Neste domingo, gostaria de ressuscitar coisas esquecidas no baú da desesperança. Como a minha amiga Carol, vou cantar uma música de surgir, dessas que começam baixinho, vão aumentando o som até explodir e tomar conta de todo o ambiente. Ninguém mais depois dessa música consegue ficar sem dançar até subir aos céus. Gostaria de ressuscitar o sagrado feminino que a Igreja abortou. E dar lugar a Maria Madalena, seja na Santa Ceia, nos ombros de Cristo ou na vida de todas as mulheres excluídas.
Quero repetir como o pensador Leon Tolstói que o reino de Deus está dentro de nós, com todas as bênçãos e bem-aventuranças, que não dá para ficar procurando a esperança dentro de templos. A esperança anda de mãos dadas com cada um de nós. Assim como o entusiasmo e a paixão de viver não estão expostos, mas ficam guardados no altar interno da gente. É o impulso que faz a gente acordar ou levantar a cada manhã.
A Igreja dos sonhos da gente é ecumênica, sem dogmas, mas tem um jeito de paraíso eterno e se parece com um ninho que acolhe a todos e espanta as tristezas e amarguras da gente. Neste domingo, gostaria de pedir ajuda às cozinheiras com mãos de fada para que confeccionem um bolo especial, confeitado com estrelas, para matar as frustrações da infância que deixaram Cybelle com a boca cheia d’água e o olho comprido para as mesas de aniversário de amigos. Ela tem loucura por bolos e, nesta Páscoa, precisa ganhar um especial com novas e ousadas emoções.
Neste domingo, vou ressuscitar a mais-valia de Janaína, a professora de dança cigana que tem a escola Carruagem do Vento. Janaína vai expurgar os amores impossíveis e ressuscitar o homem dos seus sonhos, que tem de se parecer com ela, que tem fé e dá rodopios com a saia e desperta o lado cigano da gente. Com Helena Lopes vou tomar um vinho e degustar o bacalhau que ela não conseguiu trazer de Portugal e passar pela alfândega. Helena será convidada para a ceia da ressurreição.
Vou convidar ainda dona Lourdes, que mora no Bairro Colégio Batista, para renascer, mesmo que o filho Toninho tenha partido e a deixado tão desolada. Nesta Páscoa, dona Lourdes, deixe a tristeza de lado e vamos voar até Vitória e sussurrar aos ouvidos de Herbert, seu outro filho, a doce música da amizade eterna.
Neste domingo, darei para Luiza os ovos da gratidão, para que ela possa entender o sentimento da Páscoa por todo o ano. Vou fazer como Luiza, que outro dia avisou à mãe que ia fazer uma viagem muito longa para o céu, para ver como estava tudo por lá com o tio e os bisavós que já se foram. Vou dar à Luiza uma Páscoa com gosto de chocolate e de alegria. Páscoa tem jeito de criança, tem cara de Luiza, tem jeito de brincadeira séria porque ressuscita o que há de melhor dentro da gente.
Neste domingo, vou mandar um recado para Ana Carolina, minha sobrinha, que carrega dentro de si a luz do amanhã, o futuro que já aparece no ultrassom com jeito de menina. A Páscoa se parece com a gestação, pois consegue ressuscitar os sonhos de Rosina, mãe de Ana Carolina, que estavam adormecidos dentro dela havia algum tempo. Nesta Páscoa, vou falar para Rosina que daqui a alguns meses a alegria estará sentada à sua mesa outra vez.
Vou brindar com Mesquita, que também não faz discursos vazios, mas carrega dentro de si a centelha divina, que chega até o coração amargurado dos jovens excluídos. Nesta Páscoa, vou dizer a Alysson para alçar voo seguro até Barcelona, que os anjos da terra e do céu vão segurar as asas do avião nos próprios braços.
