-se, se você alguma vez precisar de uma mão, encontrará uma no final de seus braços.
À medida que você fica mais velha, você vai descobrir que você tem duas mãos, uma para ajudar a si mesma, a outra pra ajudar os outros.
A beleza da mulher não está nas roupas que ela veste, no corpo que ela carrega ou na maneira que ela penteia os cabelos.
A beleza de uma mulher deve ser vista a partir de seus olhos, porque são a porta de entrada do seu coração, o lugar onde o amor reside.
A beleza de uma mulher não está na sua expressão facial, mas a beleza verdadeira de uma mulher está refletida na sua alma.
Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela mostra, e a beleza de uma mulher com o passar dos anos apenas cresce!


Gente, copiei tudinho da Kika porque simplemente adorei o texto.

fonte: coisascomcoisinhas.blogspot.com

sábado, 21 de fevereiro de 2009

DECLARAÇÃO DO MILÊNIO


Em 09/2000 - A Declaração do Milênio foi aprovada por 191 países membros da ONU. Foi estabelecido um compromisso compartilhado com a sustentabiliDade do Planeta.

Oito jeitos de mudar o Mundo, nós podemos:

1 - Acabar com a fome e a miséria,

2 - Educação básica de qualidade para todos,

3 - Igualdade entre sexos e valorização da mulher,

4 - Reduzir a mortalidade infantil,

5 - Melhorar a saúde das gestantes,

6 - Combate a AIDS, a malária e outras doenças,

7 - Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente,

8 - Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.

MAIS MACAQUICES

As sacolas para o sítio estão prontas, enquanto isto este molequinho faz piruetas ao léu.
Menininho sensível e solidário. Também dono de uma personalidade forte e independente acima da média.


Filho, a mamãe tem muito receio de que você sofra mas saiba que SEMPRE estarei pertinho pronta para o que for preciso.
Te amo lindo!!!

O RESPONSÁVEL


Vinícius, meu primogênito amado, companheiro de viagens, teatros, cinemas, shows já que o maridex não é nada chegado nestes programas. Este garoto é maduro e sempre disposto a perdoar os excessos da mãe passional. Grande rapazinho, vai longe na vida com sua inteligência, responsabilidade, compreensão, carisma e coração "mole". Moço de personalidade forte, opiniões firmes e sensatas. Tenho orgulho de você meu meninão!!!
Olha só ele estudando em pleno sábado de carnaval.

ANJO DO PAU OCO


Depois da gandaia do carnaval da escola, o pirata foi dormir, não parece um anjo de cachinhos.
suahsuhaushuahuhsuhuhsuhau

ALIMENTOS ORGÂNICOS





Eduardo Weiss

Mercado de alimentos orgânicos cresce a 10% ao ano e ganha espaço nas prateleiras e no gosto do consumidor


A preocupação com a saúde, bem como a preservação do meio ambiente através de técnicas de cultivo diferenciadas, somadas ao sabor atraente e maior teor nutricional, vêm motivando cada vez mais consumidores a dar preferência a alimentos orgânicos. A afirmação é da pesquisadora da Embrapa, Neide Gonçalves, doutora em Ciência dos Alimentos.

A especialista relata que pesquisas da Embrapa constataram que esses produtos têm chamado a atenção dos consumidores por serem mais saborosos e frescos do que os cultivados da maneira convencional. “Na avaliação dos consumidores, eles apresentam maior firmeza e quantidade de suco em algumas frutas”, revela.

O valor nutricional dos produtos livres de agentes químicos também é alvo de estudos da Embrapa. A pesquisadora afirma que nos alimentos produzidos a partir de técnicas de plantio orgânico foi verificado um maior teor de matéria seca, o que revela um menor índice de nitrato, substância que pode se tornar cancerígena se for ingerida em alto teor. “Essa matéria seca confere maior resistência ao produto, maior teor de fibra, e essa importante redução no teor de nitrato, que é encontrado em altos índices nos alimentos produzidos com agentes químicos”, conta.

