segunda-feira, 31 de maio de 2010

FELICIDADE REALISTA - autor desconhecido


A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor.. não basta termos alguém com quem podemos
conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar
pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente
apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes
inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos
sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o
que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você
pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um
parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando
se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção.
Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se
sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda,
buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato,
amar sem almejar o eterno.

Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as
regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Um abraço fraterno

sexta-feira, 28 de maio de 2010

MENSAGEM DE ESPERANÇA

Abençoa a aflição de agora. Ela te abre as portas do salão da paz.
 

Agradece a chuva de fel a cair sobre tua cabeça. ela fertiliza o solo da tua alma para a sementeira da luz.

Rejubila-te com o espinho cravado no coração. Ele te adverte dos perigos iminentes de todos os caminhos.
 

Sorri ante os obstáculos que te impedem o avanço. Eles expressam o valor da tua resistência que os vence lentamente, à medida que jornadeias em triunfo.

Medita em todas as coisas que causam preocupação e dano e retira da dificuldade a melhor parte, como abençoado adubo para o solo das tuas experiências cristãs.

Nenhuma alma jornadeia na Terra sem a contribuição da dor. Nenhum espírito avança para a luz sem conduzir dificuldades enleadas nos pés.Nenhum ser ascende para Deus sem a travessia do pantanal onde se demoram os homens...

Jesus veio para nortear a Humanidade, porque esta se encontrava perdida, presa ao matagal das paixões.
Todos temos um ontem perdido nos labirintos do crime, a enovelar-nos nas malhas da inquietude que se reflete hoje.

Guarda nalma a alegria inefável que se expressará num amanhã ridente e belo que te espera, após o triunfo sobre as vicissitudes.
 

Não te desesperes ante o desespero, não te aflijas junto à aflição, não te inquietes ao lado da inquietude, não te atormentes sob tormentos...

A planta que cresce é atraída pela luz, embora repouse sua sustentação na lama das raízes.
 

A linfa que dessedenta corre aos beijos do sol, embora flua da lama do solo.

O alimento que nutre traz lodo no cerne e o corpo que sustentas é feito de lama.
Mas é com esse material que a alma faz o vasilhame para, realizando a obra do bem, sobreviver.

Não chores, não sofras!

Mantém elevado o pensamento ao Senhor sem te envergonhares.
Alça-te à luz, mesmo que nada representes...

Além da ponte há muitas venturas aguardando por ti.
Além do abismo há luz esfuziante esperando pelo triunfo.

Luta, agora, vence logo.

Não dês tréguas ao mal, mesmo que ele seja partícula ínfima a toldar a visão do teu espírito. Combate-o, sem lhe dares alimento mental.
Todo meio incorreto jamais conduzirá a um fim reto.

Afugente a nostalgia, espanca a tristeza, surra a melancolia com as mãos ativas do trabalho edificante.
Lutar contra tentações não é somente uma atuação mental; é atividade produtiva na realização do bem.

Realiza tua obra em paz, certo de que estás em Jesus, e seguro de que Jesus está contigo.

E quando tudo parecer esmagar as tuas aspirações e os fardos do mundo pesarem demais sobre os teus ombros lembra-te d'Ele, na manjedoura humilde de desdenhada, para renovar a Humanidade inteira com a claridade inapagável do Seu infinito amor.

Evoca-O nas horas de amargura e sorri agradecendo a bênção do sofrimento.
Só as almas eleitas são tentadas; só elas têm forças para vencerem a tentação.

O cristão não se deve angustiar porque o erro lhe bate à força, nem se deve entristecer porque permitiu que o erro tivesse acesso ao coração... Deve alegrar-se quando expulsa o erro de dentro da casa íntima, mantendo júbilo porque o dominou, conservando a integridade do lar, ao invés de ser dominado pelo desequilíbrio que o afrontava...

Guarda a certeza, alma devotada ao bem, de que Jesus contigo é a vida radiosa e pura em esperança permanente, como mensagem de Deus, em bom ânimo e alento para a tua redenção.

E, disposto a não incidir no capítulo negativo que deve ficar esquecido, reúne as forças e avança resoluto, em demanda da mansão da serenidade que te aguarda, vitorioso, na caminhada do dever.

