segunda-feira, 31 de agosto de 2009

UM ESSE / Trad. Augusto de Campos



Ai, tirolin,
bom é este vinho!
Enche meu copo
ou fico louco.
Se estou assim
quem ri de mim?
Valha-me Deus,
se o mundo é meu!
Vejo a moçada e
Tudo é risada;
sempre aplaudindo,
vão me seguindo.
Tenho poder,
tanta influência e
todos me fazem
só reverências.
Casas e gentes,
sede obedientes!
Pois eu vos digo:
gritem comigo!
Gente passando,
vai me saudando.
Valha-me Deus,
se tudo é meu!
Qu'eu sou afinal
o Deus maioral.
E o tipo ali,
pobre boçal,
Não vou seguir,
só a mim sou leal.

Poesia: Una Esse - Rafael Nogueras Oller

domingo, 30 de agosto de 2009

SAÚDE MENTAL - Rubem Alves


"Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei.

Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia.Eu me explico.Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se.Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.

Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos.Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.

Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham... Eram lúcidas demais para isso.Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata.Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvir falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.

Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos.Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". Hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes. Nós também temos um hardware e um software.

O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software.Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam.

Não se conserta um programa com chave de fenda.Porque o software é feito de símbolos e, somente símbolos, podem entrar dentro dele.Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!

Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio:
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou... Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, "saúde mental" até o fim dos seus dias.

Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes.
A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música... Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago?

Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal.
Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram..."


NORMAL ROCKELL/ pintor

Artista americano apaixonado pela sua arte, desde a adolescência.


Sua paixão é evidente nas pinturas onde se observa o cotidiano dos Estados Unidos até a década de 70.
Acredita-se que, nenhum artista tenha tocado o povo americano de uma maneira tão profunda e com tanta simplicidade usando apenas pincéis...

ERIC ZENER/ pintura figurativa

"Eric sempre impressiona, ao mostrar em seus trabalhos realistas, seu fascínio por temas aquáticos, feitos em óleo sobre tela."

sábado, 29 de agosto de 2009

PARA REFLETIR : O principezinho tirano

Num reino longínquo, uma rainha desesperava-se por não ter filhos.

— Temos de ter um! Temos de ter um! — gemia o rei. — Para quem ficará este soberbo reino que me deixou o meu pai, que o recebeu do seu pai, e assim sucessivamente, até à criação do primeiro pai sobre a Terra? A quem entregarei a minha coroa, quando os meus ossos se tornarem velhos e quebradiços, quando estiver cheio de cabelos brancos e tolhido de reumatismo?
— Que quadro tão terrível da velhice me está a pintar, meu amigo! — exclamou a rainha, que também não tinha vontade nenhuma de envelhecer sem filhos. — Mas não deixa de ter razão: precisamos de ter uma criança.
A rainha consultou todos os manuais e os médicos mais poderosos e mais sábios. Por fim, graças a um deles, um bebé começou a mexer-se no seu ventre e depois a crescer, tranquilamente, em lindos lençóis.
— Cuidado! — preveniu-os o médico. — Este principezinho será o vosso tesouro, mas não lhe dêem mimo demais. Não tenham pressa em fazer dele um pequeno rei.
No entanto, mal o médico virou costas, a rainha pegou logo no pequeno príncipe e começou a enchê-lo de mimos.
— Tu és o meu reizinho, o meu único rei, e os teus desejos são ordens.
Esta frase não caiu em saco roto. Meteram numa redoma aquela criança infinitamente preciosa e, todas as manhãs, uma criada diplomada levava-lhe biberões de leite de burra e mel de abelhas raras. Dormia num colchão de pétalas de rosa colhidas na Abissínia às cinco horas da manhã, e em lençóis bordados a ouro. Para o servirem, uma dúzia de criadas corriam de um lado para o outro e dormiam a seus pés. Estava protegido de tudo: da mais leve brisa, do menor sopro, da mais pequena nuvem… Para o aquecerem, tinham construído um sol artificial, que não queimava a pele, mas que fornecia vitamina D. Foi assim que ele cresceu, tranquilamente, em silêncio, e cheio de tirania, porque os seus desejos eram ordens e esta frase não tinha caído em saco roto.
No dia em que completou sete anos, pareceu conveniente aos pais tirar aquela criança adorada da sua redoma de vidro.
— Meu pequerruchinho, agora já és grande!
— Não sou pequerruchinho nenhum. — disse o príncipe com desdém. — E se quer beijar-me, autorizo-a a que me beije os pés. É quanto basta.
Depois, dirigiu-se ao pai nestes termos:
— Eh, ó rei velhote, passa para cá a tua coroa!
O velho rei entregou-lhe a coroa sem dizer uma palavra, porque nunca havia dito “não” ao principezinho, nem quando ele tinha um dia, nem quando ele tinha três meses. Como proibi-lo então de alguma coisa aos sete anos de idade? E foi assim que o principezinho se transformou em rei. Um rei tirano de sete anos e alguns dias. Mandou cortar todas as árvores, porque lhe tinha caído uma ameixa na cabeça; mandou estrangular os tentilhões um a um, porque cantavam de manhã muito cedo; mandou prender a rainha sua mãe no 749º andar da mais alta das suas torres, porque ela se tinha atrevido a mandá-lo fazer os seus deveres reais. É o que por vezes acontece quando se é criado numa redoma.
O pior é que, apesar dos seus caprichos, ele tinha sempre um rosto infeliz e gritava:
— Sinto-me sozinho!! Estou triste!! Ninguém gosta de mim!!
Quando viu aquele cortejo de disparates, uma violenta cólera apoderou-se do velho rei sem manto e sem coroa. Uma cólera que parecia um mar enraivecido.
— Anda cá, meu patife! — ralhou com voz grossa. — Que sorte a minha, ter de aturar um garoto tão mal educado! — o que era um verdadeiro rosário de palavrões para um rei tão bem educado como ele. E continuou:
— Anda cá, que vais levar um bofetão, um tabefe, uma palmada no traseiro. Ainda não apanhaste que chegasse, na tua vida!
A rainha, embora fechada no 749º andar, ouviu os gritos e desmaiou na sua torre. “Seremos condenados à morte”, pensava. “Seremos lançados do alto da torre.”
Mas não foi o que aconteceu. Muito sensatamente, o pequeno rei devolveu a coroa ao pai, murmurando:
— Perdão, papá.
O velho rei recuperou a coroa, o trono e o poder. Libertou a mulher e disse-lhe:
— Quando se entrega cedo demais a coroa a um pequeno príncipe, pode-se fazer dele um tirano insuportável! Bem que o médico nos avisou, minha querida!
E a vida continuou como antes. Com um pouco mais de ordem, de civismo. Quem era o mais feliz? O principezinho. Com o pai, aprendeu a jogar ao berlinde e a rir-se com as histórias divertidas que ele contava.
— Ah! — dizia ele. — Como é bom ser criança, não pensar em nada de muito sério e passar o tempo a brincar!