Outro diferencial é a durabilidade. Estudos revelam maior facilidade para armazenamento: a resistência se dá por conta de substâncias que ajudam a prevenir contra o ataque de microorganismos.“Por isso, são menos suscetíveis a ataques de fungos e bactérias”, esclarece Neide Gonçalves.


Alimentos e produtos


Estima-se que o mercado mundial de Orgânicos movimente cerca de U$25 bilhões/ano, sendo que o Brasil participa com 10% desse montante. Dos U$250 milhões, em torno de 4/5 fica no mercado interno para consumo in natura e o restante, algo em torno de U$50 milhões (os dados são imprecisos), são destinados à exportação. Dentre os maiores importadores estão União Européia, EUA e Japão.

Os itens mais requisitados pelos clientes do exterior são os grãos, sobretudo a soja. O café tem despertado especial interesse para a fabricação de licores. A pauta de negócios inclui mel, própolis, açúcar mascavo, óleos, essências e algodão, dentre outros. Uma gama variada de Orgânicos cujo valor se dá não apenas pelas virtudes enquanto alimentos, mas também pela utilização como matéria-prima nas áreas de cosméticos, têxteis e outros produtos.

fonte: Newsletter Jayme Copstein

OUTRO DESAFIO


Pedi a Patrícia/Patrícia Artes e Design para eu participar deste desafio, olha só:
- pegue o livro mais próximo.
- abra na página 161.
- procure a quinta frase completa.
- coloque a frase no blog.
- não escolha a melhor frase, nem o melhor livro.Usar mesmo o livro que estiver mais próximo.
frase é:

- Do que é que você está falando?

O livro: Lavoura Arcaica/ Raduam Nassar, estou relendo para devolver para uma amiga.

Adorei participar do desafio.

NOVA AQUISIÇÃO



Vejam meu "redingote" do Ronaldo Fraga cheio de nuvenzinhas, apaixonei!

ÔBA, DESAFIO!


Gente acreditem, ainda não fomos para o sítio que fica apenas 38 km de casa enfim, vai entender...
Enquanto isso...fiquei super feliz com a Erika/Mundo da Erika, por ter me desafiado a contar 7 segredos de beleza. Bom, eu não sou nadinha dada a rituais de beleza, sou preguiçosa e desorganizada com estas coisinhas então vamos lá:
1 - sempre lavo o rosto com água e sabonete (qualquer um) antes de dormir,
2 - faço pé e mão toda semana,
3 - passo creme nas mãos (qualquer um),
4 - uso salto plataforma (mais confortável) para alongar e disfarçar o pesinho extra,
5 - uso acessórios variados, com mis camisas brancas de algodão de manga comprida e botas de salto,
6 - muuitas verduras, legumes e nadinha de frituras e molhos cremosos,
7 - dou risadas com a alma, daquelas que saem do umbigo e fazem os olhos brilharem.

Desafio 7 meninas a responder: Ana Sinhana, Tania/ Não Somos Apenas Rostinhos Bonitos, Patrícia/ Patrícia Artes e Design, Edna/ O Mundo da Fadinha, Viviany/Dona House, Amábile/ Mãe de Dois e Margaret.

BYE...



Gentem, como eu tinha dito não somos muito chegados a folia, então sítio lá vamos nós.
Bye, bye, so long, fair well

REFLEXÃO DO DIA

Precisamos viver como se cada dia fosse o último da vida em oportunidade para recomeçar, desta maneira plantando, cuidando zelosamente de cada instante da nossa existência no plano material , regando este imenso jardim, faremos jus a boa colheita.
A natureza não dá saltos assim como a escala evolutiva de cada um. Passo a passo, vamos em direção ao Superior.
É preciso carinho com a vida, com a natureza, com a saúde, com o semelhante lembrando sempre que todos somos semelhantes pois somos filhos do mesmo Pai imensamente misericordioso.

