Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
alguns roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam
melhor Vossas Senhorias
e melhor possam seguir
a história de minha vida,
passo a ser o Severino
que em vossa presença emigra.
Olá Kyria! Esse poema é impressionante, nunca li nada igual, de uma sensibilidade e uma fluência incríveis!!! Eu a-do-ro. Obrigada, post maravilhoso! Beijo grande
ResponderExcluirOi Kyria! tudo bem com vc?
ResponderExcluircomo sempre postagem linda!
grande bjk
Oi Kyria!!! Sempre que por aqui repouso, suspiro, leio e reflito. Obrigada por sempre sem assim amiga, um presente! Não esquecemos de nosso encontro aí em BH. Haroldo já me prometeu um passeio aí e me ajude a cobrá-lo, please? Sabe, ando um pouco preguiçosinha...
ResponderExcluirMas vim aqui pra dizer e rever seus textos e recordações na pausa do café, rsrs
Mil beijos de uma mãe que esta perdendo os cabelos!!!
Pri