Fonte: historiasparaosmaispequeninos.wordpress.com

FERNANDO PESSOA


Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta,
O lugar a que se volta é sempre outro,
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente, nem a
mesma luz, nem a mesma filosofia.

PAUL STRAND



"Um dos pioneiros da fotografia moderna nos Estados Unidos, Paul Strand (1890-1976) enfim ganha sua primeira individual na América Latina.
Com 107 imagens, Olhar Direto merece elogios sobretudo por abranger todas as fases da longa e produtiva carreira do fotógrafo.
No início, Strand apontava sua objetiva para as transformações urbanas sofridas por Nova York.
O trabalho mais conhecido dessa época é o chocante retrato de uma mendiga cega, feito em 1916.
Na década de 40, aventurou-se pelo interior do país, onde captou beleza em detalhes aparentemente banais, como um trinco de porta.
Mudou-se para a França no fim da vida e passou a registrar cenários da Europa, como a fábrica de chapéus italiana ao lado, e da África".

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

FERIAS - Ronaldo Costa Fernandes


Aqui, quieto em meu canto,
sem mexer-me, olhando a luz higiênica do sol,
penso na inutilidade cansativa de malas e hotéis
para divertir-me nas férias estrangeiras.
Não, só preciso da vontade,
nem sempre firme,
um vento estradeiro,
um alarde distante de pássaros
e nada além do meu corpo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MIL DESCULPAS



Estou tãããooo cansada, cheia de atividades de mãe, de casa e profissionais que nem ando comentando nos blogs que acompanho. Mal e mal consigo fazer um post por dia. Bjs

DRUMUNDANA - Alice Ruiz

e agora Maria?
o amor acabou
a filha casou
o filho mudou
teu homem foi pra vida
que tudo cria
a fantasia
que você sonhou
apagou
à luz do dia
e agora Maria?
vai com as outras
vai viver
com a hipocondria.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

FARIA NETO


Minha enxadinha
Trabalha bem;
corta matinhos
num vai-e-vem
Minha enxadinha
vai descansar
para amanhã
recomeçar.

Adeus rocinha!
Adeus, trabalho!
A vos plantinhas
O doce orvalho!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

SOLIDARIDADE


" Pode ser pouco


Mas com educação


Qualquer tanto, dá".

QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER - Tradução




Quando um homem ama uma mulher
Não consegue manter sua mente em nada mais.
Ele trocaria o mundo
Por uma coisa boa que encontrou.
Se ela for má, ele não consegue perceber isso,
Ela não pode fazer nada errado
Ele vira as costas para seu melhor amigo
Se o amigo criticá-la.


Quando um homem ama uma mulher
Gasta seu último centavo
Tentando agarrar-se ao que ele precisa.
Ele abriria mão de todos os seus confortos
E dormiria lá fora na chuva,
Se ela dissesse que esse é o modo como deveria ser.


Quando um homem ama uma mulher,
u entrego a você tudo que tenho (sim)
Tentando me agarrar
Ao seu precioso amor.
Baby, por favor não me trate mal.


Quando um homem ama uma mulher,
Bem no fundo de sua alma,
Ela pode lhe trazer tal miséria,
Se ela está brincando com ele como se fosse um bobo e é o último a saber,
Olhos apaixonados nunca conseguem ver…
Sim, quando um homem ama uma mulher,
Eu sei exatamente o que ele sente.
Pois, baby, baby, baby,
Eu sou um homem


Um homem também chora


Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas...
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura...
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito...
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos...
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra do seu tempo
Por sobre seus ombros...
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama...
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz
Não dá prá ser feliz...
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros...
Eu vejo que ele sangra
Eu vejo que ele berra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama...
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz

VITORIOSA - Ivan Lins

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa...
Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza...
Quero toda sua boca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...
Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Que a vida pode ser maravilhosa...
Quero toda sua pouca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...
Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Que a vida pode ser maravilhosa...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DIA INFÂNCIA - 24 de agosto

"De acordo com a Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância, 62 milhões de brasileiros têm menos de 18 anos. As crianças são especialmente vulneráveis às violações dos direitos, à pobreza e à iniqüidade no País.

O índice de pobreza infantil é de 44% no Brasil, passando a 78% entre as crianças negras. Mais de 70% das crianças pobres nunca foram à escola durante a primeira infância. Há 800 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola.

De cada 100 alunos que entram no ensino fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série e, destes, somente 40 concluem o ensino médio. A evasão escolar e a falta às aulas ocorrem por diferentes razões, incluindo violência e gravidez na adolescência".

