segunda-feira, 9 de maio de 2011

A ORAÇÃO DE CADA DIA - Déa Januzzi

Desejo a todas as mães, nesse dia, o presente de ter filhos saudáveis, que caminhem com os próprios pés e voem com as asas abertas pelo céu de brigadeiro e que sempre encontrem pouso no ninho dos seus braços quando sentirem cansaço da jornada da vida.


Desejo a todas as mães que não façam da dor uma bandeira, mesmo que seja tão profunda que esteja enterrada nas entranhas. Que as mães possam descansar de vez em quando até mesmo da dor, que deem colo para si mesmas, que embalem os próprios sonhos e projetos de vida. Que segurem com força a esperança de viver hoje, agora, neste momento, que não deixem para depois a alegria de ser mãe e de ver os filhos abandonando a casa para construir um outro caminho.


Desejo a todas as mães, inclusive as de Realengo, no Rio de Janeiro, que consigam dormir sem pesadelos pelo menos uma noite, se for possível. Que encontrem de novo a paz que lhes foi roubada.


Desejo às mães mais velhas que encontrem asilo no coração dos filhos. E que especialmente hoje possam se sentar na cadeira de balanço das suas melhores lembranças. Que possam tecer o cotidiano com os fios de seda.


Desejo às mães doentes que encontrem o remédio, o bálsamo, a cura para todos os males, até mesmo os internos. Que consigam retirar os espinhos com as mãos e plantar flores no mesmo lugar, para que um dia floresçam em todas as cores.


Desejo às mães que sofrem, às atormentadas, que encontrem alívio na certeza de que não há receita para educar e que a paz virá depois de tudo.


Desejo às mães que estão sozinhas neste dia uma comemoração especial, um almoço diferente para si mesmas, porque todas merecem. Que as mães possam, neste dia, passar a alma a limpo, fazer uma faxina dos sentimentos, acender velas e colocar flores no altar interno de cada uma.


Desejo a todas as mães que descansem da batalha de todos os dias e que se sintam felizes de ser mães. Só as mães sabem as alegrias e angústias de cada dia. Que as mães sejam ungidas pelos óleos essenciais, pelo perfume dos incensos, que recebam braçadas de flores, porque são as coisas simples que esbarram na perfeição. Que as mães possam rir neste dia, mesmo que o choro fique engasgado na garganta.


Desejo que as mães sejam protagonistas de belas histórias, mesmo que o cenário não pareça o melhor, mesmo que as cortinas não se abram, mesmo que não haja plateia, hoje elas merecem aplausos.


Desejo às mães as bênçãos de todos os passos, de cada trecho do caminho. Desejo que as mães não carreguem a culpa nem o medo nem a insegurança nem a tristeza. Que elas saibam que os erros são para burilar a alma. Mesmo que todo o tecido esteja esgarçado ainda tem jeito de costurar, de remendar, de bordar um detalhe a mais, artesanalmente, um ponto depois do outro.


Desejo às mães uma colcha com fuxicos coloridos para cobrir cada inverno com o calor que vem de dentro, como se fosse uma lareira acesa, um lume, um facho a iluminar as noites mais frias. Que as mães tenham, neste dia, a sensação de pertencimento e possam descobrir as canções submersas.


Desejo às mães jovens que consigam parir um novo mundo e que sejam loucas o suficiente para não cair na mesmice, que promovam o amanhã. E, se preciso, que tenham um tempinho para abortar a violência, o sofrimento e o mal-estar que vem assolando o universo.


Que as mães tenham fé e acreditem na mudança que já está aí, que tenham olhos para ver no escuro. Que adotem um novo jeito de viver, que mostrem aos filhos que ainda dá tempo, que é possível viver sem peso, sem a marca da cruz e dos pregos.


Desejo às mães que partiram, a certeza de que conseguiram deixar uma herança maior que está enraizada em cada filho.


Desejo a todas as mães o colo de Deus, do sagrado que mora dentro de cada uma. Desejo às mães anciãs que rezem pelo planeta e mantenham a sabedoria própria da idade. Que elas consigam passar para as gerações futuras todo o conhecimento, a ecalma e a paciência que usurparam da vida.
Desejo, neste dia, um café da manhã quentinho, o milagre do pão compartilhado por todas as mães que formam o grande círculo feminino.

