quarta-feira, 30 de março de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

STRESSE



Em uma conferência, ao explicar para a platéia a forma de controlar o estresse, o palestrante levantou um copo com água e perguntou:

Qual o peso deste copo d'água?

As respostas variaram de 250g a 700g.

O palestrante, então, disse:

O peso real não importa. Isso depende de por quanto tempo você segurar o copo levantado.
Se o copo for mantido levantado durante um minuto, isso não é um problema. Se eu mantenho ele levantado por uma hora, eu vou acabar com dor no braço. Mas se eu ficar segurando um dia inteiro, provavelmente eu vou ter cãibras dolorosas e vocês terão de chamar uma ambulância.

E ele continuou:
E isso acontece também com o estresse e a forma como controlamos o estresse. Se você carrega tua carga por longos períodos, ou o tempo todo, cedo ou tarde a carga vai começar a ficar incrivelmente pesada e, finalmente, você não será mais capaz de carregá-la.
Para que o copo de água não fique pesado, você precisa colocá-lo sobre alguma coisa de vez em quando e descansar antes de pegá-lo novamente. Com nossa carga acontece o mesmo. Quando estamos refrescados e descansados nós podemos novamente transportar nossa carga.

Em seguida, ele distribuiu um folheto contendo algumas formas de administrar as cargas da vida, que eram:

  Aceite que há dias em que você é o pombo e outros em que você é a estátua.

  Mantenha sempre tuas palavras leves e doces pois pode acontecer de você precisar engolir todas elas.

  Só leia coisas que faça você se sentir bem e ter a aparência boa de quem está bem, caso você morra durante a leitura.

  Dirija com cuidado. Não só os carros apresentam defeitos e têm recall do fabricante.

  Se não puder ser gentil, pelo menos tenha a decência de ser vago.

  Se você emprestar R$200,00 para alguém e nunca mais ver essa pessoa, provavelmente valeu a pena pagar esse preço para se livrar dessa má pessoa.

  Pode ser que o único propósito da tua vida seja servir de exemplo para os outros.

  Nunca compre um carro que você não possa manter.

  Quando você tenta pular obstáculos lembre que está com os dois pés no ar e sem nenhum apoio.

  Ninguém se importa se você consegue dançar bem. Para participar e se divertir no baile, levante e dance, pronto.

  Uma vez que a minhoca madrugadora é a que é devorada pelo pássaro, durma até mais tarde sempre que puder.

  Lembre que é o segundo rato que come o queijo - o primeiro fica preso na ratoeira. Saiba esperar.

  Lembre, também, que sempre tem queijo grátis nas ratoeiras.

  Quando tudo parece estar vindo na tua direção, provavelmente você está no lado errado da estrada.

  Aniversários são bons para você. Quanto mais você tem, mais tempo você vive.

  Alguns erros são divertidos demais para serem cometidos só uma vez.

  Podemos aprender muito com uma caixa de  lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça. Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa.

  Não perca tempo odiando alguém, remoendo ofensas e pensando em vingança. Enquanto você faz isso a pessoa está vivendo bem feliz e você é quem se sente mal e tem o gosto amargo na boca.

  Quanto mais alta é a montanha mais difícil é a escalada. Poucos conseguem chegar ao topo, mas são eles que admiram a paisagem do alto e fazem as fotos que você admira dizendo "queria ter estado lá".

  Uma pessoa realmente feliz é aquela que segue devagar pela estrada da vida, desfrutando o cenário, parando nos pontos mais interessantes e descobrindo atalhos para lugares maravilhosos que poucos conhecem.