LINDO BALÃO AZUL - Guilherme Arantes


Eu vivo sempre
No mundo da lua
Porque sou um cientista
O meu papo é futurista
É lunático...
Eu vivo sempre
No mundo da lua
Tenho alma de artista
Sou um gênio sonhador
E romântico...

Eu vivo sempre
No mundo da lua
Porque sou aventureiro
Desde o meu primeiro passo
Pro infinito...

Eu vivo sempre
No mundo da lua
Porque sou inteligente
Se você quer vir com a gente
Venha que será um barato...

Pegar carona
Nessa cauda de cometa
Ver a Via Láctea
Estrada tão bonita
Brincar de esconde esconde
Numa linda nebulosa
Voltar prá casa
Nosso lindo balão azul
Nosso lindo balão azul

Oh! Oh! Oh! Oh!...
Nosso lindo balão azul

Uh! Uh! Uh! Uh!...

domingo, 23 de agosto de 2009

UM BELO GESTO - Solidariedade não tem preço

Pat Dollard


Charles 'Charlie' Brown, de 21 anos, era um piloto de Boeing B-17 do 379º Grupo de Bombardeio, em Kimbolton, Inglaterra. Em 20 de dezembro de 1943 seu B-17, chamado 'Ye Olde Pub', estava em terrível estado, após ser atingido diversas vezes por flak e caças durante uma missão de bombardeio de uma fábrica em Bremen, na Alemanha. A bússola tinha sido atingida e eles estavam voando para dentro do território alemão, ao invés de voltar para Kimbolton. Sete dos seus tripulantes estavam feridos e ele próprio sangrava, com um estilhaço fincado no ombro.

Um piloto alemão chamado Franz Stigler teve ordens de decolar e derrubar o B-17. Quando se aproximou do quadrimotor, o alemão não pôde acreditar no que via. Em suas palavras, 'nunca tinha visto uma aeronave em estado tão ruim'. Da cauda e da sessão traseira do avião pouco restava. O artilheiro de cauda estava ferido. O artilheiro de dorso tinha seus restos espalhados pela fuselagem. O nariz estava esmagado e havia furos por toda parte.

Apesar de ter toda a carga de munição, Franz voou para o lado do B-17 e olhou para Charlie Brown, o piloto. Brown estava aterrorizado e lutando para controlar seu danificado e ensangüentado avião. Brown notou logo o caça de Stigler voando a seu lado. Mas, o alemão não atacou. Apenas olhava, impressionado com a visão daquele B-17 tão danificado que teimava em continuar voando. Brown o pilotava na esperança de que as coisas assim ficassem até atingir as costas da Inglaterra a 400 quilômetros dali. Só que, na direção inversa à que seguia.

Ainda parcialmente inconsciente, o tenente Brown começou uma lenta subida com somente um motor funcionando a pleno. Com três tripulantes seriamente feridos a bordo, ele rejeitava a alternativa do salto ou pouso forçado. A sua alternativa era a frágil chance de atingir a Inglaterra. Enquanto guiava o agonizante bombardeiro no que julgava ser o caminho de volta para casa, Brown via o Me 109 voando junto à sua asa.

Franz então percebeu que os americanos não tinham idéia para onde estavam indo. Já tinha decidido não atirar no grande bombardeiro ferido, e podia apenas dar meia volta e deixar que o piloto inimigo se perdesse no coração da Alemanha ou fosse abatido por outro caça da Luftwaffe. Mas não fez isto. Então, Franz balançou as asas do Messerschmitt para chamar a atenção de Charlie, indicando que virasse a 180 graus. Charlie obedeceu (fazer o que?) acreditando que seria conduzido a um aeródromo alemão para ser feito prisioneiro. Mas não foi o que aconteceu. Franz escoltou e guiou o bombardeiro ferido até sobre o Mar do Norte, na direção da Inglaterra. Então balançou as asas outra vez, saudou Charlie Brown e fez a volta, de volta ao continente.

Quando pousou, disse ao seu comandante que tinha derrubado o avião sobre o mar. Nunca contou a verdade a ninguém, mesmo depois da guerra. Brown e seus colegas expuseram toda a verdade no relatório, mas receberam ordens de não comentar o incidente com ninguém, para proteger o piloto alemão.

Mais de 40 anos depois, Charlie Brown ainda procurava o piloto da Luftwaffe que havia salvado sua tripulação. Como Franz nunca havia contado sobre o incidente, nem mesmo em reuniões no pós-guerra, a busca parecia destinada ao fracasso. Brown permaneceu na Força Aérea, servindo em diversos postos até aposentar-se em 1972, no posto de tenente-coronel, e mudar-se para Miami como gerente de uma empresa de pesquisa de combustíveis. Mas o episódio do alemão que se recusou a atacar um adversário ferido o perseguia.

Ele estava determinado a encontrar o piloto inimigo que tinha poupado sua tripulação. Escreveu numerosas cartas para fontes militares alemãs, com pouco sucesso. Finalmente, uma nota num jornal de ex-pilotos da Luftwaffe exibiu uma resposta de Franz Stigler, um ás de 28 vitórias aéreas. Ele, se descobriu, foi o anjo misericordioso nos céus da Alemanha naquele fatídico dia antes do natal de 1943.

Levou 46 anos, mas em uma reunião do 379º Grupo nos EUA, em 1989, eles e outros cinco tripulantes do B-17 se encontraram. Questionando, cuidadosamente, Stigler sobre detalhes, não restaram dúvidas sobre sua identidade. Stigler, após a guerra, emigrara para o Canadá e vivia perto de Vancouver, na Columbia Britânica. Após uma troca de cartas, Brown marcou a reunião. Sobre o primeiro encontro, o piloto americano contou: “Quase quebrei minhas costelas, ele me deu um grande abraço de urso”.

