domingo, 27 de junho de 2010

PERFUME DE MULHER - Al Pacino/ Scent of a Woman

Publiquei este post no mes passado mas assisto esta cena incansavelmente, adoro!

O CARTEIRO E O POETA

Isto que eu chamo de nostalgia!!!



quinta-feira, 24 de junho de 2010

AI QUE SAUDADES QUE DÁ... Raindrops Keep Falling On My Head. (Tradução - legendado)

A PESSOA ERRADA - Luis Fernando Veríssimo

Pensando bem,
em tudo o que a gente vê,
e vivencia, e ouve e pensa,
não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que,
se você for parar pra pensar é,
na verdade,
a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho.
Chega na hora certa,
Fala coisas certas,
Faz coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça,
Fazer loucuras,
Perder a hora,
Morrer de amor.
Apessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega
ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade,
aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você.

A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo,
é que temos que viver cada momento,
Cada segundo,
Amando, sorrindo,
chorando,
emocionando,
pensando,
agindo,
querendo,
conseguindo
E só assim é possível chegar àquele momento do dia..."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

CARTA DE PUBLIO A TIBÉRIO


     "Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.

Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.

A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade.

Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a majestade tua, ó Cézar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.

De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.

Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.

Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles eu o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porémà tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo... Públio Lentulus, presidente da Judéia Lindizione setima, luna seconda.”

(Este documento foi encontrado no arquivo do Duque de Cesadini, em Roma. Essa carta, onde se faz o retrato físico e moral de

Jesus, foi mandada de Jerusalém ao imperador Tibério César, em Roma, ao tempo de Jesus.)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

SOMOS TODOS DROGADOS? Déa Januzzi

Dá a impressão de que todo mundo está entorpecido por alguma substância tóxica, que impregna o corpo, que contamina o sangue e que não tem cura nem lei nem tratamento que acabe com ela. A impressão é de que todo mundo sofre do vício da intolerância, uma droga que, se tomada em excesso, pode ser letal. O preconceito também é fatal porque, muitas vezes, não tem cura e põe uma venda nos olhos para não ter que enxergar mais do que as próprias palavras e ações. São donos da verdade e da moral , injetadas em doses cavalares em nossas veias. É uma droga venenosa, sem antídoto.

A impressão é de que as pessoas estão tão acostumadas a julgar os outros que tudo deve estar dentro de um molde. Nas gaiolas que são os prédios de apartamentos tem que falar baixo, ouvir música sussurrante, evitar certas palavras porque o vizinho pode estar ouvindo e julgando sem nem mesmo conhecer a voz e entender o porquê da dor do outro. Isso quando a festa, os gritos, as conversas exaltadas, a música alta são na sua casa. Na casa do vizinho, a festa pode ir até as três da manhã, porque geralmente eles se acham impunes e com o direito de inocular no seu sangue a droga da hipocrisia e do egoísmo.

A droga da omissão também está por todos os lados e pode ser vista ao ar livre, com sol quente. Se, por acaso, a rua onde mora tiver coleta seletiva da SLU num dia determinado da semana, ninguém quer nem saber se o mundo vai bem ou mal.

O lixo orgânico é misturado com os outros dejetos dos apartamentos e fica exposto aos mosquitos, à dengue e ao desleixo, enquanto na garagem do prédio carros zero indicam que os moradores se sentem muito poderosos. Mas não têm a simplicidade de recolher o lixo, separar e levar para a rua em recipientes que não vão ser fuçados pelos cães. Nem mesmo uma lixeira com fundo pode ser providenciada, porque lixo é para jogar fora sem acondicionamento devido ou pudor. A droga do consumismo exagerado pode ser medida pelo volume de lixo que eles jogam para fora de casa, sem nenhum respeito às normas ambientais.

A droga do individualismo está consumindo as nossas vísceras, o fígado, o estômago até atingir em cheio o coração. Não há mais conversa. O uso da palavra foi interceptado. Não há mais respeito ao todo, apenas ao particular. Como diz o psicólogo e antropólogo Roberto Crema, quanto mais os adultos se viciam em normose (excesso de normalidade), mais jovens abusam da droga da tristeza, da solidão, da depressão e da revolta. Para ele, é preciso mudar o jeito de olhar: “Mudar o mundo é mudar o olhar. Do olhar que estreita e subtrai para o olhar que amplia e engrandece. Do olhar que julga e condena para o olhar que compreende e perdoa. Do olhar que teme e se esquiva para o olhar que confia e atreve. Do olhar que separa e exclui para o olhar que religa todos os olhares”.