“Espírito e Vida”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis

terça-feira, 25 de maio de 2010

DIA NACIONAL DA ADOÇÃO

Em 1996, representantes dos 14 Grupos de Apoio à Adoção existentes no Brasil se reuniram em Rio Claro, interior de São Paulo, no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção, nos dias 24 e 25 de maio.

Na ocasião, os grupos elegeram o dia 25 de maio como o Dia Nacional da Adoção. Seis anos depois, o projeto de lei foi sancionado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso. Nasceu assim, oficialmente, o Dia Nacional da Adoção.

A adoção é uma experiência humana que demanda de todos os envolvidos, em suas múltiplas expressões, uma abertura permanente para o debate, para o estudo, para a troca de idéias e de experiências.

Os mitos precisam ser enfrentados e as verdades melhor compreendidas pelo conjunto da sociedade. Entendida como um direito da criança que perdeu a proteção de seus pais biológicos de ter uma família, a adoção é um processo que necessita de aperfeiçoamento contínuo em todas as suas etapas.
Necessita, também, de uma rede de apoio permanente, a fim de que pais e filhos adotivos não se sintam sozinhos na sua experiência particular de família constituída pelos laços do afeto e não pelos laços de sangue.

O principal entrave para solucionar o problema da  adoção no Brasil  não está exclusivamente na demora do poder Judiciário.
A maioria das pessoas cadastradas deseja uma criança sem ter problemas de saúde, da cor branca, do sexo feminino e recém nascida.
A Justiça encontra dificuldade para encaixar os casos com idades acima de oito anos, do sexo masculino, morenas, mulatas ou negras, pertencente a grupo de até quatro irmãos.

Sem dúvida, a adoção de uma criança maior reserva desafios ousados e um leque de possibilidades de satisfação, desde que a família possa ter a retaguarda pedagógica na troca de experiências dentro da participação em Grupos de Apoio à Adoção.

É importante lembrar que "A adoção não é a última maneira de se ter um filho, mas sim, outra forma de ser pai, de ser mãe".

Fonte: GAATA/Uol


"A adoção transcende a natureza. É um requinte da evolução do ser humano, quando acolhe o diferente do seu próprio gene e ama por amar, e não por obrigação biológica." (Jaime, 2000)


sábado, 22 de maio de 2010

DESTRALHE-SE - Carlos Solano

Estamos cansados de saber disso, mas é sempre bom:

relembrar... destralhar...


Já ouviu falar em toxinas da casa?
 
Pois são:
objetos que você não usa;
roupas que você não gosta ou não usa há um ano;
coisas feias;
coisas quebradas, lascadas ou rachadas;
velhas cartas, bilhetes;
plantas mortas ou doentes;
recibos, jornais, revistas;
remédios vencidos;
meias velhas;
sapatos estragados.
Ufa, que peso!

O "destralhamento" é a forma mais rápida de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias.

Com o destralhamento:
a saúde melhora;
a criatividade cresce;
os relacionamentos se aprimoram.

É comum se sentir:
cansado;
deprimido;
desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois existem fios invisíveis que
nos ligam à tudo aquilo que possuímos.

Outros possíveis efeitos do acúmulo e da bagunça:
sentir-se desorganizado;
fracassado;
limitado;
aumento de peso;
apegado ao passado.
 
No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga;
na entrada, restringem o fluxo da vida;
empilhadas no chão, nos puxam para baixo; 
acima de nós, são dores de cabeça;
sob a cama, poluem o sono.

Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se: 
por que estou guardando isso?
Será que tem a ver comigo hoje ?
O que vou sentir ao liberar isto?

E vá fazendo pilhas separadas:
para doar;
para jogar fora.

Para destralhar mais: 
livre-se de barulhos;
das luzes fortes;
das cores berrantes;
dos odores químicos;
dos revestimentos sintéticos.

E também:
libere mágoas;
pare de fumar;
diminua o uso da carne;
termine projetos inacabados.


"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser
impermanente", diz a sabedoria oriental.
O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado
instante presente.