Os dois homens se visitaram com freqüência desde aquele dia, e apareceram juntos em eventos militares nos EUA e Canadá. No Air Force Ball de Miami, em 1995, os dois receberam honrarias.

Na primeira carta para Brown, Stigler escreveu: “Após todos esses anos, imagino o que aconteceu com o B-17, ele sobreviveu?” Sobreviveu, por pouco. Mas, queriam saber todos, por que o alemão não havia destruído sua presa, virtualmente indefesa? “Não tive coração para aniquilar aqueles bravos homens”, disse Stigler. “Voei ao lado deles por um longo tempo. Eles tentavam desesperadamente voltar para casa, e eu decidi ajudar a que o fizessem. Eu não podia ter atirado neles. Seria a mesma coisa que atirar num homem num pára-quedas”.

Franz Stigler faleceu no dia 22 de março de 2008, aos 92 anos de idade.


(Contribuição de Ney Gastal. Publicado originalmente no Blog Sala de Guerra.)


fonte: Newsletter Jayme Copstein

SOLIDARIEDADE NÃO TEM PREÇO


UMA HISTÓRIA DE PLÁCIDO DOMINGO QUE QUIÇÁ POUCOS CONHECEM

Refere-se a dois dos três tenores — Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras — que emocionaram o mundo cantando juntos.
Mesmo aqueles que nunca visitaram Espanha, conhecem a rivalidade existente entre catalães e madrilenhos, já que os catalães lutam por sua autonomia numa Espanha dominada por Madri.
Pois bem, Plácido Domingo é madrilenho e José Carreras é catalão e, por questões políticas, 1984, Carreras e Domingo se inimistaram. Sempre muito solicitados em todas as partes do mundo, ambos faziam constar em seus contratos que só se apresentariam em determinado espetáculo se o adversário não fosse convidado.
Em 1987, apareceu para Carreras um inimigo muito mais implacável que seu rival Plácido Domingo, o surpreendeu um diagnóstico terrível: leucemia!
Sua luta contra o câncer foi muito sofrida, se submeteu a vários tratamentos além do auto-transplante da medula óssea e uma troca de sangue que o obrigava a viajar uma vez por mês aos Estados Unidos.
Nestas condições não podia trabalhar e apesar de ser dono de uma razoável fortuna, os altos custos das viagens e o tratamento debilitaram suas finanças.
Quando não teve mais condições financeiras, tomou conhecimento da existência de uma fundação em Madri, cuja finalidade única era apoiar o tratamento de leucêmicos.
Graças ao apoio da Fundação “Hermosa”, Carreras venceu a doença e voltou a cantar, recebeu novamente os altos cachês que merecia e tratou de se associar à fundação.
Ao ler os estatutos da entidade, descobriu que o fundador, maior colaborador e presidente da associação era Plácido Domingo.
Soube, então, que este criou a entidade, em princípio, para atendê-lo e que se manteve no anonimato para que não se sentisse humilhado por aceitar auxílio do seu “inimigo”.
O mais comovedor foi o encontro dos dois... Surpreendendo Plácido em uma de suas apresentações em Madri, Carreras interrompeu o evento e humildemente, ajoelhando-se aos seus pés, lhe pediu desculpas e lhe agradeceu publicamente.
Plácido o ajudou a levantar-se e com um forte abraço selaram o início de uma grande amizade.
Numa entrevista a Plácido Domingo, a jornalista lhe perguntava porque tinha criado a Fundação “Hermosa” num momento em que, ademais de beneficiar um inimigo, tinha ajudado o único artista que poderia fazer-lhe concorrência. Sua resposta foi curta e definitiva:
— Porque não se pode perder uma voz como esta...

Especial/La Revista
Edición 990, 10/Octubre/2008

VIVENDO E ASSISTINDO!


Gente, estou pasma, ou estou em outro mundo e não percebí.
Exatamente hoje fiquei sabendo que existem concursos para:
mini miss Brasil
miss Brasil infantil e
miss pré-teen Brasil

Enlouquecí e "copiei" e " colei" todas as informações do site:
www.missbrazil.com.br



Rede Globo - Programa Profissão Repórter esteve presente fazendo a cobertura do Miss Brasil Infantil 2009 com muito sucesso !

Esta foi a 12° edição do concurso, realizado no dia 12 de Julho, no Teatro Aqua, do parque Beto Carrero World, em Penha, Santa Catarina.

Sessenta meninas de norte a sul do país participaram do evento,com uma programação especial de três dias, onde foram entrevistadas pela Rede Globo, fotografadas além de terem passeado e brincado no maior parque temático da América Latina.
Para eleger as vencedoras fizeram parte do corpo de jurados:
- Jéssica Pereira-Miss Ambar Brasil 2009,
- Karine Silveira-Beto Carrero World,
- Cláudio Dal Vesco-Vice-Prefeito e Sec.Turismo de Bal.Camboriú,
- Ademar Schnelder-Diretor de Turismo de Bal.Camboriú,
- Irene Valenga-Mundo Model,
- Jullie Czlusniak-Miss Campo Largotur 2009,
- Márcio Almeida-Ator,
- Maria Helena Dal Vesco-Empresária,
- Juliana Spohr-Jornalista e Atriz,
- Rosalmo Vargas-Radialista,
- Paulo Festinha-Pres.Assoc.de Artistas de SC,
- Nair de Souza-Atriz,
- Regina Krumenauer-Empresária e
- Giane Hamen-Empresária.