Os normóticos têm o vício de tomar remédios para trabalhar, dormir, para ser feliz num mundo de zumbis. Um simples cartaz na portaria de um prédio feito por um jovem que quer avisar sobre a coleta seletiva do lixo provoca uma overdose de protestos. Uma moradora que só pensa em si mesma, nas suas necessidades pessoais, arranca o cartaz sem nem ler, porque, se lesse, veria que o cartaz estava assinado pelo autor e com o número do apartamento.

Como acabar, então, com a droga da mesmice? É saindo do lugar-comum para tomar conta do lixo, do jardim, da rua. É parar de olhar para o próprio umbigo, oferecer antes de cobrar. E sabe o que mais? Ninguém mais convida o outro para entrar e conversar. É mais fácil bater a porta com força na cara do outro, trancar-se do lado de lá e injetar na veia o preconceito contra qualquer forma de diálogo. Ninguém convida mais para reunião. Nem de condomínio quanto mais para um aniversário, uma confraternização, um simples encontro entre pessoas civilizadas. Não, é melhor fechar a cara, fingir que está tudo bem, mas sorrateiramente arrancar o cartaz, sem deixar pistas. Sem assinar o próprio ato.

Há um vício generalizado de menosprezar o outro, de fazer juízo apressado, de pôr a mão na ferida alheia, com a intenção de sangrar o que já estava cicatrizando. Há uma máscara escondendo os rostos verdadeiros. Há uma gula por mais e mais. Há uma provocação no ar que a qualquer momento pode virar briga. Nem adianta acenar a bandeira branca nem fumar um cachimbo coletivo, porque paz é muito mais que isso. Há uma paz possível, se cada um fizer algo para mudar a realidade à sua volta. Paz ocorre dentro da gente, quando abandonamos a mesmice para enxergar longe. Com um novo olhar!

domingo, 13 de junho de 2010

FORA DO PADRÃO E SEM RUMO - Marli Gonçalves

Precisamos mandar calibrar o mundo, igual a pneu. Fazer o balanceamento, o alinhamento. Aliás, melhor verificar tudo, revisão geral, porque até o óleo está no lugar errado, o motor não está pegando e a turma do banco de trás está com o passatempo de dar croque na cabeça do motorista e do co-piloto.

Miss EUA é de origem árabe. Copa do Mundo na África. Mc Donald`s fazendo recall de carne e de copos. Novela das oito às nove. Pacifistas provocando guerras. Passeata gay trocando o colorido e a alegria do arco-íris pelo branco e preto. Imposto, imposto, imposto. E nada. Euro melhor que dólar. Grécia ruindo. Hungria se desequilibrando. Brasileira coreana americana no navio turco. Lula falando de urânio. Obama, de vazamentos e encanamentos.

Dunga zangado na Seleção. Faustão magro parecendo Gugu. Mulher gorila virando vedete na tevê. Jornal tentando parecer internet. Movimento organizado de amantes de padres. Dilma gêmea de Marta. Serra sem olheiras. Pão mais caro do que bolo. Avião que não voa. Polícia que não policia, mas tem de ser policiada. Crimes de gravata e de calça curta, por pouco, por nada. Tabacaria onde não se fuma. Mato sem cachorro. Bola que não rola; a bola que rola por detrás do pano. E a lei que não é lei, não se faz valer?

É muito mais do que está todo mundo louco, oba. Alguma coisa realmente está bem fora da ordem. Não posso ser a única com essa sensação. Não há mais padrões a seguir. Não há como, porque os padrões abriram o leque, abriram o bico. Amálgama, a descrição que me ocorreu. É o grátis que não é grátis, o convite que se tem de pagar. Muito obrigado por nada.

E as palavras, expressões, conceitos? Nas propagandas, a pele é cútis. Português é alemão, para vender carro. Ou coreano, para torcer. Os cabelos parecem tapetes de seda chacoalhantes. Ninguém vende, comercializa. Leiam. Embalagens contêm sabores, aromas e traços de tudo, artificiais e, portanto, nada é nem o que se vende.

Operadoras oferecem tudo, mas você nunca consegue. Promoções são grandes em gritos e pequenas nas letrinhas brancas na parte de baixo da tela. Os bancos aparecem tão bonzinhos, culturais, esportivos e solidários que é a única forma de explicar por que ainda tem gente de miolo mole que acredita e acaba abrindo email de hacker.

