quinta-feira, 11 de junho de 2009

PARA SE DIVERTIR - SOU ARTÓLOGA - Marisa Martins



Existirá maior tormento do que não poder usufruir desse manjar dos deuses, sem controle?


SOU ARTÓLATRA!




Confesso. Sou artólatra desde a infância! Não tenho culpa, porém, de carregar o estigma cruel. É herança atávica, milenar. Leva-me à compulsão, causando alterações físicas.
Não, não me julguem. Sei que muitos penam com a artolatria. Por prazer ou necessidade. Pela abundância ou carência.
Companheiros de desdita, ouçam-me! Não somos portadores de tara, vício ou algo assemelhado. Fazemos parte da humanidade, simplesmente.
E, assim, ó, fatalidade, adoramos o... PÃO!
Se tivesse estudado grego mataria, de cara, a palavra cruzada que me fez consciente de que Artos=pão, e latria=culto, adoração. Já descobrira, na mesma palavra cruzada, que sou edaz=comilona. Logo, uma artólatra edaz.
O suspense malicioso não foi apenas para dizer da fissura por pão de qualquer tipo: sovado, integral, italiano, sírio, indiano, árabe, baguete, cacetinho, de milho, queijo, aipim, cenoura, batata, abóbora. Nem que os comeria de hora em hora, do café ao jantar.
O x da questão está no sofrimento que a artolatria causa.
Nas viagens de motocasa ao Nordeste sonho, desde a partida, na passagem pelo estado do Rio, da região dos lagos até Campos. Maravilhosos painéis indicam:- A tantos metros, PÃO COM LINGÜIÇA; - O melhor PÃO COM LINGÜIÇA da BR-101; PÃO COM LINGÜIÇA da roça... Vontade de parar em todos.
Ora, direis, a solução é não abusar.
Sei disso, mas como, se meu principal hobby doméstico é, justamente, fazer pão?
Sintam o perfume do pão assando. Peguem-no, quentinho. Cortem uma fatia dourada, fofa. Espalhem manteiga e deixem que se desfaça. Huuumm...
Existirá maior tormento do que não poder usufruir desse manjar dos deuses, sem controle?
Para completar o masoquismo, coleciono receitas de pães, invento misturas com grãos, farinhas, legumes. E fico ali, salivando, sentindo o sabor pela imaginação.
Todo esse culto exige grande sacrifício. E-mo-cio-nal.
Eu, hein? Além de sofrer o castigo de não poder me esbaldar, desgastar-me-ia também fisicamente?
Nananinão! Posso ser artólatra, mas não boba. É sem amassar, amassar, sovar, sovar, abrir, sovar.
Meus lindos objetos de adoração saem enooooormes, macios, cheirosos... de uma máquina de fazer pão!
Artolatria esperta...
PS – Quem me visita leva um pão, de presente. Para quem me convida, levo um pão. Logo enviarei pedidos por Sedex, para chegarem fresquinhos...
Artólatras, candidatem-se!


Gente, esteemeujeito, adooro pão!

2 comentários:

  1. Primeira!!! kk

    Oba! oba! oba! oba!...Quero um de Linguiça com direito no recheio catupiry pode ser???rsrs
    Tbm adoro pão! nossa...quentinho neste frio com uma manteiguinha derrentendo?!...nossa que fome!

    Vou fazer parte do bordão!

    Querida, este é meu jeito tbm...é nem um pouco preocupada com o lado engordiet do problema...o importante hj é ser feliz...

    Bora lá comer pão!!

    rs

    Bjo...ótimo final de semana!

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  2. Ah eu tb adoro pão quentinho e pra facilitar tenho a maquina tb, ai aguenta comer pãoooooo. Bjs

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Obrigada por deixar o seu jeito.