As candidatas do Concurso desfilaram em trajes típicos homenageando o Rei do Pop Michael Jackson com a música Heal the World, a qual ajudou a salvar milhares de crianças que passam fome na África.
Logo após em uma apresentação especial todas as candidatas mostraram seus talentos infantis desfilando e dançando. Em seguida com o desfile em trajes de gala o júri pode selecionar as vencedoras:

MINI MISS BRASIL – Lorena Tucci - SP
2ºlugar – Manuella Mello - RS
3ºlugar – Beatriz Petrentchuk - SC

MISS BRASIL INFANTIL – Jaqueline Frantz - PR
2ºlugar – Ana Maria de Oliveira - MT
3ºlugar – Manoela Menegotto-SC

MISS PRE-TEEN BRASIL – Kauane Pyl - PR
2ºlugar – Tayla de Bastiane - SC
3ºlugar – Karla Nazário - MT

Títulos Especiais para:
Melhor Traje Típico Brasil Infantil – Raíssa Aranha - PB
Miss Elegância Brasil Infantil – Letícia Magalhães - MT
Miss Simpatia Brasil Infantil – Karina Grella - SP
Miss Fotogenia Brasil Infantil – Flávia Barros - PE
Pequena Estrela Infantil Brasil – Larissa Piardi - RS
Destaque Fashion – Thaisi Pinto – RO

Apoio:
Parque Beto Carrero World, Rede Globo, G1-Portal de Notícias da Globo,
Secretaria de Turismo de Bal.Camboriú, Hotel Vieiras, Mundo Model
Escola de Modelos, Box Home e Jockey a Rigor.


As vencedoras irão ao Concurso Internacional - Little Miss Nations 2009 no mês de agosto em Curitiba, onde candidatas de diversos países já confirmaram participação.

DESEJO - Victor Hugo



Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim
Mas se for, saiba ser sem se desesperar
Desejo também que tenha amigos
Que mesmo maus e inconseqüentes
Sejam corajosos e fiéis
E que pelo menos em um deles
Você possa confiar sem duvidar

E porque a vida é assim
Desejo ainda que você tenha inimigos
Nem muitos, nem poucos
Mas na medida exata para que
Algumas vezes você se interpele
A respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles
Haja pelo menos um que seja justo

Desejo depois, que você seja útil
Mas não insubstituível
E que nos maus momentos
Quando não restar mais nada
Essa utilidade seja suficiente
Para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante
Não com os que erram pouco
Porque isso é fácil
Mas com os que erram muito e irremediavelmente
E que fazendo bom uso dessa tolerância
Você sirva de exemplo aos outros

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais
E que sendo maduro
Não insista em rejuvenescer
E que sendo velho
Não se dedique ao desespero
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor

Desejo, por sinal, que você seja triste
Não o ano todo, mas apenas um dia
Mas que nesse dia
Descubra que o riso diário é bom
O riso habitual é insosso
E o riso constante é insano.

Desejo que você descubra
Com o máximo de urgência
Acima e a respeito de tudo
Que existem oprimidos, injustiçados e infelizes
E que estão bem à sua volta
Desejo ainda
Que você afague um gato, alimente um cuco
E ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque assim, você se sentirá bem por nada

Desejo também
Que você plante uma semente, por menor que seja
E acompanhe o seu crescimento
Para que você saiba
De quantas muitas vidas é feita uma árvore

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro
Porque é preciso ser prático
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele na sua frente e diga:
"Isso é meu"
Só para que fique bem claro
Quem é o dono de quem

Desejo também
Que nenhum de seus afetos morra
Por eles e por você
Mas que se morrer
Você possa chorar sem se lamentar
E sofrer sem se culpar

Desejo por fim
Que você sendo homem, tenha uma boa mulher
E que sendo mulher, tenha um bom homem
Que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes
E quando estiverem exaustos e sorridentes
Ainda haja amor pra recomeçar

E se tudo isso acontecer
Não tenho mais nada a lhe desejar


ANÊMICAS - Medeiros e Albuquerque



Eu abomino as pálidas donzelas,
sem sangue, sem calor, sem movimento
que aos abraços do amor perdem o alento,
nas longas noites sensuais e belas.

Quero sentir meu peito contra o peito
de alguém cheio de vida e mocidade
palpitar na gostosa ansiedade
dos loucos beijos, no perfúmeo leito.

Quero apertá-la doida… doidamente…
no momento do espasmo deleitoso
e sentir seu sangue vigoroso
palpitar sob mim, convulsamente…

Sirvam as doces virgens delicadas
românticas beldades vaporosas
para enfeitar as páginas mimosas
das crônicas antigas, ilustradas…

CECÍLIA MEIRELES



"O tempo seca a beleza
seca o amor,
seca as palavras.
Deixa tudo solto, leve,
desunido para sempre
como as areias nas águas"

MYRIAM FRAGA


" Uma casa tão clara,
Aberta aos ventos, E a cada dia sempre
Renovada.

Aqui plantei minha vida,
Nos esquadros
E soleiras das portas"

PADRE ANTÔNIO VIEIRA


"Quem rí atenua e alivia os males;
quem chora os acrescenta e faz mais sensíveis e pesados (...),
quem ri, por exemplo e simpatia, move a rir;
quem chora, por exemplo e com razão, ensina a chorar".