Vamos lá, regra número um para evitar que invadam seu computador: bancos não fazem graça para ninguém. Não existem seguros de saúde com preços abaixo de cem reais. E se o Ministério Público, a Polícia Federal, a Receita Federal, ou o raio que o parta quiser pegar você não vai emitir um email, garanto. Ah, pênis não crescem assim tão fácil. Nem com remédios. Nem com "equipamentos" de exercício.

Cerveja não é álcool. É redonda, loura, ão, guerreira, gelada, boa. Propaganda de governo não é mais institucional, mas campanha descarada e declarada, insinuando a felicidade eterna, os problemas resolvidos. O Estado em orgia com o poder, ambos se penetrando de forma absolutamente insultuosa, para não falar outra coisa.

O jornalismo agora bebe e "se encontra" no botequim virtual do Twitter. Passa a noite insone, discotecando a solidão, competindo na angústia. Parecemos aqueles homens antigos que esperavam os papéis na frente dos telex, mas agora só no batuque do teclado, luz do monitor, voyeurs da existência humana. Nada mais é sagrado. Nada mais é secreto.

Deve haver padrão no jornalismo. Deveria. Hoje todos são supostos até que façam apenas uma bobagem qualquer. Ex-BBB é aposto profissional. Ex-BBB teve bebê. Mãe de ex-BBB posa nua. Ex-BBB é biba e bebeu. Ninguém se lembra dos coitados que comeram olho de larva e testículo de sapo em No Limite.

É tudo surpresa. Não há mais script, muito menos as coisas se desenrolam de maneira minimamente previsível. Há pesquisas que ninguém acredita, e que juram a verdade até que o fato ocorra bem real, e distante do prognóstico. Não há meteorologia possível e certeira. Olha só lá fora: vento, chuva, frio, calor, sol, céu azul e nublado. Não é?

A falta de padrão tem a parte boa, a da animação e espontaneidade. É cachorro alimentando jaguatirica, galinha adotando periquito. O problema são os sobressaltos. Todos os dias. Viva-se com um barulho desses.
São Paulo, palpitações, movimentações e descontroles, inverno, 2010


Marli Gonçalves, jornalista. Fora do padrão. Mas, dia após dia, mais impressionada com a falta de fio condutor. Teme o apagão. Essa mania de querer prever tudo! 


Fonte: http://www.jaymecopstein.com.br/ 

MERCEARIA PARAOPEBA/ ITABIRITO/MG

sábado, 12 de junho de 2010

O SOM DA PESSOA - Gilberto Gil

A primeira pessoa soa como eu sou
A segunda pessoa soa como tu és
A terceira pessoa soa como ele
e ela também
Qualquer pessoa soa
toda pessoa
boa
soa
bem