Portanto, antes de voltarem para casa, depositem sua carga de trabalho/vida no chão. Não carreguem para casa. Vocês podem voltar a pegá-la amanhã. Com tranquilidade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

JARDIM SUSPENSO - Lucy Copstein

 Eram 16:20 do dia 5 de março de 2011 quando ele se enterneceu.
O movimento dela em meio aos vasos do terraço, o vento reduzindo os cabelos ao que realmente eram, rebeldes, carentes de cremes , secador e meia-hora de esforços depois de lavados.
E ele, tosco, rude, contido e controlado para não tangenciar emoções, naquele momento de tanta luz, vento, parceria no  jardim suspenso, o olhar atento com que ela tratava as plantas a ponto de esquecer dos cabelos, juntaram-se tantos elementos que ele foi forçado a abrir passagem para imensa e desconhecida ternura.
Foi só um lampejo,  dominou em seguida e mandou para escanteio, mas era tarde, ou melhor, eram 16:21 do dia 5 de março de 2011.

terça-feira, 22 de março de 2011

MANIA QUE TODOS NÓS TEMOS/ Marli Gonçalves

Tem quem colecione, com prazer, desafetos. Outros, dívidas.


Nós, quem? Nós, vírgula!, você diria, já negando? Mas daqui a pouco vai relaxar e concordar. Todos nós somos muito loucos. Nossas minimanias são legais, algumas são geniais. Desde que não incomodem outros e ultrapassem os limites. Senão, vira o tal transtorno obsessivo-compulsivo, TOC, se toque!

Os psiquiatras, psicanalistas, psicólogos, analistas, terapeutas têm. Personalidades têm. Jornalistas têm, nem te conto! Publicitários são campeões, provavelmente empatados com religiosos de todos os naipes e militares. Loiras mexem nos cabelos, numa escovação contínua com os dedos. Atores usam óculos escuros bem grandões para não ser reconhecidos, chamando sempre a atenção. Gays mais liberados, homens ou mulheres, têm a mania de mostrar trejeitos claros de suas opções.

Manias são informativas. Mas não podem ser encaradas com preconceito, senão não se consegue aproveitar essa parte boa. Manias são engraçadas, mas deixe para rir em casa quando descobrir a de alguém. Manias são válvulas de escape, e muitas aparecem só quando ficamos tensos ou nervosos. Manias são dedos-duros, nos entregam sem que a gente perceba.

Algumas tiram o tesão. Outras são até afrodisíacas.

Não conheço nenhum estudo sobre esses nossos tiques, a ponto de poder liberar geral e dar aval à mania de ninguém, apenas observo - como diria? - as ruas, o tal grito rouco das ruas. Por exemplo: falar sozinho! Todo mundo um dia se distrai e sai falando sozinho. Ri sozinho de alguma coisa que lembra, conversa consigo mesmo. Debate uma ideia, como se realmente houvesse aquele anjinho de um lado e o diabinho do outro, como nos filmes. Dentro do carro, então, nossa! Igual, repare só, quantos limpam o "salão" do nariz, a maioria homens.

Cachorro fala? Que eu saiba, ainda não. Embora você tenha praticamente certeza de ouvir e ver vários nas ruas, conversando com seus donos, animadamente. Na verdade, dublados. Namoram, paqueram, fazem amigos, têm suas reações explicadas em detalhes.

Nota importante: antes de continuar lembrando mais manias, preciso adiantar que nada me exime - faço várias dessas coisas.

Tem as manias íntimas, beirando o inconfessável. Quem nunca se esqueceu de depilar um lado de alguma coisa? Quem nunca voltou da rua para se certificar de que a janela estava mesmo fechada, ou a torneira, a privada sem descarga? Quem nunca passou o dia inteiro tentando se lembrar de alguma coisa que, tem certeza, esqueceu, mas não era para esquecer e talvez nem tenha esquecido nada?

Quem nunca fez silêncio ao ouvir gemidos gostosos e camas falantes no apartamento de cima, no de baixo, do outro lado da parede? Quem nunca pegou um copo para escutar melhor, em "3D”? Quem não parou de prestar atenção em quem estava com você quando, ao lado, rolava uma conversa bem mais interessante de ouvir? Legal mesmo é quando quem está com você tem a mesma mania, saca, e para de falar, fica em silêncio, para ouvir também. E quem não deu aquela última olhadinha no espelho, de rabo de olho, antes de sair, para ver se a bunda está lá no lugar, a sua mesmo?