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PASSAREDO - Chico Buarque


Ei, pintassilgo
Oi, pintaroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento
Saíra, inhambu
Foge asa-branca
Vai, patativa
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
Xô, tié-fogo
Xô, rouxinol sem fim
Some, coleiro
Anda, trigueiro
Te esconde colibri
Voa, macuco
Voa, viúva
Utiariti
Bico calado
Toma cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
Ei, quero-quero
Oi, tico-tico
Anum, pardal, chapim
Xô, cotoviaXô, ave-fria
Xô, pescador-martim
Some, rolinha
Anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
homem vem aí

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE


O diagnóstico é feito por uma equipe interdisciplinar que envolve neurologista, psicólogo, pedagogo e psicopedagogo. Ao contrário do que muitos pais pensam, nem toda criança agitada e inquieta é hiperativa

O neuropediatra Haroldo Silva explica que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é diagnosticado no começo da vida escolar da criança, a partir dos quatro anos de idade. É na escola que os professores percebem os sintomas da hiperatividade, que são desatenção, agitação e impulsividade. A criança hiperativa dificilmente se concentra em uma única atividade ou consegue prestar atenção no professor, explica Haroldo. Quando uma criança manifesta tais comportamentos, o neuropediatra alerta que os pais devem procurar ajuda para diagnosticar a existência do transtorno. O diagnóstico é feito por uma equipe interdisciplinar que envolve neurologista, psicólogo, pedagogo e psicopedagogo. Ao contrário do que muitos pais pensam, nem toda criança agitada e inquieta é hiperativa. Em alguns casos, é só excesso de energia ou falta de limites, como dizem alguns especialistas. A dona de casa Michela Targino, mãe de Miguel, de nove anos, tinha a convicção que ele era hiperativo, pois ele vivia causando problemas na escola e em casa não parava quieto. Mas, ao procurar ajuda com neurologista e psicólogo, os especialistas negaram que a criança apresentava o quadro clínico. Para identificar o transtorno, os pais podem ficar atentos a alguns comportamentos preocupantes, como o sono agitado, em que muitas vezes a criança não consegue dormir direito e inquietude, quando não há concentração em uma única atividade. Quando a criança atinge a idade de ir à escola, os sintomas ficam mais visíveis. Haroldo explica que um problema corriqueiro são os pais não aceitarem a doença do filho e com isso não procurarem ajuda para iniciar um tratamento. Quanto mais rápido se inicia os cuidados e terapias com a criança que tem TDAH é melhor para ela e a família. A psicóloga Socorro Lacerda orienta que é necessário que os familiares busquem ajuda e sigam corretamente as orientações dos profissionais. “É necessário aceitar o problema da criança e começar um tratamento que pode ser à base de medicamento, terapia, mas o mais importante é a ajuda familiar, tanto para impor limites como para acolher”, disse Socorro.
[Folha de Boa Vista (RR), Marta Gardênia - 20/08/2009]

Fonte: ANDI

Fonte: anjoseguerreiros.blogspot.com/

LINDINHOS










Não resistí e copiei estas imagens do blog:

http://mulherseverino-faztudo.blogspot.com/

PAI NOSSO


Pai nosso que estás nos Céus
Santo é o Seu nome
Venha até nós
O Seu reino de paz e harmonia
Seja feita a Tua vontade
Aqui na Terra
Como também no mundo espiritual
O pão nosso,
do corpo
e do espírito
Nos dai sempre
Perdoa as nossas ofensas
na mesma medida
em que soubermos perdoar os que nos ofendem
Peço que nos ajude a não
cair em outras tentações
que nos levariam para o mal
Que assim seja.

AVE MARIA


Salve Maria
Mãe de Jesus
Sê conosco
Toda Santa
Bendito é o Vosso Ventre
Que guarda Jesus
Tu és Rainha entre as mulheres
Perfeita Maria
Mãe de todos
Pede ao Pai por todos nós
Hoje, agora e para todo o sempre

Que assim seja!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

SORRIA - Charles Chaplin/ Braguinha


Sorria
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Sorria
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorria
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorria
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorria
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Sorria

AMO-TE MUITO - João Chaves

Amo-te muito como as flores amam
E o orvalho que infinito chora
Amo-te como o sabiá-de-praia
Ama a sanguina e deslumbrante aurora.
Oh, não te esqueça
Quem te ama assim
Oh, não te esqueça
Nunca mais de mim.
Amo-te muito como a onda a praia
A praia a onda que a vem beijar
Amo-te tanto como a branca pérola
Ama as entranhas do infinito mar
Oh, não te esqueça...
Amo-te muito como a brisa aos campos
Vão para a lua derramando luz
Amo-te tanto como ama o morro
E Cristo adora ardente a cruz
Oh, não te esqueça...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

EDELWEISS - tradução


Edelweiss
Edelweiss
Toda manhã você me cumprimenta
Pequena e Branca
Clara e Brilhante
Você parece feliz por me encontrar

Floco de neve
Que você possa desabrochar e crescer
Desabrochar e crescer pra sempre
Edelweiss
Edelweiss
Abençoe a minha terra pra sempre.

SÓ VOCÊ VAI ME FAZER FELIZ - tradução Fernando Adour


Hoje eu sei e não vou mentir
pois só você
vais me fazer feliz.


Conquistei tudo que eu quis
mas só você
vais me fazer feliz.

Foi seu coração
que me fez sonhar
dè a inspiração
pra me fazer te amar.

Vem amor, não me deixe assim
Pois só você
Vai me fazer feliz.

VIK MUNIZ


"Vik Muniz, artista plástico brasileiro conhecido no mundo inteiro, consegue utilizar a fotografia como meio de representação de um diálogo com a História da Arte, que chega ao entendimento de todos pela simplicidade dos materiais que utiliza, quebrando a idéia de que arte é algo que só quem lida com ela entende.