Deng Ming-Dao 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

LIMITE ULTRAPASSADO - Anna Marina

Não há nada mais devastador para pais e mães do que ser colocados numa situação em que são obrigados a se perguntar o que houve para que aquele bebezinho fofo e sorridente se transformasse num adolescente ou jovem problemático. Muito provavelmente, é o que vem ocorrendo com os familiares do garoto de 13 anos acusado de praticar bullying (agressão física ou psicológica intencional e repetida) contra uma colega de sala.

Condenados, em primeira instância, a pagar uma indenização de R$ 8 mil à família da vítima, como informou ontem matéria assinada pelo repórter Paulo Henrique Lobato publicada na primeira página do caderno Gerais deste jornal, os pais do menino alegaram que foi dada uma “conotação exagerada e fantasiosa” sobre a relação entre o filho e a menina. O juiz encarregado até reconheceu que todos nós estivemos expostos a brincadeiras de mau gosto na juventude, mas afirmou que “há um limite que, se ultrapassado, pode gerar situações como a do caso dos alunos”.

É natural que os pais se recusem a admitir que seus filhos sejam capazes de torturar alguém psicologicamente, não só diante da Justiça, mas até para si mesmos. Inclusive porque, no fundo, não estão prontos para aceitar a possibilidade de que poderiam ter se empenhado mais na imposição de limites, ou ter sido menos rígidos, ou ter estado mais presentes na educação do garoto, ou em dar melhores exemplos a ele.

Há, no entanto, dois fatos incontestáveis que levam à conclusão de que tal posicionamento não é sensato. Em primeiro lugar, pais são seres humanos, logo imperfeitos e falíveis, mesmo quando dão o melhor de si; depois, o menino está realmente encrencado, seja qual tenha sido sua intenção na série de incidentes que levaram à sentença judicial, e precisa de ajuda. Em vez de tentar provar aos outros e a si mesmo que ele é um garoto do bem, quem sabe não seria mais racional e produtivo que se dedicassem a encontrar formas de “torcer o pepino” enquanto ainda é tempo? Estariam, assim, cumprindo o dever de zelar pelo futuro daquele por quem são responsáveis. Claro que têm, também, o direito de tentar provar à Justiça que as coisas não são bem como parecem ser. Só que esse não é o foco principal da questão.

Importante mesmo é entender o que faz com que o menino aja dessa maneira. Entre as causas mais frequentes para que uma criança ou jovem assuma esse tipo de comportamento, de acordo com o livro Proteja o seu filho do bullying: impeça que ele maltrate os colegas ou seja maltradado por eles, do professor americano Allan Beane, especialista no assunto (Editora BestSeller), estão, nesta ordem, a necessidade de poder e controle, a vontade de ferir o outro, a expressão de sentimentos de raiva, insegurança, solidão e “diversão”. Difícil escolher qual das possibilidades é mais assustadora.

De qualquer maneira, é positivo que o caso tenha sido acolhido como o foi pela Justiça. O alerta está dado: não há mais como minimizar a agressividade das crianças usando a velha justificativa de que elas são mesmo bem cruéis às vezes, sob pena de ter complicações com a lei. À medida que o recado for sendo captado pela sociedade, bullies e suas vítimas terão a atenção e a ajuda profissional de que necessitam e que merecem e, consequentemente, a chance de ultrapassar episódios dolorosos como esse sem traumas permanentes. (Sílvia Laporte, interina)

anna.marina@uai.com.br

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O TEMPO DE GANDHI - Jayme Coptein



Todo mundo conhece a anedota atribuída a Gandhi, em que, instado por um guia a se apressar no metrô de Londres para ganhar um minuto, perguntou: “E o que se faz com esse minuto?”

Pois agora cientistas alemães do Instituto Max Born, equipe do professor Günter Steinmeyer, acabam de medir o menor intervalo de tempo já registrado até agora: um “attossegundo”. Equivale a 0,000000000000000001 segundo.

O Portal Inovação Tecnológica, que publicou a informação, fez comparações interessantes: um piscar de olhos corresponde ao próprio conceito humano de eternidade quando comparado ao attossegundo: ele está para 1 segundo assim como 1 segundo está para a idade do Universo (em torno de 13 bilhões de anos).