E no trânsito, então? Confesso: tenho mania de ler as placas dos automóveis e ficar pensando palavras ou expressões para elas. Tipo: ABN, Associação das Baratas Narigudas, ou Nauseabundas, ou Nervosas, ou Nocivas, ou... Passo minutos nessa mania-brincadeira, incontrolável. Fora que tenho mania, na verdade, de ler tudo, e por isso amo profundamente a Lei Cidade Limpa de São Paulo, que melhorou muito a minha vida. Antes, era tanta coisa, tanta tranqueira, que voltava esgotada de tanto ler nas ruas. Não posso!

Para vocês terem uma ideia, fiquei doida semana passada, passando na Marginal Pinheiros e, de longe, avistando uma placa de rua "M. Gonçalves”. Outros tempos, e eu já me veria armando um plano para, digamos, "obtê-la".

É. Eu também tenho mania de colecionar umas coisas. Algumas, até com sentido; outras, absurdas, e às vezes temporárias. Coleções que, quando descobertas ou quando observadas com calma, revelam manias que, convenhamos, não caem muito bem. Você deve ter alguma. Todo mundo, acredito, por mais minimalista que seja, coleciona alguma coisa. Não é possível não ter essa mania. O cara pode achar que não, mas coleciona, sei lá, camisas brancas. Outro, listas de mulheres (que fez) infelizes. Outras talvez colecionem amantes maravilhosos. Ou caixas de fósforos, isqueiros, canetas. Gravatas. Tem quem colecione, com prazer, desafetos. Outros, dívidas. Dizem que todas as mulheres colecionam bolsas e sapatos, mas prefiro não comentar.

Tem quem tenha a mania de mentir, tão mania que a verdade começa a mentir para tentar se encaixar. Tem quem tem mania de ser outra pessoa, o que deve ser um sofrimento e tanto, embora sejam tipos tão comuns.

Todo mundo tem uma mania antes de dormir. Todo mundo tem, por mais ateu, uma persignação que faça, seu Cruz Credo particular. Todo mundo olha disfarçadamente a sola do sapato quando sente um cheiro que pode ser, digamos, uma pisada. Todo mundo tem mania de gostar de sentar em lugares específicos, todo mundo tem uma mania ou forma de comer algo, ou alguém. Eu, me entrego pela última vez hoje, juro, por exemplo, ACUSADO 1,2,3! - tenho mania de esburacar o queijo. Quando eu vejo, já foi, zapt! Tortinho. Nessa série tem: o tubo da pasta de dente, a tampa da garrafa, um lado da toalha.

Já ouviu falar que é feio sentar no próprio rabo? Às vezes somos tão críticos, ou tão ligados em preceitos sociais, que sofremos angústias. Sofremos e brigamos com a gente mesmo, o que faz com que uma das nossas melhores manias, a de conversar com o espelho, se torne difícil ou impossível.

São Paulo, 2010, onde normal é ser maníaco pelo menos um pouquinho.

TIRINHA: Os bem casados

Fonte:  http://blog.marcosnoelcartoons.com

sexta-feira, 18 de março de 2011

RENDAS:



Adoro rendas e  esta pintura a óleo / 1864 do James Annott Maneil Whistler, me  encanta.

ALBA - Geir Campos


Não faz mal que amanheça devagar,
as flores não têm pressa nem os frutos:
sabem que a vagareza dos minutos
adoça mais o outono por chegar.
Portanto não faz mal que devagar
o dia vença a noite em seus redutos
de leste – o que nos cabe é ter enxutos
os olhos e a intenção de madrugar.