Neste domingo, vou substituir palavras que ferem por outras que consolam, que abrigam e que protegem. Vou despregar da cruz o martírio de todo dia e levantar a tampa do sepulcro dos humilhados e ofendidos, dos que padecem da dor. Vou dar um ovo de Páscoa enorme para a minha leitora Edmea Moreira Machado, que sempre me escreve sobre as sombras que desceram sobre sua vida, depois da morte da filha, aos 30 anos, em um trágico acidente. Vou decretar que, a partir desta Páscoa, os filhos não podem morrer antes das mães e que, neste domingo, elas possam ressurgir das cinzas
Quero repetir como o pensador Leon Tolstói que o reino de Deus está dentro de nós, com todas as bênçãos e bem-aventuranças, que não dá para ficar procurando a esperança dentro de templos. A esperança anda de mãos dadas com cada um de nós. Assim como o entusiasmo e a paixão de viver não estão expostos, mas ficam guardados no altar interno da gente. É o impulso que faz a gente acordar ou levantar a cada manhã.
A Igreja dos sonhos da gente é ecumênica, sem dogmas, mas tem um jeito de paraíso eterno e se parece com um ninho que acolhe a todos e espanta as tristezas e amarguras da gente. Neste domingo, gostaria de pedir ajuda às cozinheiras com mãos de fada para que confeccionem um bolo especial, confeitado com estrelas, para matar as frustrações da infância que deixaram Cybelle com a boca cheia d’água e o olho comprido para as mesas de aniversário de amigos. Ela tem loucura por bolos e, nesta Páscoa, precisa ganhar um especial com novas e ousadas emoções.
Neste domingo, vou ressuscitar a mais-valia de Janaína, a professora de dança cigana que tem a escola Carruagem do Vento. Janaína vai expurgar os amores impossíveis e ressuscitar o homem dos seus sonhos, que tem de se parecer com ela, que tem fé e dá rodopios com a saia e desperta o lado cigano da gente. Com Helena Lopes vou tomar um vinho e degustar o bacalhau que ela não conseguiu trazer de Portugal e passar pela alfândega. Helena será convidada para a ceia da ressurreição.
Vou convidar ainda dona Lourdes, que mora no Bairro Colégio Batista, para renascer, mesmo que o filho Toninho tenha partido e a deixado tão desolada. Nesta Páscoa, dona Lourdes, deixe a tristeza de lado e vamos voar até Vitória e sussurrar aos ouvidos de Herbert, seu outro filho, a doce música da amizade eterna.
Neste domingo, darei para Luiza os ovos da gratidão, para que ela possa entender o sentimento da Páscoa por todo o ano. Vou fazer como Luiza, que outro dia avisou à mãe que ia fazer uma viagem muito longa para o céu, para ver como estava tudo por lá com o tio e os bisavós que já se foram. Vou dar à Luiza uma Páscoa com gosto de chocolate e de alegria. Páscoa tem jeito de criança, tem cara de Luiza, tem jeito de brincadeira séria porque ressuscita o que há de melhor dentro da gente.
Neste domingo, vou mandar um recado para Ana Carolina, minha sobrinha, que carrega dentro de si a luz do amanhã, o futuro que já aparece no ultrassom com jeito de menina. A Páscoa se parece com a gestação, pois consegue ressuscitar os sonhos de Rosina, mãe de Ana Carolina, que estavam adormecidos dentro dela havia algum tempo. Nesta Páscoa, vou falar para Rosina que daqui a alguns meses a alegria estará sentada à sua mesa outra vez.
Vou brindar com Mesquita, que também não faz discursos vazios, mas carrega dentro de si a centelha divina, que chega até o coração amargurado dos jovens excluídos. Nesta Páscoa, vou dizer a Alysson para alçar voo seguro até Barcelona, que os anjos da terra e do céu vão segurar as asas do avião nos próprios braços.
Neste domingo, vou substituir palavras que ferem por outras que consolam, que abrigam e que protegem. Vou despregar da cruz o martírio de todo dia e levantar a tampa do sepulcro dos humilhados e ofendidos, dos que padecem da dor. Vou dar um ovo de Páscoa enorme para a minha leitora Edmea Moreira Machado, que sempre me escreve sobre as sombras que desceram sobre sua vida, depois da morte da filha, aos 30 anos, em um trágico acidente. Vou decretar que, a partir desta Páscoa, os filhos não podem morrer antes das mães e que, neste domingo, elas possam ressurgir das cinzas
Boa Páscoa pra vc. Muita paz, bençãos de Deus, renascimento de alegrias, felicidades e coisas boas, muito boas.
ResponderExcluirAbraço.