Com toda a certeza, não há de faltar filósofo em nossos melhores botequins – e também nos piores – que faça piada, plagiando Gandhi: “E o que se faz que esse attosegundo?”
Os alemães do Instituto Max Borne sabem o que fazer: comprimir informações neste intervalo de tempo para aumentar a velocidade da transmissão de dados para 100 terabytes por segundo. Ou seja, no tempo gasto para se dizer um-dois, será possível transmitir através da Internet, muitas e muitas vezes o conteúdo de todos os livros da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, uma das maiores do mundo.

Segundo a anedota, Gandhi apenas perdeu uma viagem. Quem não conseguir entender o que se pode fazer com um attosegundo, vai perder é o trem da história. 


Fonte:http://www.jaymecopstein.com.br/

terça-feira, 18 de maio de 2010

SIRICUTICOS E TREMELIQUES - Marli Gonçalves

Adoro palavras. Às vezes guardo no arquivo do cérebro algumas ouvidas e lidas aqui e ali; outras, fico tempos rodando com elas. Muitas são musicais; outras, fortes definições. Duas das minhas palavras de estimação são sentimentos. E que você também pode estar tendo, acredite.

Estar com siricutico significa estar ansioso (a), nervoso (a), curioso (a) ou as três coisas ao mesmo tempo. Na internet tem um dicionário informal das palavras, onde encontrei essa ótima definição de estado de espírito. Aí tive um tremelique. Tremelique é susto, surto, arrepio, visão, pensamento rápido. Sensação sentida. Siricutico , por sua vez é cerebral. O siricutico é igual coceira. E o tremelique, esse pode provocar arrepios.

Ansiosa, nervosa e curiosa sobre o que vai acontecer. Não só aqui no arraial, mas no quintal do país, do mundo. E sentindo tremeliques a cada notícia, seja política, esportiva, internacional, ou econômica. Parece que nada está firme na face da Terra, e que de vez em quando ela sacode e gira ao contrário. Dá até certa tontura, um enjoo, já percebeu? Tenho até medo de desenvolver uma gastrite por conta de tantas azedices. Ouvir, por exemplo, a coisa sendo comparada ao Nelson Mandela pelo cara que acha que pode até com as maldades do Irã, e não aguenta nem arrumar a própria casa: isso dá siricutico. E tremeliques nervosos, que nem mais tiques são.

Agora vejam só quem voltou, e ao que parece, mais loura e descabeçada ainda: a Marta Suplicy. Vejam se não é para ter tremelique, siricutico. Ela ousou, digo ousou, para defender Dilmão, tentar puxar o Fernando Gabeira para um debate que ela sabe muito bem que não é este. Afirmou na festa dos seus amigos estrelas vermelhas Mercadanteadas (vejam onde!):" Esse sim sequestrou. Eu não estou desrespeitando ele, ao contrário, mas ele sequestrou. Ele era o escolhido para matar o embaixador. Ninguém fala porque o Gabeira é candidato ao governo do Rio e se aliou com o PSDB. Então ninguém fala", disse a Dona Marta, pré-candidata ao Senado, em São Paulo, na chapa com Mercadante.

Outra vez, Marta? Ainda não aprendeu que essa sua empáfia está te cegando e, o que é pior, emburrecendo você e fazendo as pessoas perderem as gotas de respeito que ainda pingam por aí? Vai dizer que não disse o que disse e que a imprensa entendeu errado?

Dona Marta, o Gabeira já passou dessa fase de esquerda infantil da qual vocês não conseguem se livrar, e não só pagou muito caro pela escolha da luta armada no próprio corpo, na própria vida. Foi mais longe. Por isso é respeitado. Ao contrário de entre outros muitos aí do seu lado, do companheiro Franklin Martins que também estava lá e que vive sempre batendo o pezinho, pronto só a reclamar o passado, a autoria dos bilhetes "revolucionários". Quando ele tentou mexer com o Gabeira, logo se aquietou. Ah, aliás: José Dirceu e muitos outros foram libertados graças a esta ação. E não sei de onde a senhora tirou que ele era o escolhido para matar o embaixador. Esse livro não li. E não foi bem o que o embaixador disse ao ser libertado; nem o que expressou à sua família.