(1957)

quinta-feira, 17 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

CHATICE:


 Acho muito enjoado quem só gosta de produtos importados pois afinal para mim o Brasil é e tem tudo de bom, mas em se  tratando de perfumes ( e outras poucas coisitas, devo confessar),uso  importados exceto a colonia Mauá (quase de graça) e a alemã 4711 que é beeem baratinha.

terça-feira, 15 de março de 2011

CURIOSIDADE: Muita paciência e esperar...


A areia movediça é um fenômeno natural, acontece nas margens dos rios, lagos, praias, pântanos e em regiões próximas a fontes subterrâneas.
Erroneamente vemos em filmes e desenhos que, basta segurar em algo para conseguir escapar da areia movediça, o que não é verdade. O peso de uma pessoa que está na areia movediça equivale ao peso de um carro médio, ou seja, é muito difícil retirar uma pessoa da areia. Se acontecer de um indivíduo começar a afundar na areia o importante é que ele não se movimente, pois o movimento faz com que a areia se comporte como líquido e faz com que o indivíduo afunde ainda mais, portanto deve-se permanecer imóvel para que o corpo consiga flutuar.
A flutuação do corpo acontece porque a densidade dele é menor do que a densidade da areia. Dessa forma, basta ter paciência para esperar o tempo de flutuar.


Fonte: Agenda 2011/ Escola Lúcia Casasanta/BH

COMO ASSIM???


"Decisão da 2ª Vara Cível de Ariquemes determina que pais adotivos paguem indenização de 25 mil reais e pensão alimentícia de 70% do salário mínimo a criança de 9 anos que foi abandonada pelos mesmos depois de oito anos de convivência como filho. O juiz Danilo Augusto Kanthack Paccini entendeu que os pais agiram de má fé ao adotar a criança à brasileira, ou seja, buscaram o recém nascido diretamente com a mãe sem passar pelos meios legais, como exige a lei de adoção. Quando a criança fez sete anos, simplesmente desistiram de mantê-la na família, o que acarretou sérios transtornos emocionais para ela.

O caso tem contornos dramáticos para a criança, que está abrigada desde que os pais adotivos a entregaram ao Estado. Segundo apurou o Ministério Público, autor da ação, os problemas começaram quando a escola em que a criança estudava exigiu o registro de nascimento. Até os sete anos o casal não tinha feito o documento. Apesar da criança ter recebido o mesmo nome do pai do adotivo, o registro acabou saindo com o sobrenome da mãe natural, uma vizinha do casal, que à época do nascimento do bebê não tinha condições de criá-lo.

Ao invés de assumir a criança, os pais adotivos preferiram revelar que ela tinha outra mãe, situação que gerou vários conflitos. Além disso, laudo psicológico emitido por profissional solicitado por juízo, demonstrou que a criança tinha hiperatividade e poderia facilmente ser tratada com acompanhamento de psicólogo, porém a família não se interessou em levá-la.

Vários outros fatos citados no processo demonstram o abandono dos pais adotivos. Eles teriam devolvido a criança à mãe natural, que fugia para a antiga casa recusando-se a aceitar a nova condição. Antes, tratado como filho perante a comunidade de Monte Negro, onde a família vivia, passou a ser encarado como problema. Em depoimento, a mãe adotiva chegou a declarar que depois que a criança conheceu a família natural seu comportamento piorou muito e que atualmente ela não tem mais respeito e não os reconhece mais como pai e mãe, por isso acredita que o abrigamento será melhor para todos.

Por outro lado, o Conselho tutelar de Monte Negro relata confidência da criança sobre ameaça dos pais. Eles teriam dito ser o último dia que ficariam com ele e se por acaso voltasse para casa "iriam espancá-lo todos os dias".

Para o juiz que julgou o caso, "os pais lidaram com a criança como se fosse um animal de estimação. Quando deixou de realizar os truques que acreditavam ter lhe ensinado simplesmente o abandonaram". O magistrado destacou ainda que as atitudes dos pais não deixam dúvidas sobre a ilegalidade da conduta, iniciada com o acolhimento do menor sem a preocupação com a legislação vigente, seguida de sua manutenção no seio da família, na qualidade de filho, por 08 anos sem a regularização da situação de fato e, por último, a forma como foi enjeitado.