Que Jesus esteja em nossos corações hoje, agora e sempre.

O CARNAVAL E O TEMPO



Marchinhas alegres, jovens mamães de shorts e cheiro de lança-perfume, mesmo nos bailes infantis, são minhas lembranças mais remotas do carnaval, no Rio de Janeiro dos anos 50. Adolescente em Copacabana, eu via a excitação dos adultos com o carnaval como oportunidade única de evasão e liberdade numa sociedade conservadora e provinciana.


A sensação era de que o carnaval tudo permitia, todos os desvios e excessos, todas as liberdades negadas durante o resto do ano. Beber, cheirar lança-perfume, beijar a boca de estranhos, apaixonar-se, até mesmo transar, viver um romance de carnaval. Pacatos pais de família saíam fantasiados de mulher no sábado e só voltavam na quarta-feira, eram recebidos como se nada houvesse acontecido, e a vida continuava.


O carnaval era a grande válvula de escape numa sociedade muito conservadora e hipócrita, cheia de tabus e moralismos, acentuados pela desastrosa passagem de Janio Quadros pelo poder, que começou com a proibição do biquíni e do lança-perfume.


Também durante a ditadura o carnaval serviu como rara oportunidade de evasão, mas depois da democratização, com a sociedade conquistando todas as suas liberdades, o carnaval passou a ser só mais uma festa popular, a maior delas.


Nos anos 60, antes do carnaval perder a inocência, da marchinha dar lugar ao samba-enredo e ao axé, eram os bailes pré-carnavalescos que incendiavam o desejo e a fantasia dos que não tinham idade para entrar. Eram em boates de Copacabana, à tarde, em dias de semana, o carnaval secreto dos casados e comprometidos, antros de devassidão e luxúria. Lembro-me dos malandros e conquistadores marrentos que diziam que o carnaval era para amadores; o dos profissionais era o ano inteiro.


Hoje, todo mundo encontra o que quiser em raves, bailes funk, escolas de samba, festas punk, clubes de suingue, de sadomasoquismo, boates e saunas gays e héteros, a internet é um carnaval permanente de liberdade, todas as drogas e oportunidades de devassidão estão ao alcance de todos os bolsos, desejos e preferências, todos os dias e noites do ano. O carnaval voltou a ser para amadores.


fonte: Sintonia Fina/ Nelson Motta

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

DETALHES





Resolvi mostrar os detalhes dos móveis antiguinhos que postei em janeiro e fevereiro. As gavetas da cômoda vão diminuindo de tamanho/altura de baixo para cima, o detalhe da fechadura é feito de madeira em outro tom.
O guarda roupa tem trabalho em marchetaria e os puxadores do gavetão são um charme.

UM BELO GESTO






Pat Dollard

Charles 'Charlie' Brown, de 21 anos, era um piloto de Boeing B-17 do 379º Grupo de Bombardeio, em Kimbolton, Inglaterra. Em 20 de dezembro de 1943 seu B-17, chamado 'Ye Olde Pub', estava em terrível estado, após ser atingido diversas vezes por flak e caças durante uma missão de bombardeio de uma fábrica em Bremen, na Alemanha. A bússola tinha sido atingida e eles estavam voando para dentro do território alemão, ao invés de voltar para Kimbolton. Sete dos seus tripulantes estavam feridos e ele próprio sangrava, com um estilhaço fincado no ombro.

Um piloto alemão chamado Franz Stigler teve ordens de decolar e derrubar o B-17. Quando se aproximou do quadrimotor, o alemão não pôde acreditar no que via. Em suas palavras, 'nunca tinha visto uma aeronave em estado tão ruim'. Da cauda e da sessão traseira do avião pouco restava. O artilheiro de cauda estava ferido. O artilheiro de dorso tinha seus restos espalhados pela fuselagem. O nariz estava esmagado e havia furos por toda parte.