Serragem, açúcar, areia, papel de parede, jornais e lixo já foram usados em obras de arte por Picasso e Braque por volta de 1912 em Paris. Acrescentando novos elementos como algodão, chocolate, açúcar, arame, terra, barbante, especiarias, lixo, gel, mel, poeira e muitos outros, Vik Muniz, de uma maneira radicalmente criativa, produz obras que impressionam pela inovação e criatividade".

http://www.vikmuniz.net/

Fonte: Google

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

CINDY SHERMAN



Cindy Sherman fotógrafa norte americana.
Suas personagens são representadas por ela.
Representa a mulher nas suas facetas da cultura contemporânea.
A mulher subjugada, abusada, utilizada, padronizada, violentada.
A narrativa muito forte e permite o observador imaginar uma ação passada, um estado da personagem.
Fonte: Google

Quanto mais o tempo passa
Mais eu gosto de você
Este seu jeito de me abraçar
Este seu jeito de olhar pra mim
Foi quem fez com que eu gostasse
Logo de você tanto assim
É por você que canto
Quanto mais você me abraça
Mais eu quero ter você
Cada beijo que você me dá
Faz meu corpo todo estremecer
Sem você eu sei que não teria
Nenhuma razão, pra viver
É por você que canto
Pode tudo transformar
Pode tudo se perder
Pode o mundo virar contra mim
Aconteça seja lá o que for
Cada dia que passar
Eu quero ainda muito mais,seu amor
É por você que canto
Quanto mais você me abraça
Mais eu quero ter você
Cada beijo que você me dá
Faz meu corpo todo estremecer
Sem você eu sei que não teria
Nenhuma razão, pra viver
É por você que canto
Pode tudo transformar
ode tudo se perder
ode o mundo virar contra mim
Aconteça seja lá o que for
ada dia que passar
Eu quero ainda muito mais,seu amor
É por você que canto .

domingo, 16 de agosto de 2009

REFÉNS DA GRIPE - Déa Januzzi


Não pode abraçar nem beijar. Se for abraçar, abrace primeiro a si mesmo, depois mande o abraço para o coleguinha. Beijar? Só mandar o beijinho de longe. Se for tossir ou espirrar, tem que pegar o lenço ou fazer isso na manga da blusa do uniforme. E o pior: quem tosse ou espirra atrai olhares enviesados, como se fosse portador da peste. Não pode dividir o lanche. As meninas têm que deixar batom e o restante da maquiagem em casa. Os meninos que levarem brinquedos têm que passar álcool gel antes. Tem que deixar a janela do quarto aberto para entrar o ar e a porta da casa também, mas é preciso não se esquecer de fechá-la à noite, quando for dormir. Bebedouros da escola lacrados. É preciso levar o kit antigripal – álcool gel, sabonete líquido – e de tanto lavar as mãos por cima, por baixo e entre os dedos, tem mãe que vai além. Manda também um hidratante para que as mãos não fiquem secas de tanto lavar.

Quem chegou da escola, no primeiro dia de aula, repetindo todas essas regras foi Luiza, de 5 anos. Ela explicou detalhadamente para todos em casa como é que deve ser até que a gripe suína desapareça. Ela nem imagina o que é o vírus influenza, mas não gostou principalmente de não poder levar o batom de morango para a escola. Virou-se para a tia e protestou: as meninas foram prejudicadas porque não podem levar maquiagem, mas os meninos podem tudo!

Rafael, de 7 anos, também voltou da escola cheio de recomendações: não pode pôr a mão na boca, no nariz e nos olhos. Não pode usar sabonete em barra. Só líquido e depois tem que enxugar com papel. Copo, só descartável. Não pode emprestar lápis nem borracha. Roberta, de 15 anos, já está querendo terminar o namoro de seis meses, porque está com medo de abraçar e de beijar.

Essas são as novas neuras e precauções que têm deixado todo mundo refém de uma gripe que não matou nem 0,07% da população brasileira, mas que tem revelado uma carência generalizada. Até o filho dela voltou ontem da faculdade com panfletos sobre a gripe suína – e ela também tentou entrar no banheiro da empresa em que trabalha, sem sucesso: uma fila de mulheres se demorava na pia para lavar as mãos. Foi preciso pedir a uma delas que lavava as mãos sem parar que desse lugar para a próxima. Para que tanto?, ela perguntou. A outra respondeu: gripe suína!

Será que essa louca gripe suína tem culpa de nossos medos e inseguranças, das nossas paranoias e esquisitices? Será que as pessoas não estão mesmo é necessitando de uma faxina interna? De desinfetar emoções no lugar das mãos? De ensaboar preconceitos? Será que a gripe suína não está avisando que as crianças estão abarrotadas de biscoitos, balas, chocolates, doces, pirulitos? Que as frutas foram substituídas por sucos prontos? Será que as mães não estão se sentindo culpadas porque trabalham demais e não podem dar atenção aos filhos?

São tantas perguntas que ela não tem respostas para tanta inquietação. Será que a gripe suína não está revelando que há um nojo generalizado do outro? Que um espirro do outro pode suscitar os meus piores e mais secretos sentimentos de aversão? Será que a gripe suína não está sendo um bom motivo de intolerância e de separação: quem tosse e espirra deve ser condenado, levado a julgamento público, ser imolado no altar dos ímpios? A gripe suína é uma realidade, mas é verdade também que as pessoas exageram. Será que a gripe suína vai exorcizar as nódoas da alma? Tirar as manchas do ressentimento, da mágoa? Será que ela veio para separar uns dos outros, para revelar o que estava bem escondido dentro de cada um? Que a convivência está ficando a cada dia mais difícil? Que todo mundo está querendo atirar a primeira pedra? Há um vírus no ar contaminando as relações. Há uma falta de paciência generalizada. Uma acusação explícita no olhar.

Será esse o vírus da insatisfação, que se espalhou como uma pandemia? Será uma desculpa para justificar o individualismo e ficar de vez dentro de casa, em frente à tevê, com medo de bater na porta do vizinho, de sentar numa mesa de boteco? Será um vírus da classe média, que viaja de avião e se contamina em outros países? Será que não há mais em quem acreditar? Que não se pode estender a mão para o outro? Estou prestes a espirrar e lembrei-me de uma tia do interior, que gostava de cheirar rapé e espirrar. Ah, pobre tia, o que seria dela nesses tempos de gripe suína? Ainda bem que ela nunca andou de avião, nunca passou por aeroportos e vivia na santa paz no interior de Minas cheirando rapé e espirrando sozinha!

sábado, 15 de agosto de 2009

LEMBRANÇA - Obrigada Estela!