Diante da situação, determinou a indenização por danos morais, comprovados mediante laudos psicológicos e pensão alimentícia até que a criança ou encontre uma nova família ou complete maioridade.

Fonte: TJRO


Postado Por Cintia Liana"
Esta postagem foi inteiramente copiado do acima mencionado.

segunda-feira, 14 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

FILHOS ADOTIVOS - Emmanuel



Filhos existem no mundo que reclamam compreensão mais profunda para que a existência se lhes torne psicologicamente menos difícil.


Reportamo-nos aos filhos adotivos que abordam o lar pelas vias da provação, sem deixarem de ser criaturas que amamos enternecidamente.


Coloquemos-nos na situação deles para mais claro entendimento do assunto.


Muitos de nós, nas estâncias do pretérito, teremos pisoteado os corações afetuosos que nos acolheram em casa, seja escravizando-os aos nossos caprichos ou apunhalando-lhes a alma a golpes de ingratidão. Desacreditando-lhes os esforços e dilapidando-lhes as energias, quase sempre lhes impusemos aflição por reconforto, a exigir-lhes sacrifícios até que lhes ofertamos a morte em sofrimento pelo berço que nos deram em flores de esperança.


Um dia, no entanto, desembarcados no Mais Além, percebemos a extensão de nossos erros e, de consciência desperta, lastimamos as próprias faltas.


Corre o tempo e, quando aqueles mesmos espíritos queridos que nos serviram de pais retornam à Terra em alegre comunhão afetiva, ansiamos retomar-lhes o calor da ternura mas, nesse passo da experiência, os princípios da reencarnação, em muitas circunstâncias, tão somente nos permitem desfrutar-lhes a convivência na posição de filhos alheios, a fim de aprendermos a entesourar o amor verdadeiro nos alicerces da humildade.


Reflitamos nisso. E se tens na Terra filhos por adoção, habitua-te a dialogar com eles, tão cedo quando possível, para que se desenvolvam no plano físico sob o conhecimento da verdade. Auxilia-os a reconhecer desde cedo, que são agora seus filhos do coração, buscando reajustamento afetivo no lar, a fim de que não sejam traumatizados na idade adulta por revelações à base de violência, em que frequentemente se lhes acordam no ser as labaredas da afeição possessiva de outras épocas, em forma de ciúme e revolta, inveja e desesperação.


Efetivamente, amas aos filhos adotivos com a mesma abnegação com que te empenhas a construir a felicidade dos rebentos do próprio sangue. Entretanto, não lhes ocultes a realidade da própria situação para que não te oponhas à Lei de Causa e Efeito que os trouxe de novo ao teu convívio, a fim de olvidarem os desequilíbrios passionais que lhes marcaram a conduta em outro tempo.


Para isso, recorda que, em última instância, seja qual seja a nossa posição nas equipes familiares da Terra, somos, acima de tudo, filhos de Deus.

  

terça-feira, 8 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

TODOS JUNTOS - Chico Buarque

 Uma gata, o que é que tem?
- As unhas
E a galinha, o que é que tem?
- O bico
Dito assim, parece até ridículo
Um bicinho se assanhar
E o jumento, o que é que tem?
- As patas
E o cachorro, o que é que tem?
- Os dentes
Ponha tudo junto e de repente
Vamos ver no que é que dá
Junte um bico com dez unhas
Quatro patas, trinta dentes
E o valente dos valentes
Ainda vai te respeitar
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer
Uma gata, o que é que é?
- Esperta
E o jumento, o que é que é?
- Paciente
Não é grande coisa realmente
Prum bichinho se assanhar
E o cachorro, o que é que é?
- Leal
E a galinha, o que é que é?
- Teimosa
Não parece mesmo grande coisa
Vamos ver no que é que dá
Esperteza, Paciência
Lealdade, Teimosia
E mais dia menos dia
A lei da selva vai mudar
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer
E no entanto dizem que são tantos
Saltimbancos como nós

quinta-feira, 3 de março de 2011

A DROGA ACEITA - Marco Aurélio Rocha

As estatísticas são, com certeza, alarmantes.