Apesar de ter toda a carga de munição, Franz voou para o lado do B-17 e olhou para Charlie Brown, o piloto. Brown estava aterrorizado e lutando para controlar seu danificado e ensangüentado avião. Brown notou logo o caça de Stigler voando a seu lado. Mas, o alemão não atacou. Apenas olhava, impressionado com a visão daquele B-17 tão danificado que teimava em continuar voando. Brown o pilotava na esperança de que as coisas assim ficassem até atingir as costas da Inglaterra a 400 quilômetros dali. Só que, na direção inversa à que seguia.

Ainda parcialmente inconsciente, o tenente Brown começou uma lenta subida com somente um motor funcionando a pleno. Com três tripulantes seriamente feridos a bordo, ele rejeitava a alternativa do salto ou pouso forçado. A sua alternativa era a frágil chance de atingir a Inglaterra. Enquanto guiava o agonizante bombardeiro no que julgava ser o caminho de volta para casa, Brown via o Me 109 voando junto à sua asa.

Franz então percebeu que os americanos não tinham idéia para onde estavam indo. Já tinha decidido não atirar no grande bombardeiro ferido, e podia apenas dar meia volta e deixar que o piloto inimigo se perdesse no coração da Alemanha ou fosse abatido por outro caça da Luftwaffe. Mas não fez isto. Então, Franz balançou as asas do Messerschmitt para chamar a atenção de Charlie, indicando que virasse a 180 graus. Charlie obedeceu (fazer o que?) acreditando que seria conduzido a um aeródromo alemão para ser feito prisioneiro. Mas não foi o que aconteceu. Franz escoltou e guiou o bombardeiro ferido até sobre o Mar do Norte, na direção da Inglaterra. Então balançou as asas outra vez, saudou Charlie Brown e fez a volta, de volta ao continente.

Quando pousou, disse ao seu comandante que tinha derrubado o avião sobre o mar. Nunca contou a verdade a ninguém, mesmo depois da guerra. Brown e seus colegas expuseram toda a verdade no relatório, mas receberam ordens de não comentar o incidente com ninguém, para proteger o piloto alemão.

Mais de 40 anos depois, Charlie Brown ainda procurava o piloto da Luftwaffe que havia salvado sua tripulação. Como Franz nunca havia contado sobre o incidente, nem mesmo em reuniões no pós-guerra, a busca parecia destinada ao fracasso. Brown permaneceu na Força Aérea, servindo em diversos postos até aposentar-se em 1972, no posto de tenente-coronel, e mudar-se para Miami como gerente de uma empresa de pesquisa de combustíveis. Mas o episódio do alemão que se recusou a atacar um adversário ferido o perseguia.

Ele estava determinado a encontrar o piloto inimigo que tinha poupado sua tripulação. Escreveu numerosas cartas para fontes militares alemãs, com pouco sucesso. Finalmente, uma nota num jornal de ex-pilotos da Luftwaffe exibiu uma resposta de Franz Stigler, um ás de 28 vitórias aéreas. Ele, se descobriu, foi o anjo misericordioso nos céus da Alemanha naquele fatídico dia antes do natal de 1943.

Levou 46 anos, mas em uma reunião do 379º Grupo nos EUA, em 1989, eles e outros cinco tripulantes do B-17 se encontraram. Questionando, cuidadosamente, Stigler sobre detalhes, não restaram dúvidas sobre sua identidade. Stigler, após a guerra, emigrara para o Canadá e vivia perto de Vancouver, na Columbia Britânica. Após uma troca de cartas, Brown marcou a reunião. Sobre o primeiro encontro, o piloto americano contou: “Quase quebrei minhas costelas, ele me deu um grande abraço de urso”.

Os dois homens se visitaram com freqüência desde aquele dia, e apareceram juntos em eventos militares nos EUA e Canadá. No Air Force Ball de Miami, em 1995, os dois receberam honrarias.