Desejo a todas as mães, nesse dia, o presente de ter filhos saudáveis, que caminhem com os próprios pés e voem com as asas abertas pelo céu de brigadeiro e que sempre encontrem pouso no ninho dos seus braços quando sentirem cansaço da jornada da vida.

Desejo a todas as mães que não façam da dor uma bandeira, mesmo que seja tão profunda que esteja enterrada nas entranhas. Que as mães possam descansar de vez em quando até mesmo da dor, que deem colo para si mesmas, que embalem os próprios sonhos e projetos de vida. Que segurem com força a esperança de viver hoje, agora, neste momento, que não deixem para depois a alegria de ser mãe e de ver os filhos abandonando a casa para construir um outro caminho.

Desejo a todas as mães, inclusive as de Realengo, no Rio de Janeiro, que consigam dormir sem pesadelos pelo menos uma noite, se for possível. Que encontrem de novo a paz que lhes foi roubada.

Desejo às mães mais velhas que encontrem asilo no coração dos filhos. E que especialmente hoje possam se sentar na cadeira de balanço das suas melhores lembranças. Que possam tecer o cotidiano com os fios de seda.

Desejo às mães doentes que encontrem o remédio, o bálsamo, a cura para todos os males, até mesmo os internos. Que consigam retirar os espinhos com as mãos e plantar flores no mesmo lugar, para que um dia floresçam em todas as cores.

Desejo às mães que sofrem, às atormentadas, que encontrem alívio na certeza de que não há receita para educar e que a paz virá depois de tudo.

Desejo às mães que estão sozinhas neste dia uma comemoração especial, um almoço diferente para si mesmas, porque todas merecem. Que as mães possam, neste dia, passar a alma a limpo, fazer uma faxina dos sentimentos, acender velas e colocar flores no altar interno de cada uma.

Desejo a todas as mães que descansem da batalha de todos os dias e que se sintam felizes de ser mães. Só as mães sabem as alegrias e angústias de cada dia. Que as mães sejam ungidas pelos óleos essenciais, pelo perfume dos incensos, que recebam braçadas de flores, porque são as coisas simples que esbarram na perfeição. Que as mães possam rir neste dia, mesmo que o choro fique engasgado na garganta.

Desejo que as mães sejam protagonistas de belas histórias, mesmo que o cenário não pareça o melhor, mesmo que as cortinas não se abram, mesmo que não haja plateia, hoje elas merecem aplausos.

Desejo às mães as bênçãos de todos os passos, de cada trecho do caminho. Desejo que as mães não carreguem a culpa nem o medo nem a insegurança nem a tristeza. Que elas saibam que os erros são para burilar a alma. Mesmo que todo o tecido esteja esgarçado ainda tem jeito de costurar, de remendar, de bordar um detalhe a mais, artesanalmente, um ponto depois do outro.

Desejo às mães uma colcha com fuxicos coloridos para cobrir cada inverno com o calor que vem de dentro, como se fosse uma lareira acesa, um lume, um facho a iluminar as noites mais frias. Que as mães tenham, neste dia, a sensação de pertencimento e possam descobrir as canções submersas.

Desejo às mães jovens que consigam parir um novo mundo e que sejam loucas o suficiente para não cair na mesmice, que promovam o amanhã. E, se preciso, que tenham um tempinho para abortar a violência, o sofrimento e o mal-estar que vem assolando o universo.

Que as mães tenham fé e acreditem na mudança que já está aí, que tenham olhos para ver no escuro. Que adotem um novo jeito de viver, que mostrem aos filhos que ainda dá tempo, que é possível viver sem peso, sem a marca da cruz e dos pregos.

Desejo às mães que partiram, a certeza de que conseguiram deixar uma herança maior que está enraizada em cada filho.

Desejo a todas as mães o colo de Deus, do sagrado que mora dentro de cada uma. Desejo às mães anciãs que rezem pelo planeta e mantenham a sabedoria própria da idade. Que elas consigam passar para as gerações futuras todo o conhecimento, a ecalma e a paciência que usurparam da vida.
Desejo, neste dia, um café da manhã quentinho, o milagre do pão compartilhado por todas as mães que formam o grande círculo feminino.

Um comentário:

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