Linda a resposta dele para a senhora, Dona Marta:" Vou ignorá-la. Como ela merece, de uns anos para cá".

Gabeira é homem contemporâneo, de coragem, de posições firmes e inovadoras. A sua Dilma - seja ela quem for - não progrediu, não cresceu, não virou gente. A cada vez que se mostra é apenas um poço de contradições. Ela não sabe se vai ou se fica. Como diria meu pai, não desenha nem um " ó" na areia. Acho que você foi contaminada, Marta. E por isso você me dá siricutico, tremelique. E eu tenho vontade de saracotear.

Teremos de ficar os próximos meses tentando nadar cachorrinho, com a cabeça fora d’água. É o Brasil com a bola no pé, ufanista, verde e amarelo, em cada esquina, em cada produto, em cada conversa, em promoções mirabolantes, como se realmente fosse essa a coisa mais importante.

É ano eleitoral, o Brasil com o título (de eleitor) na mão, sem treino técnico adequado, sem uma boa seleção de candidatos, com uma legislação antiquada e incapaz de atender aos reais preceitos da democracia.

E ainda por cima essa argumentação rasteira que chega nos discursos.Vai ser difícil.
São Paulo, pleno inferno astral, remelexos de todos os lados.


Marli Gonçalves, jornalista. Se pudesse, iria sarabandar por aí. 


Fonte: http://www.jaymecopstein.com.br/

domingo, 16 de maio de 2010

RECONHECER O ABUSO - Patrícia Espírito Santo

Desde que o mundo se tornou civilizado e ganhou regras, a sociedade sofre com a pedofilia. O assédio de menores por maiores assusta. E não é para menos

Na última semana, ouvi no rádio comentário de um clérigo brasileiro sobre as acusações de abuso sexual que pairam sobre a Igreja Católica. Ele afirmava que “a sociedade atual é pedófila”, numa tentativa de justificar o fato de que na igreja também existem pessoas com transtornos sexuais. Pena que recorreu a essa tese para amenizar o “pecado”, ao argumentar que pesquisas comprovam que, entre os pedófilos, apenas 0,5% são sacerdotes. Ou seja, o problema deve ser combatido fora de seus muros.

Sem dúvida, esse dado não é comprovável, nem tampouco estatísticas levantadas com outras categorias profissionais. Um pedófilo não se declara assim tão facilmente. Também são muitos os casos de pedófilos que são descobertos e não veem seus nomes serem transformados em números oficiais. Não é esse, porém, o ponto que mais importa.

De fato, desde que o mundo se tornou civilizado e ganhou regras, a sociedade sofre com a pedofilia. Desde quando o relacionamento sexual de adultos com crianças e adolescentes foi proibido, e considerado um transtorno a ser combatido como crime grave, o assédio e o abuso de menores por maiores assustam. E não é para menos.

Combater a pedofilia se torna mais difícil quando não reconhecemos a sua existência bem ao nosso lado. Ou seja, o mais importante não é dizer que são poucos os pedófilos que estão na Igreja. É preciso reconhecer que eles podem estar na Igreja, nas escolas, nos clubes, nos circos, nas academias de ginástica e esportes, entre os integrantes de equipes de recreação, nas clínicas médicas; enfim, em qualquer canto, sem excluir a família.

Não precisamos nos transformar em adultos neuróticos e passar a proibir crianças e jovens de transitarem tranquilos e relaxados por locais que lhes são aprazíveis e aparentemente saudáveis. O melhor é instruí-los quanto aos perigos que correm caso se deparem com alguma atitude suspeita. Eles precisam saber claramente onde reside o limite entre um carinho amigável e um toque invasivo ou uma proposta de caráter sexual.

Muitas vezes, a criança não consegue entender o que lhe ocorreu, principalmente quando é vítima de abordagens sutis. Um beijo melado na face, uma lambida no rosto de natureza libidinosa só serão realmente reconhecidos como envoltos de intenções sexuais se a vítima tiver parâmetros capazes de lhe indicar o que é adequado e o que não é. Caso contrário, ela fica na dúvida e acaba “permitindo” avanços que tornarão sua vida insustentável.