Dia 25 de julho foi o aniversário da Estela.

Passei no seu blog: estela-guardadosachados.blogspot.com/ para lá abraçá-la e ganhei este presente que vai ficar neste meu canto.

VALSINHA - Chico Buarque


Um dia ele chegou tão diferente
Do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto
Quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto
Pra seu grande espanto convidou-a pra dançar

E então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado
Cheirando a guardado de tanto esperar
Depois o dois deram-se os braços
Como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça
E começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança
Que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade
Que toda cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu em paz

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O CASO DO VESTIDO - Carlos Drumond de Andrade


Nossa mãe, o que é aquele
vestido, naquele prego?

Minhas filhas, é o vestido
de uma dona que passou.

Passou quando, nossa mãe?
Era nossa conhecida?

Minhas filhas, boca presa.
Vosso pai evém chegando.

Nossa mãe, dizei depressa
que vestido é esse vestido.

Minhas filhas, mas o corpo
ficou frio e não o veste.

O vestido, nesse prego,
está morto, sossegado.

Nossa mãe, esse vestido
tanta renda, esse segredo!

Minhas filhas, escutai
palavras de minha boca.

Era uma dona de longe,
vosso pai enamorou-se.

E ficou tão transtornado,
se perdeu tanto de nós,

se afastou de toda vida,
se fechou, se devorou,

chorou no prato de carne,
bebeu, brigou, me bateu,

me deixou com vosso berço,
foi para a dona de longe,

mas a dona não ligou.
Em vão o pai implorou.

Dava apólice, fazenda,
dava carro, dava ouro,

beberia seu sobejo,
lamberia seu sapato.

Mas a dona nem ligou.
Então vosso pai, irado,

me pediu que lhe pedisse,
a essa dona tão perversa,

que tivesse paciência
e fosse dormir com ele...

Nossa mãe, por que chorais?
Nosso lenço vos cedemos.

Minhas filhas, vosso pai
chega ao pátio. Disfarcemos.

Nossa mãe, não escutamos
pisar de pé no degrau.

Minhas filhas, procurei
aquela mulher do demo.

E lhe roguei que aplacasse
de meu marido a vontade.

Eu não amo teu marido,
me falou ela se rindo.

Mas posso ficar com ele
se a senhora fizer gosto,

só pra lhe satisfazer,
não por mim, não quero homem.

Olhei para vosso pai,
os olhos dele pediam.

Olhei para a dona ruim,
os olhos dela gozavam.

O seu vestido de renda,
de colo mui devassado,

mais mostrava que escondia
as partes da pecadora.

Eu fiz meu pelo-sinal,
me curvei... disse que sim.

Sai pensando na morte,
mas a morte não chegava.

Andei pelas cinco ruas,
passei ponte, passei rio,

visitei vossos parentes,
não comia, não falava,

tive uma febre terçã,
mas a morte não chegava.

Fiquei fora de perigo,
fiquei de cabeça branca,

perdi meus dentes, meus olhos,
costurei, lavei, fiz doce,

minhas mãos se escalavraram,
meus anéis se dispersaram,

minha corrente de ouro
pagou conta de farmácia.

Vosso pais sumiu no mundo.
O mundo é grande e pequeno.

Um dia a dona soberba
me aparece já sem nada,

pobre, desfeita, mofina,
com sua trouxa na mão.

Dona, me disse baixinho,
não te dou vosso marido,

que não sei onde ele anda.
Mas te dou este vestido,

última peça de luxo
que guardei como lembrança

daquele dia de cobra,
da maior humilhação.

Eu não tinha amor por ele,
ao depois amor pegou.

Mas então ele enjoado
confessou que só gostava

de mim como eu era dantes.
Me joguei a suas plantas,

fiz toda sorte de dengo,
no chão rocei minha cara,

me puxei pelos cabelos,
me lancei na correnteza,

me cortei de canivete,
me atirei no sumidouro,

bebi fel e gasolina,
rezei duzentas novenas,

dona, de nada valeu:
vosso marido sumiu.

Aqui trago minha roupa
que recorda meu malfeito

de ofender dona casada
pisando no seu orgulho.

Recebei esse vestido
e me dai vosso perdão.

Olhei para a cara dela,
quede os olhos cintilantes?

quede graça de sorriso,
quede colo de camélia?

quede aquela cinturinha
delgada como jeitosa?

quede pezinhos calçados
com sandálias de cetim?

Olhei muito para ela,
boca não disse palavra.

Peguei o vestido, pus
nesse prego da parede.

Ela se foi de mansinho
e já na ponta da estrada

vosso pai aparecia.
Olhou pra mim em silêncio,

mal reparou no vestido
e disse apenas: — Mulher,

põe mais um prato na mesa.
Eu fiz, ele se assentou,

comeu, limpou o suor,
era sempre o mesmo homem,

comia meio de lado
e nem estava mais velho.

O barulho da comida
na boca, me acalentava,

me dava uma grande paz,
um sentimento esquisito

de que tudo foi um sonho,
vestido não há... nem nada.

Minhas filhas, eis que ouço
vosso pai subindo a escada.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

NUNCA


Você nunca ficou,
mas sempre deixou
o perfume
flutuando
na noite.

Você nunca foi,
mas sempre deixou
o delírio
embaçando
a noite.

Você nunca gostou,
mas sempre deixou
a sedução
embalando
a noite.

Você agora vai,
levando o perfume
levando o delírio
levando a sedução
do sonho.

Você agora vai,
querendo ficar
querendo gostar
querendo chorar
pelo sonho.