quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

NA FEIRA DO ALECRIM - José Correia Torres Neto

Na feira do Alecrim
O marchante grita: “Chã de dentro”
E eu lá por fora...
Na barraca de seu Malaquias
Tinha ratoeira, candeeiro, alpercata, fumo de rolo,
Querosene, peixeira miúda, retalho de fazenda...
Na calçada a lata de mel de engenho, a rapadura,
O alfenim, a cocada, o açúcar mascavo...
Na Avenida Dois
O siri, o caranguejo, a galinha caipira,
O porco, o carneiro capado...

Para a feira do Alecrim eu levava cinco cruzeiros
E comprava Raiva, Sequilhos, confeito barato,
E ainda sobrava troco para uma lata de umbu.
A cesta de palha da minha mãe vinha ‘cheinha’ de tudo:
Carne de sol, farinha, goma, alface, mocotó de boi, tripa...

Na feira todos se encontravam.
Era o professor de matemática, o carteiro,
O vigia do colégio, o colega de sala
E até a Madre Superiora...
Todos com sandália de dedo,
Todos eram iguais na feira do Alecrim...


Um comentário:

  1. Oi querida Kyria!
    obrigada pelo carinho lá no meu blog, vc é um amor!
    como vc está, e as crianças, tudo bem?
    eu estava lendo seus posts anteriores e menina, minha filha mais velha ama All Star. Eu não gosto muito porque acaba sobrando pra mim lavar, aja escovinha, aí ela diz que o legal é All Star sujo, pode?!
    bj

    ResponderExcluir

Obrigada por deixar o seu jeito.