Na primeira carta para Brown, Stigler escreveu: “Após todos esses anos, imagino o que aconteceu com o B-17, ele sobreviveu?” Sobreviveu, por pouco. Mas, queriam saber todos, por que o alemão não havia destruído sua presa, virtualmente indefesa? “Não tive coração para aniquilar aqueles bravos homens”, disse Stigler. “Voei ao lado deles por um longo tempo. Eles tentavam desesperadamente voltar para casa, e eu decidi ajudar a que o fizessem. Eu não podia ter atirado neles. Seria a mesma coisa que atirar num homem num pára-quedas”.

Franz Stigler faleceu no dia 22 de março de 2008, aos 92 anos de idade.


(Contribuição de Ney Gastal. Publicado originalmente no Blog Sala de Guerra.)


fonte: Newsletter Jayme Copstein

APRESENTANDO...



Diretamente de Belô para o restante das Geraes e Brasil afora: seção careta Carná / 2009

QUEM É QUEM


Só o sal
Pode salgar
O mar.


Só o arco-íris
Pode pintar
O ar.


fonte: Quem é quem/Lalau e Laurabeatriz

REFLEXÃO DO DIA

"A ação do pensamento sobre a saúde é incontestável.

Vejamos alguns exemplos:
a ansiedade estimula a secreção de adrenalina, que sobrecarrega no sistema nervoso e o descontrola;
o pessimismo perturba o aparelho digestivo e produz distúrbios gerais;
o medo, a revolta são agentes de úlceras gástricas e duodenais de curso largo.

Da mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem são estimulantes que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo salutares efeitos na vida.

O homem se torna o que pensa, portanto o que quer.

Os pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes, nas mesmas faixas de ondas mentais por onde transitam as aspiraçõse e os estados psíquicos de toda a Humanidade.

Adicionados a estes, temos as mentes dos desencarnados que se intercomunicam com os homens, vibrando nos climas que lhes são afins."


fonte: Episódios Diários/ Divaldo Pereira Franco

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CONCURSO DE FANTASIAS


Como era bom o concurso de fantasias, eu ficava grudada na televisão, pena que acabou-se o que era doce...

O PIRATA




Hoje pela manhã lá estava eu de máquina em punho para registrar o meu piratinha indo para o "baile" de carnaval na escola. Olha só a cara de mau que ele tentou fazer, não é uma delícia?

REFLEXÃO DO DIA

"Cultivemos a caridade do pensamento.

Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.

No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia, as nossas manifestaçõse mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará."


fonte: Paciência/Fancisco Cândido Xavier

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

MOLDE

Preparou-se muito para nunca errar. Acabou
não vivendo de tanto ensaio.
A roupa não amassou e a comida não
esfriou. Não se molhou na chuva e não
sabe a dor da perda de um amor.
Não perdeu o tempo em amar.
Enquanto isso, treinava para viver e acertar.
Hoje, chora por entender que a vida não
são os acertos,
mas tudo que escolheu.
Sentiu que errou por tanto querer acertar.
Mas concluiu que a vida é feita
apenas de escolhas.
E escolheu não errar.



fonte: Investidas/ Johanna Homann

TIM MAIA


Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia
Ed.Objetiva

Sem censura, restrições ou julgamentos, Nelson Motta narra com paixão e irreverência a vida eletrizante de Tim Maia


“Mais grave! Mais agudo! Mais eco! Mais retorno! Mais tudo!”. O grito de guerra ainda ecoa nas festas, vivo nas canções de Tim Maia. Transgressor, amoroso e debochado, o cantor que gostava de se definir como “preto, gordo e cafajeste” se consagrou como um dos artistas mais queridos e respeitados da música brasileira, rei do samba-soul.