No Brasil, de acordo com o levantamento do centro de informações sobre drogas psicotrópicas da UNIFESP, realizado em 2004, com alunos das redes públicas de ensino, o primeiro contato deles com o álcool se deu, em torno dos 12 anos.


E, ainda, 11,7% admitem que bebem com freqüência.


Por sua vez, pais igualmente consultados consideram que o consumo de álcool entre adolescentes é uma parte inevitável da adolescência.


Outros afirmam que não podem garantir que as festas que seus filhos freqüentam sejam livres de álcool.

Alguns pais até as promovem em seus lares, fornecendo as bebidas.

A associação médica americana descobriu, em uma pesquisa entre adolescentes, que um entre quatro jovens tinha ido a uma festa onde consumiram bebidas, na presença dos pais.


Admitem esses pais que preferem que seus filhos bebam sob sua supervisão.

A mãe de uma adolescente que beirou a morte, após ingestão de álcool, disse:

"eu preferiria que você tivesse se embriagado em casa. Aí, não cairia na rua. Subiria as escadas e desmaiaria na cama. Eu saberia que estava em segurança."


Esse tipo de comportamento, com certeza, não é aconselhável.


Não se trata de uma questão religiosa, como pensam muitos. Mas de preservar a integridade física e mental dos adolescentes.


Um professor de psiquiatria adolescente, da universidade de chicago, sugere aos pais:


1.qualquer que seja a idade de seu filho, deixe sua posição bem clara a respeito de bebidas. Não permita o seu uso.


2.unam-se! Faça um pacto com outros pais de não oferecer bebidas alcoólicas nas festas. Alertem uns aos outros sempre que descobrirem jovens bebendo.


3.faça um acompanhamento! Pergunte aos seus filhos como eles costumam passar o tempo e com quem. Não fique desconcertado se suas perguntas os incomodar.


É da natureza dos adolescentes gostar de correr riscos. Eles tentarão forçar a barra.


É bom que saibam que alguém está de olho neles.


Por fim, dê o exemplo. Não utilize bebida alcoólica.


Não se pode dizer ao jovem: "isto não é para você porque você não tem idade para beber."


Não utilizar bebida alcoólica não é questão de idade. É questão de se ter bom senso e desejar preservar o corpo e o espírito.


Beber é um hábito perigosamente nocivo. E, quando se trata de adolescentes, há a possibilidade de o álcool danificar o cérebro que ainda está em desenvolvimento.


A embriaguez deixa as pessoas muito mais vulneráveis a intoxicações alcoólicas, a ferimentos e agressões sexuais.


Sem se falar nos inúmeros acidentes de trânsito que infelicitam tantas vidas.


Pensemos que estamos cultivando o amanhã nas atitudes do hoje.


O que desejamos para nossos filhos: que se tornem campeões de levantamento de copos e canecas?


Ou que se tornem homens de bem, honrados, profissionais responsáveis, cidadãos que contribuam positivamente na sociedade?


Nas mãos dos pais repousa grande responsabilidade na condução da alma dos seus filhos.


Se fecharem os olhos, por comodismo ou pretensa modernidade, terão que arcar, no futuro, com as conseqüências dos seus atos.


Assim, não deixe para amanhã. Coloque regras hoje. Tenha uma conversa franca com seus filhos.


Mostre-lhes o benefício de manter a lucidez, a regra de bem viver todos os dias, todos os momentos.


E, principalmente: seja você o exemplo disso!