Não deveríamos ter medo ou vergonha de conversar com elas. Todo mundo é capaz de encontrar palavras e termos adequados para serem falados sem traumatizar crianças de qualquer idade. O mais simples, sem fantasias e delongas, costuma ser o caminho mais eficaz e mais fácil de ser tomado.

Outro ponto importante é que crianças e adolescentes devem saber que, por maior e mais assustadora que seja a ameaça que um abusador possa fazer, maior ainda é a capacidade e a coragem de reação daqueles que zelam por eles.

E entre esses o Estado e as Igrejas deveriam se equipar para serem incluídos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

HOJE CONTINUA SENDO O SEU DIA, MINHA MÃE


" SENHORA MÃE
DIVINA LUZ
CLARA MANHÃ
QUE NOS CONDUZ
AOS CÉUS,
ESTRELA SOBERANA
MARIA, MÍRIAM,
ME CHAMA
ACALMA E BANHA
A MINHA POBRE ALMA
NAS ÁGUAS DO
SEU CORAÇÃO"

terça-feira, 11 de maio de 2010

CAMPANHA PUBLICITÁRIA EM SÃO PAULO - Citibank






"Crie filhos em vez de herdeiros."





 "Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."


"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."

"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."

"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."

"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"

"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."

"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."

"...e quem sabe assim você seja promovido a melhor (amigo/pai/mãe/filho/
/filha/namorada/namorado/marido/esposa/irmão/irmã... etc.) do mundo!"

"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."
 

domingo, 9 de maio de 2010

DIA DAS MÃES














DIA 10  DE  MAIO  DE  2009

terça-feira, 4 de maio de 2010

MATINAS - Neide Archanjo

Alegra-me este setembro
com rosto de agosto:
céu plúmbeo ventos arados
algumas chuvas crescendo
figos úmidos e brandos e afáveis
mais estes insetos em bonança
gordos gatos.

Deus sorri
e deslocam-se ângulos
presenças
estados de espírito.
Renascem lembranças.

No corpo
o pássaro da pele
emplumado canta.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O VALIOSOS TEMPO DOS MADUROS - Mário de Andrade

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!


sábado, 1 de maio de 2010

Tus manos son para proteger

O QUE TODOS DEVERIAM SABER SOBRE A PSICOPATIA

O que é um psicopata?
Cercada de mitos, a psicopatia nem sempre está associada à violência e, ao contrário do que se imagina, pode ser tratada
por Scott O. Lilienfeld e Hal Arkowitz




O termo “psicopata” caiu na boca do povo, embora na maioria das vezes seja usado de forma equivocada. Na verdade, poucos transtornos são tão incompreendidos quanto a personalidade psicopática.

Descrita pela primeira vez em 1941 pelo psiquiatra americano Hervey M. Cleckley, do Medical College da Geórgia, a psicopatia consiste num conjunto de comportamentos e traços de personalidade específicos. Encantadoras à primeira vista, essas pessoas geralmente causam boa impressão e são tidas como “normais” pelos que as conhecem superficialmente.

No entanto, costumam ser egocêntricas, desonestas e indignas de confiança. Com freqüência adotam comportamentos irresponsáveis sem razão aparente, exceto pelo fato de se divertirem com o sofrimento alheio. Os psicopatas não sentem culpa. Nos relacionamentos amorosos são insensíveis e detestam compromisso. Sempre têm desculpas para seus descuidos, em geral culpando outras pessoas. Raramente aprendem com seus erros ou conseguem frear impulsos.
Não é de surpreender, portanto, que haja um grande número de psicopatas nas prisões. Estudos indicam que cerca de 25% dos prisioneiros americanos se enquadram nos critérios diagnósticos para psicopatia. No entanto, as pesquisas sugerem também que uma quantidade considerável dessas pessoas está livre. Alguns pesquisadores acreditam que muitos sejam bem-sucedidos profissionalmente e ocupem posições de destaque na política, nos negócios ou nas artes.

