domingo, 17 de julho de 2011

GUARDAR ROUPAS BRANCAS

Não tente remover manchas de roupas brancas com alvejantes que tenham cloro ou água sanitária Falta pouco mais de um mês para a chegada do ano de 2009. Já é hora não só de pensar na viagem, mas também, no traje que será usado na virada do ano. E, quando o assunto é Réveillon, as peças brancas são unanimidade: na cultura ocidental, é associada à paz, calma, ordem e limpeza.
Para aqueles que optaram fazer uso de peças brancas que já possuem, mas estão guardadas no armário há algum tempo, Ricardo Monteiro, Gerente Operacional da rede Quality Lavanderia - rede com 80 franquias distribuídas pelo Brasil dá importantes dicas para fazer bonito.

Tome nota:
- É muito comum encontrar as peças brancas bastante amareladas, sobretudo as que estão sem uso há algum tempo. Isto acontece porque nem todas as pessoas sabem guardá-las de maneira adequada.
- Para lavar a roupa branca, dissolva o sabão e o amaciante em água antes de colocá-los em contato com as peças.
- Capriche no enxágüe: resíduos de sabão podem estragar as peças.
- Seque as roupas brancas sempre pelo avesso e à sombra; se a peça estiver com manchas amarelas, lave-a normalmente, em seguida, use um alvejante à base de peróxido. Dilua o alvejanteem água quente a 60ºC. Deixe a peça de molho nessa mistura por cerca de 15 minutos. Enxágüe bem.
- Não tente remover manchas com alvejantes que tenham cloro ou água sanitária. Esses produtos podem trazer mais manchas, além de amarelar e enfraquecer as fibras dos tecidos.
- Na hora de guardar as roupas brancas, envolva-as em sacos de TNT para protegê-las do pó e dos raios de luz. Não use sacos plásticos, que não permitem que a roupa respire, o que resulta em manchas e mofo.

Goiasnet.com 





Não há nada pior do que ir à sua gaveta, pegar aquela blusinha branca e notar que ela está mais para amarela do que para branca. Geralmente, com o passar do tempo e falta de cuidados, a roupa pode mesmo amarelar, e pior do que isso é encardidos. Sim, você lava, lava, lava, mas ao tirar a roupa do varal percebe que ela continua encardida, como se estivesse suja depois de tanto ser lavada. Como você pode evitar ter decepções com suas roupas brancas e deixá-las mais bonitas e conservadas por mais tempo? Veja algumas dicas abaixo de como cuidar de suas roupas brancas.
Saco plástico. Muitas pessoas pensam que o saco plástico conserva, mas as roupas principalmente as de algodão precisam respirar. Caso contrário isso atraí traças e mofo, o que amarela a roupa com mais facilidade. Se você quer conservar a roupa, guarde enrolada em um papel de preferência de cor azul, que conserva mais o branco da roupa.
Estender. Ao estender a roupa branca, engana-se quem pensa que colocar no sol é a melhor opção. A roupa branca deve ser estendida na sombra, pelo avesso para não amarelar ou manchar também.
Amaciante e sabão. Antes de colocar a roupa seja para lavar ou deixar de molho, é importante dissolver bem o sabão e o amaciante. Isso evita que as roupas fiquem machadas e assim as conserva por mais tempo.
Enxágue. Você sabia que as suas roupas podem estragar com restinhos de sabão que não foram retirados? Por essa razão, é importante enxaguar bem suas roupas, principalmente as brancas.
Manchas. Nada de tentar resolver esses problemas com alvejante, cloro ou água sanitária. Eles mancham as roupas ainda mais, e não resolvem seu problema. Procure lavar e esfregar bem com sabão neutro, e observe o que é melhor, as vezes depois de seca a mancha pode ser removida com mais facilidade.
Essas são algumas dicas que vão ser de ajuda para você manter as suas roupas brancas mais limpas por mais tempo, sendo que muitas vezes é só uma questão de ter cuidado na forma de lavar e guardar sua roupa branca e evitar que ela manche, suje ou fique feia com o passar do tempo. Além do que, conservar é também uma excelente maneira de economizar no gasto com roupas novas.



Fonte: Internet

sexta-feira, 15 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

MEU FILHO, VOCÊ NÃO MERECE NADA - Elaine Brum


Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

  Fonte: Revista Época  Eliane Brum escreve às segundas-feiras.

domingo, 10 de julho de 2011

BIA WILLCOX

O amor é puro? Reformulando a minha pergunta: existe o sentimento do amor pelo amor, sem quaisquer acessórios de fábrica que o deixem mais brilhante, mais vibrante, mais sofisticado? E mais: esses adendos deixam o amor menos amor? Sempre me questionei sobre até onde vai o amor e aonde entram os múltiplos interesses humanos que podem interferir neste sentimento.
Mas, nesta semana, essas questões ocuparam mais tempo do meu pensamento, pois encontrei com uma conhecida que me disse estar noiva. Imediatamente lhe perguntei: “Está apaixonada?” E ela: “Sim, sim. Mas a palavra que melhor define o que sinto é uma enorme segurança e carinho”. Ok! Segurança não é amor. Nem carinho. Mas ela estava feliz, com os olhos brilhando.
Então a sua felicidade (a dela) se deve a ter arranjado um marido-pai-banco-guarda-costas a quem ela não ama? Ou ela ama sinceramente o seu noivo e, principalmente, pelo fato de ele lhe dar carinho e segurança? Como equilibrar essa equação aparentemente simples? Tenho tentado ser simplista. Minimalista mesmo. Tenho tentado montar axiomas cotidianos na minha cabeça que me permitam encontrar luzes no fim dos túneis nossos de cada dia, sem precisar recorrer à psicanálise, centro espírita ou tarólogo.
Hoje, vejo as coisas sob um prisma mais aritmético: o amor é amor e se torna mais amor ainda quando tornar os nossos momentos leves, felizes e nos fizer desejar repeti-los. O amor é amor quando conseguimos ser nós mesmos, sem medos, cuidados excessivos ou dramatizações. O amor é amor quando vemos no outro um conjunto de possibilidades alegres, bem-humoradas e que resultem em algum tipo de crescimento – intelectual, emocional, profissional ou material (por que não?!) – para nós.

Sem medo das palavras, quando amamos somos interesseiros. Queremos algo que não conseguimos sozinhos. Queremos um complemento, uma melhoria. Selecionamos o que queremos amar. Racionalizamos este acontecimento dentro de nós para que ele seja mais amplo e maior em possibilidades. O amor, então, passa a ser maior e mais complexo que a sua essência. Se torna um conjunto de fatores agregados a ele que nos permite perceber o tempo juntos como algo que traz ganhos para nós mesmos. E que nos possibilite sentir “empatados” com o outro, já que também oferecemos ganhos nesta troca afetiva. São os famosos interesses (de naturezas diferentes) mútuos.
Amar, então, é uma troca de interesses positivos, interesses do bem, que tornam as pessoas em questão mais felizes, satisfeitas e quites umas com as outras, desde que seja sentimento correspondido – com interesses e intensidades correspondidos também. E quem tem algo a ver com isso?"

Bia Willcox  -  Editora Faces