No ano em que se completam dez anos de sua morte, a história de Tim Maia é resgatada em Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia, por um de seus amigos mais próximos. O jornalista, compositor e produtor musical Nelson Motta parte da memória da intensa convivência com o cantor, de quem era fã, para contar uma história de som, fúria e gargalhadas. Apoiado numa pesquisa minuciosa, Nelson revela um dos personagens mais ricos, divertidos e originais do Brasil moderno.

Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia é uma viagem pela vida do cantor, a começar pela infância e juventude, no bairro carioca da Tijuca. É o próprio Tim quem dá o tom bem-humorado da narrativa: "No dia 28 de setembro de 1942, na rua Afonso Pena 24, minha mãe, Maria Imaculada, concebeu o gordinho mais simpático da Tijuca. E recebi o nome de Sebastião Rodrigues Maia".

Nelson conta que a amizade com Tim começou em 1969, quando produziu para o disco de Elis Regina o dueto que apresentou ao mundo o vozeirão do cantor. Por isso, é testemunha de histórias incríveis, como as aventuras vividas nos Estados Unidos, no início da carreira, graças a um improvável convite da Arquidiocese. A viagem não terminou bem: Tim voltou ao Brasil deportado, acusado de roubar um carro e de portar substâncias ilegais.

Como produtor musical e amigo, Nelson acompanhou essa jornada até os últimos dias da vida do cantor. No livro, ele narra um último encontro em Nova York, poucos meses antes da morte de Tim, em 1997:

"Estava muito feliz de reencontrá-lo tão alegre e bem-disposto, achei até que estava um pouco mais magro – embora ainda imenso – do que em nosso último encontro no Rio. (...) Só consegui sair de lá horas depois de muita conversa e gargalhadas, entre várias rodadas de café completo, ovos mexidos e incessante carburação, me divertindo com as histórias que qualquer ficcionista consideraria inverossímeis, mas eram apenas fatos e acontecimentos corriqueiros do cotidiano de Tim Maia".


fonte: Sintonia Fina/Nelson Motta

MEUS LEQUES


Estive no blog da www.anasinhana.com/ agorinha e ela está em estado de choque com o calor. Também estou igualzinha então que venham os leques!

DITOS E NÃO DITOS







Converte uma árvore em lenha e poderás aquecer-te; mas ela já não produzirá flores nem frutos.



fonte: Rabindranath Tagore

MEU TRABALHO















Levei estas flores e coloquei na minha mesa de trabalho para embelezar o meu cantinho, comprei mais alguns vasinhos com flores variadas e distribui entre alguns colegas para que todos se alegrassem.

CANSAÇO E PÁSSAROS


Oi gente, hoje não tô muito legal acho que é cansaço, quando cheguei em casa encontrei estes passarinhos bicando maçãzinhas no meu bebedouro, nem são tão bacana só que são de estimação.

GUIMARÃES ROSA



Me dá um silêncio.


E eu conto.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MUDAR DE VIDA - Luiz Gonzaga




Raios crescendo em fonte em tarde repleta de nuvens. Romualdo percebe sua mão fria diante da incumbência. Desatarraxar míseros parafusos. Resultados da ânsia de fecho da alma humana encalacrada. Ele faz frete e o dinheiro que recebe não faz frente às suas necessidades, mas isso não tem importância, para quem parece se acostumar com a rotina e perder o sentido do resto.

No epicentro da sua rotina, o desmonte de um móvel. O dia, um sábado chuvoso. Sábados não são recomendados pelos condomínios para mudanças, mas quem dá bola para isso se é o único dia realmente livre para as pessoas ciganas, as que mudam a cada ano em busca de valores imobiliários mais atraentes.

A não ser que os domingos fossem autorizados para estes tipos de trabalho, mas aí teria aquela coisa católica, que para os judeus seria sábado e assim por diante. Este argumento, porém, seria refutado por policiais, médicos, motoristas de ônibus, bombeiros, jornalistas e outros representantes de profissões consideradas essenciais.