Especialistas garantem que a maioria dos psicopatas é homem, mas os motivos para esta desproporção entre os sexos são desconhecidos. A freqüência na população é aparentemente a mesma no Ocidente e no Oriente, inclusive em culturas menos expostas às mídias modernas. Em um estudo de 1976 a antropóloga americana Jane M. Murphy, na época na Universidade Harvard, analisou um grupo indígena, conhecido como inuíte, que vive no norte do Canadá, próximo ao estreito de Bering. Falantes do yupik, eles usam o termo kunlangeta para descrever “um homem que mente de forma contumaz, trapaceia e rouba coisas e (...) se aproveita sexualmente de muitas mulheres; alguém que não se presta a reprimendas e é sempre trazido aos anciãos para ser punido”. Quando Murphy perguntou a um inuit o que o grupo normalmente faria com um kunlangeta, ele respondeu: “Alguém o empurraria para a morte quando ninguém estivesse olhando”.

O instrumento mais usado entre os especialistas para diagnosticar a psicopatia é o teste Psychopathy checklist-revised (PCL-R), desenvolvido pelo psicólogo canadense Robert D. Hare, da Universidade da Colúmbia Britânica. O método inclui uma entrevista padronizada com os pacientes e o levantamento do seu histórico pessoal, inclusive dos antecedentes criminais. O PCL-R revela três grandes grupos de características que geralmente aparecem sobrepostas, mas podem ser analisadas separadamente: deficiências de caráter (como sentimento de superioridade e megalomania), ausência de culpa ou empatia e comportamentos impulsivos ou criminosos (incluindo promiscuidade sexual e prática de furtos).
Três mitos

Apesar das pesquisas realizadas nas últimas décadas, três grandes equívocos sobre o conceito de psicopatia persistem entre os leigos. O primeiro é a crença de que todos os psicopatas são violentos.

Estudos coordenados por diversos pesquisadores, entre eles o psicólogo americano Randall T. Salekin, da Universidade do Alabama, indicam que, de fato, é comum que essas pessoas recorram à violência física e sexual. Além disso, alguns serial killers já acompanhados manifestavam muitos traços psicopáticos, como a capacidade de encantar o interlocutor desprevenido e a total ausência de culpa e empatia. No entanto, a maioria dos psicopatas não é violenta e grande parte das pessoas violentas não é psicopata.

Dias depois do incidente da Universidade Virginia Tech, em 16 de abril de 2007, em que o estudante Seung-Hui Cho cometeu vários assassinatos e depois se suicidou, muitos jornalistas descreveram o assassino como “psicopata”. O rapaz, porém, exibia poucos traços de psicopatia. Quem o conheceu descreveu o jovem como extremamente tímido e retraído.
Infelizmente, a quarta edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV-TR) reforça ainda mais a confusão entre psicopatia e violência. Nele o transtorno de personalidade anti-social (TPAS), caracterizado por longo histórico de comportamento criminoso e muitas vezes agressivo, é considerado sinônimo de psicopatia. Porém, comprovadamente há poucas coincidências entre as duas condições.
O segundo mito diz que todos os psicopatas sofrem de psicose. Ao contrário dos casos de pessoas com transtornos psicóticos, em que é freqüente a perda de contato com a realidade, os psicopatas são quase sempre muito racionais. Eles sabem muito bem que suas ações imprudentes ou ilegais são condenáveis pela sociedade, mas desconsideram tal fato com uma indiferença assustadora. Além disso, os psicóticos raramente são psicopatas.

O terceiro equívoco em relação ao conceito de psicopatia está na suposição de que é um problema sem tratamento. No seriado Família Soprano, dra. Melfi, a psiquiatra que acompanha o mafioso Tony Soprano, encerra o tratamento psicoterápico porque um colega a convence de que o paciente era um psicopata clássico e, portanto, intratável. Diversos comportamentos de Tony, entretanto, como a lealdade à família e o apego emocional a um grupo de patos que ocuparam a sua piscina, tornam a decisão da terapeuta injustificável.

Embora os psicopatas raramente se sintam motivados para buscar tratamento, uma pesquisa feita pela psicóloga Jennifer Skeem, da Universidade da Califórnia em Irvine, sugere que essas pessoas podem se beneficiar da psicoterapia como qualquer outra. Mesmo que seja muito difícil mudar comportamentos psicopatas, a terapia pode ajudar a pessoa a respeitar regras sociais e prevenir atos criminosos.