O REI SÁBIO


Era uma vez um rei, muito sábio e bom. Tanto ele sabia que o chamavam "O Sábio". Ele vivia num belo castelo, e, correto como era, andava por caminhos retos.
Em seu reino, o povo era feliz e o rei era respeitado por todos. Ele ensinava como cuidar da terra; como plantar, semear e colher os frutos para alimentar a todos; como cuidar dos pobres e doentes e como ajudar a educar as crianças, para que elas se tornassem pessoas boas e justas.
Quando havia brigas e maldades ele sabia como resolvê-las e como devolver a paz a seu povo.
Perto deste reino, havia uma floresta escura onde os caminhos não eram retos. Quem entrava nela podia perder-se, porque lá havia muitos desvios, contornando altas pedras, rochas e atalhos que não levavam a lugar algum. Diziam que nela havia um grande tesouro escondido, e muitos entraram nela e não voltaram.
O Rei Sábio e sua bela Rainha desejavam muito ter um filho. Mas a rainha morreu ao dar a luz a um lindo menino, e este não aprendeu a falar, vivia mudo. Os mais famosos médicos do reino não souberam curá-lo. Os olhos do pequeno príncipe sorriam quando estava alegre e choravam quando estava triste, mas ninguém ouvia a sua voz, e ninguém podia saber que este menino mudo ouvia o que as pedras diziam, o que as plantas cantavam e o que sonhavam os animais, e que também percebia se havia luz e escuridão no coração das pessoas ao seu redor.
Será que nunca saberemos dos segredos que este príncipe guardava em seu coração? Será que ele nunca irá contar o que as pedras lhe dizem, o que as plantas lhe contam e o que sonham os pássaros, os peixes e os bichos todos?
Numa noite de lua cheia, o rei passeava em seu jardim, pensando em seu filho mudo, e eis que ele ouviu o vento sussurrando nas folhas das árvores, e em seus ouvidos ressoaram as palavras:
"Procure a voz de seu filho na gruta dos sete sons".
Bem de madrugada, com os primeiros raios de sol iluminando o dia, o Rei Sábio partiu a procura da gruta dos sete sons. Sem medo, ele penetrou na floresta escura, e o grande desejo de achar a voz de seu filho era como uma luz em seu coração, indicando-lhe o caminho certo. Atento a qualquer som, ele alcançou o vale estreito, entre altas montanhas e penhascos que escondiam o sol. Ele ouvia o canto da cachoeira, o grito dos pássaros, o sussurro do vento, o farfalhar das folhas secas, o rolar das pedras debaixo dos seus pés, e muitos outros sons ecoavam nas rochas por todo lado. Ele estava no vale dos ecos e, numa curva do caminho, abriu-se a gruta onde todos os sons se juntavam num ressoar ensurdecedor.
A gruta era guardada pelo Dragão do Ruído que começou a gritar com sua voz assustadora:
É você que esconde a voz de meu filho, o príncipe"?
O gigante soltou uma gargalhada terrível que sacudiu o vale com um grande tremor, rachando e partindo as pedras. O rei, aturdido pelo grande ruído estrondoso, ficou parado sem poder se mexer e, com muito esforço exclamou:
"Eu quero achar a voz de meu filho, o príncipe".
Outra gargalhada do gigante ressoou pelo vale com grande estrépito, que a grande pedra que ocultava a gruta partiu. Uma chuva de pedras soltas caiu e machucou o rei, mas ele se manteve firme, sentindo que uma força nova brotava em seu coração, que resistia ao medo e ao ruído.
E, mais uma vez, o rei disse com voz firme:
"Eu quero achar a voz de meu filho, o príncipe"!
E a terceira gargalhada do Gigante do Ruído fez abrir a rocha maior, e o estrondo rugia como mil trovões enfurecidos. O rei desmaiou e, quando voltou a sí, viu que o gigante havia sumido, que na gruta brilhava uma luz que emanava de uma harpa dourada de cordas prateadas. O sussurro do vento ecoava no seu ouvido, dizendo:
"Toque as cordas da harpa até achar a voz de seu filho, o príncipe"!
O rei se aproximou da harpa dourada de cordas prateadas e começou a tocar uma corda após a outra, procurando a voz de seu filho, o príncipe. Ele tocou e tocou e tocou... Seus dedos doíam e sangravam, mas ele continuou tocando, uma corda após outra. E eis que o rei tocou numa corda fina e brilhante que começou a cantar:
"Leve-me consigo, eu sou a voz de seu filho, o príncipe"!
Emocionado, o rei soltou a corda brilhante da harpa e, o mais depressa que pôde, voltou ao castelo.
O príncipe veio correndo ao seu encontro e, abraçando-o disse com voz clara e sonora: "Obrigado, pai querido, por ter trazido minha voz! Mas, o senhor está machucado, seus dedos estão sangrando: deixe-me cuidar de suas feridas, eu quero curá-lo, o senhor precisa descansar"...
Tal como a água de uma nascente, brotavam as palavras da boca do príncipe. Depois de passar tantos anos só ouvindo os segredos da natureza, ele tinha tanto para contar...! Das pedras, das plantas, dos animais e dos homens ele aprendera os segredos da Mãe Natureza.
O príncipe cresceu, e quando o rei, seu pai, morreu, ele se tornou o Novo Rei Sábio que levou o povo a estudar os Segredos da Natureza e a trilhar os caminhos da bondade e da beleza. Com sua voz clara e sonora ela cantava a Canção Mágica, que falava de tudo que ele aprendera dos Segredos da Natureza.
Ele nunca esqueceu o que seu pai lhe ensinara: Ser corajoso e não vacilar em meio de qualquer perigo.

FESTA JUNINA









Hoje o meu jeca caçula está com o olhar triste, não quis chapéu, não quis bigode, não quis fotos nem sorrisos  mas quis dançar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

POR REGINA BRETT

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno.

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.  Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir  roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos  nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente. 


"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."/ Regina Brett

sábado, 5 de junho de 2010

REFLEXÃO



"Viver não é esperar a tempestade passar... é aprender como dançar na chuva."