Diante da mobília a ser manuseada, a chave de fenda suspensa entre o dedo indicador e o médio e os demais dedos libertos, tamborilando na superfície da madeira. Era um simples armário que carregava o fardo das roupas cansadas de envolvê-lo em dias de queixos batidos.

Num suave aperto, a chave encontra sua fenda como encaixe de um quebra-cabeça com peças ausentes. Escorrega como graxa e repica no solo ecoante como baqueta em tambor. Não esmorece nunca Romualdo, acostumado tanto a mudanças quanto a empunhar dedos na limpeza de cristais da mansão de um empresário famoso, este que está mudando de casa hoje.

Carinho no cabo em acrílico repossuindo a peça desfalecida. Agora a mão rígida lembra a de um espadachim à procura da brecha que verte sangue e lágrimas. Fenda funda e propícia ao primeiro desparafusar, sentido anti-horário: equilíbrio entre força e destreza; atenção e domínio do corpo sobre as inabilidades. Parafuso que gira. Tempo que corre para trás. Memória a fundar hipóteses sobre a engenharia das coisas. Passa largo Romualdo, sem saber o que pensar. Não há o que pensar no desparafusar.

Chave Philips, chave de boca, alicate, mala de ferramentas a viajar de móvel em móvel. No décimo parafuso, reflete, enxuga o suor polpudo e, novamente, baixa a cabeça, atos repetidos e desconexos. A mecânica superando a origem da criação. Faltam almas a ignorar a rotina. Parafuso deixa a rosca desolada, tragédia do aparte. Com as duas peças na mão direita, a que não é sinistra, somatiza a frieza da matéria e o calor dos seres, na oposição da criação. Processos estranhos esses da desconstrução.

Romualdo faz frete. Faz troça da vida em troca. O ser burlando a essência, deslocando no ar como gaivota. Fração de minutos e o caminhão está cheio, pneus oprimidos. Dores nas costas do carrega-descarrega. Romualdo olha para o parceiro Fernando à direita da boléia. Pretende um dia mudar de vida.
fonte: Newsletter Jayme Copstein

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CRÔNICA - Conversinha mineira







Fernando Sabino

- É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?

- Sei dizer não senhor: não tomo café.

- Você é dono do café, não sabe dizer?

- Ninguém tem reclamado dele não senhor.

- Então me dá café com leite, pão e manteiga.

- Café com leite só se for sem leite.

- Não tem leite?

- Hoje, não senhor.

- Por que hoje não?

- Porque hoje o leiteiro não veio.

- Ontem ele veio?

- Ontem não.

- Quando é que ele vem?

- Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes não vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem.

- Mas ali fora está escrito "Leiteria"!

- Ah, isso está, sim senhor.

- Quando é que tem leite?

- Quando o leiteiro vem.

- Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê?

- O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?

- Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite. Escuta uma coisa: como é que vai indo a política aqui na sua cidade?

- Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.

- E há quanto tempo o senhor mora aqui?

- Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.

- Já dava para saber como vai indo a situação, não acha?

- Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.

- Para que Partido?

- Para todos os Partidos, parece.

- Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui.

- Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que outro. Nessa mexida...

- E o Prefeito?

- Que é que tem o Prefeito?

- Que tal o Prefeito daqui?

- O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.

- Que é que falam dele?

- Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.

- Você, certamente, já tem candidato.

- Quem, eu? Estou esperando as plataformas.

- Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?

- Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí...

QUEBRA GALHO



A cortina da sala é milenar portanto está em estado deplorável, como a grana tá curta inventei de comprar esta renda baratinha para esconder os trilhos, com a claridade do sol ou das luzes o efeito não foi ruim pois afinal de longe todos os gatos são pardos.

FILHOS...



O meu Ví, comprou a banda dos Beatles para colocar no seu quarto mas não satisfeito, introduziu o Caetano Veloso e o Lula ao lado só observando. Irreverente este menino!